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O relacionamento funcional entre as variáveis manutenção e produção em usinas de tratamento e beneficiamento de minério de ferro em Itabira

Por:   •  8/7/2015  •  Artigo  •  2.207 Palavras (9 Páginas)  •  621 Visualizações

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O relacionamento funcional entre as variáveis manutenção e produção em usinas de tratamento e beneficiamento de minério de ferro em Itabira

Greidson Márcio Duarte
greidsonduarte@yahoo.com.br

Resumo

Este trabalho permite a observação da utilização dos indicadores de manutenção, produção e a relação destes no processo de tratamento e beneficiamento de minério de ferro. Constatou-se, através deste estudo realizado na usina de tratamento e beneficiamento de minério Cauê, que a estratégia de produção e a gestão da manutenção são aliadas. Ambas caminham rumo ao aprimoramento contínuo através de parcerias e desenvolvimento de pessoas. Com base nos resultados, notou-se que a gestão da manutenção industrial contribui com a estratégia de produção das usinas de tratamento e beneficiamento de minério de ferro em Itabira através da aplicação de recursos tecnológicos para controle de desempenho dos equipamentos e envolvimento das pessoas comprometidas com o processo.

Palavras chave

Estratégia de produção. Gestão da manutenção.

  1. INTRODUÇÃO

Interpreta-se que transformar o ferro que a natureza possui na terra em produtos é o resultado entre as atribuições das equipes de manutenção e operação da usina Cauê. Nota-se, através da análise de documento (VALE, 2008), que os indicadores de manutenção e produção da usina Cauê apresentam entre si influência nos resultados do processo de tratamento e beneficiamento de minério de ferro. A boa relação entre os indicadores de manutenção e produção possibilita o aproveitamento dos recursos minerais de maneira que os mesmos possam gerar os produtos que a humanidade precisa para sobreviver com dignidade conforme afirma Chaves (2002).

  1. A ANÁLISE DOS DADOS

A análise do documento (VALE, 2008) permite ver que o volume de produção da empresa pesquisada é medido em toneladas, e o tempo em que os equipamentos estão disponíveis para operação é medido pela disponibilidade física (DF). Destaca-se que a DF na usina Cauê é calculada através da subtração da hora calendário (HC) pelas horas em manutenção (HM), em seguida dividindo-se este resultado pela hora calendário, atingindo-se um valor em percentual, conforme ilustrado pela seguinte fórmula: DF = (HC-HM / HC) x 100%.

Já o tempo em que os equipamentos são utilizados pela operação é medido pela utilização física (UF). Consta-se que a UF na usina Cauê é medida através da razão das horas trabalhadas (HT) sobre a subtração entre as horas calendário (HC) e as horas de manutenções (HM), representado pela fórmula: UF = HT / (HC-HM) x 100%. Compreende-se também através do documento (VALE, 2008) que o rendimento operacional (RO) da usina Cauê é medido pelo produto entre os valores de DF e UF, ou seja, RO = DF x UF. Percebe-se que os indicadores utilizados na empresa em questão, estão de acordo com ABNT (1994).

Verifica-se a relação entre a gestão da manutenção e a estratégia de produção através do cálculo utilizado na usina Cauê para se obter o custo por tonelada produzida, porque o documento (VALE, 2008) comprova que o custo por tonelada produzida é gerado através da razão entre os gastos com as manutenções (insumos, peças de reposição, contratos, transporte e mão-de-obra) e o volume de produção total da usina Cauê.

Após análise dos dados obtidos através do documento (VALE, 2008), pode-se observar que a produção da usina Cauê no ano de 2008 foi regular do mês de janeiro até o mês de outubro. Nos meses de novembro e dezembro a usina ficou praticamente paralisada em função da baixa demanda de mercado por minério de ferro durante estes meses. Em função desta exceção no volume de produção no período acima citado, a análise dos dados (TABELA 01 em anexo) da presente pesquisa não conta com os dois últimos meses deste ano.

  1. Os indicadores

Ao se analisar separadamente os dados, nota-se através do GRÁFICO 01 que durante os meses de janeiro a outubro de 2008, a usina Cauê atingiu resultados de disponibilidade física próximos das metas.

[pic 2]

GRÁFICO 01 – Análise da DF 2008 em relação à meta.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Verifica-se com mais facilidade através do GRÁFICO 02 que, em março de 2008, a disponibilidade física da usina Cauê ficou de forma notável abaixo da meta, entretanto houve meses como agosto que teve melhor resultado gerando uma média anual de 94,1% para meta anual de 94,4%.

Já o GRÁFICO 02 ilustra a relação entre a utilização física e a respectiva meta.

[pic 3]

GRÁFICO 02 – Análise da UF 2008 em relação à meta.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Constatou-se que a utilização física dos equipamentos da usina Cauê atingiu o valor de 86,48% em média e ficou abaixo da meta anual esperada em 2008. A meta anual esperada para este indicador em 2008 é de 97,1% conforme exposto na TABELA 01 em anexo.

O GRÁFICO 03 possibilita entender a relação entre o rendimento operacional mês a mês e as respectivas metas alcançadas por este indicador de produção utilizado na usina Cauê.

[pic 4]

GRÁFICO 03 – Análise da RO 2008 em relação à meta.

Fonte: Elaborado pelo autor

Interpreta-se também que o rendimento operacional da usina Cauê em 2008 atingiu o resultado mais baixo no mês de março, coincidindo com a disponibilidade física que também registrou em março o resultado mais baixo do ano. Este resultado permite comprovar que o rendimento operacional possui uma relação direta com a DF e UF conforme equação apresentada no terceiro parágrafo da subseção 5.4 desta presente pesquisa.

Já a produção da usina Cauê oscilou durante o ano de 2008 porque, segundo o documento (VALE, 2008), a qualidade na oferta de minério por parte da mina também oscilou, tornando a produção da usina intermitente (GRÁFICO 04).

[pic 5]

GRÁFICO 04 – Análise da Produção 2008 em relação ao programa mensal.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Entende-se através do GRÁFICO 04 que a produção, assim como a utilização física, apresentou o resultado mais baixo nos meses de fevereiro e março do ano de 2008. Compreende-se também que a produção não atingiu o programado durante os meses de janeiro a outubro de 2008.

Já o GRÁFICO 05 permite interpretar com clareza a relação que houve entre o custo por tonelada produzida em cada mês com a sua respectiva meta durante todo o ano.

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