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O Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio

Por:   •  15/7/2017  •  Artigo  •  3.327 Palavras (14 Páginas)  •  313 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A proteção contra incêndio ainda é um assunto pouco explorado na área da Engenharia, mesmo estando entre os quatorze requisitos mais importantes no desempenho das edificações, conforme informado na Norma ISO (International Organization for Standardization) 6241 (Performance standards in buildings – Principles for their preparation and factors to be considered), documento este, que possui aceitação internacional. Até a década de 70, não havia normas que exigissem a implantação de um sistema que prevenisse e/ou combatesse incêndios e nem mesmo fiscalização. O código de obras do município somente citava sua necessidade, ficando a cargo do responsável do projeto implantar ou não medidas de combate a sinistros. No Brasil, é possível relatar diversos sinistros ocorridos devido esta falta de conhecimento, resultando em um grande número de vítimas e abalando significamente estruturas de grandes edificações. Após a ocorrência de grandes incêndios, os Estados brasileiros deram inicio à implantação de leis com o objetivo de regulamentar as ações de segurança, prevenir e combater incêndios, tornando assim obrigatório o cumprimento das normas técnicas em novos empreendimentos como também em construções já existentes. Mesmo após o surgimento destas normas, o Brasil ainda possui profissionais com baixo conhecimento nesta área e é possível encontrar diversas edificações que não atendem às exigências normativas, resultando na vulnerabilidade tanto dos seus usuários quanto na estrutura predial.

É importante que a segurança, a prevenção e o combate ao incêndio de novos empreendimentos sejam considerados e definidos ainda na fase inicial do projeto, evitando assim futuros problemas tanto na estrutura da edificação quanto na instalação dos equipamentos necessários do SPCI – Sistema de Proteção Contra Incêndio.

1 OBJETIVO

Esta pesquisa pretende conscientizar da importância da implantação do SPCI ainda na fase inicial do projeto, visando, primeiramente, a segurança dos usuários das edificações, além do menor custo em relação à aplicação pós-ocupação.

2 REVISÃO LITERÁRIA

Os elementos técnicos do trabalho originaram-se da bibliografia específica, e dos princípios das normas vigentes relacionadas ao Sistema de Proteção e Combate a Incêndio e Pânico.

2.1 Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio

O sistema de prevenção e combate a incêndio tem como objetivo primário prevenir que sinistros ocorram e, caso venham ocorrer, que sejam extintos de maneira eficaz, minimizando os danos a patrimônios e principalmente salvando vidas.

Segundo Camilo Júnior (2004) a proteção contra incêndio pode ser dividida em duas: prevenção e extinção. A prevenção é o conjunto de normas e ações adotadas na luta contra o fogo de forma a eliminar as possibilidades da sua ocorrência. Já a extinção visa eliminar o fogo por diversos processos usando taticamente os equipamentos de combate ao incêndio.

2.2 Teoria do Fogo

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, através da Norma Brasileira Regulamentadora - NBR 13860:1997, o fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz. O fogo origina-se por quatro elementos: Fonte de calor, combustível, comburente e a reação em cadeia, conforme ilustrado pelo Figura 1 e denominado como Tetraedro do Fogo.

Figura 1: Tetraedro do Fogo

Fonte: Seito (2008).

Camillo Júnior (2004) afirma ser necessário que três dos elementos: combustível, comburente e calor, existam simultaneamente para iniciar a reação química do fogo, enquanto, o quarto elemento (reação em cadeia) se processa durante o fogo, conforme as definições estabelecidas no Quadro 1.

Quadro 1 - Elementos do Tetraedro do Fogo

ELEMENTOS DEFINIÇÃO

COMBUSTÍVEL Elemento que alimenta o fogo para sua propagação. Onde houver combustível, o fogo o consumirá, aumentando ou diminuindo sua intensidade, variando de acordo com a quantidade consumida de combustível.

COMBRUENTE O oxigênio é o elemento ativador do fogo. O comburente mais comum é o oxigênio, contido no ar atmosférico numa porcentagem de 21%. Quanto mais oxigênio presente no local do fogo, mais intensa será a luz e o calor emitido durante a queima. Importante salientar que existe uma quantidade mínima de oxigênio presente no ar atmosférico para que ocorra a combustão. Se, no ambiente existir até 8% de oxigênio, não ocorrerá combustão. Caso essa relação estiver entre 8% e 13% ocorrerá uma combustão lenta, comumente conhecida como brasa. Acima de 13% haverá combustão com chamas vivas.

CALOR É a forma de energia, é o elemento que dá início ao fogo e que faz o mesmo se propagar.

REAÇÃO EM CADEIA A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

Fonte: Camilo Júnior (2014)

Os incêndios são classificados, de acordo com a NBR 12693:1993, de acordo com o tipo de material combustível em quatro classes, conforme representado no Quadro 2.

Quadro 2 - Classificação do Fogo

Fonte: Manual de Combate a Incêndio do CBMDF (2009).

2.3 Medidas de Proteção Contra Incêndio

As medidas de prevenção e de proteção contra incêndio podem ser divididas em duas categorias: medidas de proteção passiva e medidas de proteção ativa.

As medidas de proteção passiva são aquelas incorporadas desde a etapa de projeto, como por exemplo, a correta localização dos equipamentos capazes de provocar incêndios, compartimentos horizontais e verticais, proteção das aberturas entre ambientes, materiais adequados utilizados nos elementos estruturais e nos revestimentos, escadas enclausuradas, entre outros. Desse modo, facilitam tanto o escape dos usuários da edificação quanto permitem o ingresso

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