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O urbanismo no Brasil

Por:   •  3/10/2016  •  Seminário  •  3.951 Palavras (16 Páginas)  •  420 Visualizações

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Universidade de Pernambuco

Escola Politécnica de Pernambuco

O Urbanismo no Brasil

                                      Trabalho Prático II

                                                                         Alunas: Ana Elisabeth de Oliveira Queiroz

                                                                                    Priscilla Elisa de Azevedo Basto

                                                                    Rafaella Gatis Galvão

                                                           Disciplina: Planejamento Urbano

                       Turma: VE

                                                           Professora: Bianca Vasconcelos

Recife,

Abril de 2013

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................3

  1. Urbanismo no Brasil...............................................................................................4
  1. 1875 – 1930: Planos de embelezamento e melhoramento.............................4
  2. 1930 – 1965: Planos de conjunto....................................................................5
  3. 1965 – 1971: Planos de desenvolvimento integrado.......................................7
  4. 1971 – 1992: Planos sem mapas....................................................................8
  1. Planos de origem no movimento Modernista.........................................................9
  1. Caso Brasília..................................................................................................10

CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................13

INTRODUÇÃO

Assim como no mundo, no pós Revolução industrial, o Brasil passou por um processo mais intenso de urbanização. Consequentemente surgiram propostas urbanísticas, com características marcantes que, por Saboya (2008), foram divididas em quatro diferentes fases, de acordo com época e aspectos semelhantes.

As quatro fases revelam o interesse político no contexto da época, e passam por um processo evolutivo, sempre procurando solucionar os problemas existentes nas cidades. Foram estas: planos de embelezamento e melhoramento, de conjunto, de desenvolvimento integrado, e sem mapas.

Além das fases do urbanismo propostas por Saboya (2008), este trabalho expõe planos de origem no movimento Modernista, como o planejamento de Curitiba e de Brasília, dois exemplos de cidades bem planejadas.

  1. Urbanismo no Brasil

Foram nas cidades brasileiras – nos centros urbanos e rurais – que se construíram as forças socio-culturais, econômicas e políticas do país. Dentro dessas, os referenciais teóricos foram se modificando com o tempo desde as cidades coloniais – com padrão estabelecido pelos portugueses – até as metrópoles atuais. Os espaços foram sendo adaptados, redefinidos e recriados para atender as necessidades da população da época (MONTE-MÓR, s.d.).

Saboya (2008) propõe uma periodização das etapas pelas quais o planejamento urbano passou, baseado nos estudos de Leme (2005) e Villaça (1999), e que será seguido no seguinte trabalho. A divisão é dada da seguinte forma:

  • 1ª fase: Planos de embelezamento e melhoramento (1875 – 1930);
  • 2ª fase: Planos de conjunto (1930 – 1965);
  • 3ª fase: Planos de desenvolvimento integrado (1965 – 1971);
  • 4ª fase: Planos sem mapas (1971 – 1992).

1.1 1875 – 1930: Planos de embelezamento e melhoramento

Este período tinha como objetivo, a partir das cidades já existentes, realizar uma série de modificações a fim de melhorá-la, dando ênfase na técnica e estética realizadas, principalmente, na região central da cidade. Dentro dos melhoramentos estavam projeto e construção de obras de infra-estruturas (com destaque para a abertura de largas avenidas e obras de saneamento), projeto e ajardinamento de parques de praças e a elaboração de uma legislação urbanística (LEME, 2005).

Segundo Leme (2005), esses novos projetos trouxeram a descentralização da cidade, devido à valorização de novas áreas próximas aos centros comerciais tradicionais, o que ocasionou a transformação de locais que antes eram moradia da burguesia em cortiços, devido ao abandono por parte dos moradores, que foram para novas áreas privilegiadas.

Além disso, muitas obras viárias destruíram construções importantes para a cidade ao eliminarem edifícios e marcos históricos para que a organização desta se desse de forma alinhada e com desenhos definidos, promovendo uma melhor circulação. A expansão da cidade era promovida pela reforma e ampliação dos portos (no caso das litorâneas), que promoveram o aterramento de áreas conquistadas ao mar e aos rios (LEME, 2005).

Essas obras, no entanto, tinham caráter pontual, procurando promover os centros em detrimento da população mais pobre, que tinham suas casas, muitas vezes cortiços com várias famílias, destruídas para o estabelecimento de uma construção que beneficiaria apenas a parte mais abastada da cidade, que eram aqueles que promoviam e executavam as obras devido a suas influências no local. Segundo Villaça apud Saboya (2008) os planos eram discutidos abertamente antes de serem implementados, pois o caráter hegemônico dominante poderia impor soluções que lhe parecessem mais adequadas sem preocupar-se em encontrar motivos concisos para elas.

Leme (2005) cita, dentre as cidades que tiveram modificações implementadas por projetos de melhoramento e embelezamento, Vitória, com projeto de reforma do porto e a proposta de construção de um ramal ferroviário; São Paulo, que teve seu emergente bairro comercial valorizado devido à construção do Teatro Municipal; Recife, que além de reformas no setor portuário, teve uma proposta de plano de abastecimento de água potável criada por Francisco Saturniano de Brito, que já havia desenvolvido o saneamento e expansão de outras cidades como Vitória e Santos. Tais mudanças foram favorecidas pelas primeiras gerações de urbanistas, advindos de mudanças na estrutura curricular dos antigos cursos de engenharia civil e militar, das Escolas Politécnicas do Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

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