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O Relatório de Biodiversidade

Por:   •  23/8/2019  •  Artigo  •  2.161 Palavras (9 Páginas)  •  154 Visualizações

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ- UTFPR

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

Karine Mares de Oliveira; Kerolaine Ost;  Edivando Couto

ANÁLISE DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS  NO MUNICÍPIO DE GOIOERÊ-PR

RESUMO

Palavras chave: Biodiversidade; Fragmentação; Uso da terra.

INTRODUÇÃO

A relação entre a área dos fragmentos e seus atributos ecológicos, especialmente a diversidade de espécies, é um elemento central da teoria de biogeografia de ilhas (MacArthur e Wilson, 1967), uma vez que a distribuição das classes de tamanho dos fragmentos na paisagem é um elemento importante para o desenvolvimento de estratégias para a conservação da biodiversidade (Viana et al., 1992). As mudanças ocorridas nas características de uso da terra decorrentes do desmatamento têm provocado efeitos negativos sobre a manutenção da biodiversidade (BIERREGARD JÚNIOR et al., 1992), reduzindo as grandes áreas de florestas a fragmentos, trazendo conseqüências danosas para o conjunto de seus organismos (MURCIA, 1995).

As estimativas assinaladas por Simberlof (1986) sobre o potencial de extinção nas regiões tropicais evidenciam os possíveis efeitos decorrentes da fragmentação florestal. Aproximadamente, 2% das famílias botânicas existentes e 15% de todas as espécies vegetais podem ser dizimadas, caso não sejam implementadas medidas enérgicas de manejo e conservação

Embora o Brasil apresente uma superfície de florestas por pessoa de aproximadamente 3,2 ha, valor bem acima da média mundial que é 0,6 ha, a disparidade entre as diferentes regiões brasileiras, por exemplo na Região Sudeste, que apresenta um valor abaixo da média mundial, aproximadamente 0,3 hectare de superfície de floresta por pessoa (BRASIL, 2002), acentua ainda mais a necessidade das ações para minimizar os efeitos do processo de fragmentação das florestas nativas.

Portanto, para uma melhor compreensão a respeito dos fragmentos diante a biodiversidade do local, é necessário não somente analisar o macro, mas também averiguar a consequência da fragmentação de habitats para essas espécies, pois cada uma delas possui particularidades e abrange uma determinada escala e por fim conhecer a relação espécie-área, de maneira que possa ser posto em prática a conservação de espécies,a partir dessas áreas restantes reduzindo os impactos.

MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da área de estudo

O município de Goioerê localiza-se na região noroeste do estado do Paraná, a 530 km da capital Curitiba, possui uma área territorial de 566,028 km² ,encontra-se a uma altitude de 505 m a nível do mar, em  posição geográfica de latitude 24 º 11' 05'' S  e longitude 53 º 01 ' 39 '' W (IBGE, 2018) figura 1. O clima é classificado como Cfa, subtropical úmido, com verões quentes, Maack (2002) cartografou a área de clima Cfa diferenciando e designando-o como clima tropical original, modificado pela altitude e periodicamente seco. O relevo apresenta-se ondulado, suavemente ondulado, com declividade constante no sentido nordeste-sudeste, onde toda a bacia do município deságua no rio Piquirí, Maack (2002).

A principal atividade econômica do município  está alicerçada à agricultura e o setor comercial, com destaque para a cultura temporária de soja e milho,além da criação de animais, extração vegetal, indústrias alimentícias e pesca. No ramo do agronegócio  possui  uma Cooperativa Integrada e Agroindustrial além de comércio atacadista e varejista (IPARDES, 2010). O município possui uma Unidade de Conservação parque ecológico Municipal Danilo Marques Moura, localizado em uma área suburbana cuja área é de 24,16 hectares, que conta com uma vegetação nativa, ocorrência de faunas silvestres e a presença de nascentes. Atualmente a UC não possui um plano de manejo e apresenta alguns impactos  que podem estar associados a atividades no entorno.

Obtenção de dados

Para compreender a relação dos impactos antropogênicos sobre as áreas florestais do município de Goioerê, foi elaborado um banco de dados geográficos (INPE, 2018) e gerado um mapa de uso da terra, a partir do download da imagem do satélite Sas Planet (Sas.Gis, 2016), elaborada uma classificação supervisionada com o classificador bhattacharya para as classes, florestal pastagem e lavoura temporária, em seguida foram feitas correções manuais através de foto-interpretação, incluindo as demais classes: área urbanizada; estrutura rural; área de mineração; lavoura permanente; silvicultura; campestre e corpos d’água, seguindo os critérios de classificação propostos no Manual técnico de uso da terra (IBGE,2013) o resultado desta classificação foram compilados conforme tabela 1.

Tabela 1: Fragilidade do município de Goioerê

Classes de ocupação do solo

Valores em %

Área urbanizada

Área de Mineração

Lavoura Temporária

69%

Lavoura Permanente

Pastagem

Silvicultura

Estrutura Rural

Áreas Florestais

Fonte: Autoria própria.

O cálculo para forma do fragmento foi realizado através da equação (1) e o gráfico do Índice de Patton foi obtido por meio do software no BioEstat 5.3. cuja as variáveis utilizadas foram C: Índice de forma de Patton; P: perímetro do fragmento florestal; e áREA: área do fragmento. Os valores de C variam entre 1 denotado por um círculo perfeito até infinito representando formas não circulares.

  (1)[pic 2]

RESULTADOS[a]

O mapeamento de uso da terra do município de Goioerê, demonstrou que o município possui uma área de 17.931 hectares de floresta Mata Atlântica, divididos em fragmentos com tamanhos variados (Figura 1), para facilitar a compreensão dos dados obtidos, os fragmentos a seguir foram analisados em uma escala pré determinada em um intervalo de 500 hectares.

 A soma das extensões florestais do município de Goioerê, corresponde a  3,17%  da área total do município, e cerca de 96,83% das demais áreas, estão distribuídas em outras atividades de uso e ocupação do solo como, cultura temporária, cultura permanente, pastagem, área urbana,corpos d’água, silvicultura e área de mineração.

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