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Processos De Interação Na Cultura Da Convergência

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Por:   •  24/3/2015  •  690 Palavras (3 Páginas)  •  266 Visualizações

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Cultura da convergência e processos de interação

O livro “Cultura da Convergência” de Henry Jenkins (2006) procurou atualizar o conceito de

convergência de acordo com as transformações possibilitadas pelo desenvolvimento tecnológico e

pela atividade desenvolvida pela sociedade através das novas mídias. Jenkins recorre, na introdução

de seu livro, ao cientista político Ithiel de Sola Pool, a quem ele atribui a delineação do conceito de convergência

como “um poder de transformação dentro das indústrias midiáticas” (Jenkins, 2006:35):

Um processo chamado convergência de modos está tornando imprecisas as fronteiras

entre os meios de comunicação, mesmo entre as comunicações ponto a ponto, tais como

o correio, o telefone e o telégrafo, e as comunicações de massa, como a imprensa, o radio

e a televisão. Um único meio físico - sejam fios, cabos ou ondas - pode transportar os

serviços que no passado eram oferecidos separadamente. De modo inverso, um serviço

que no passado era oferecido por um único meio - seja a radiodifusão, a imprensa ou a

telefonia - agora pode ser oferecido de várias formas físicas diferentes. Assim, a relação

um a um que existia entre um meio de comunicação e seu uso está corroendo. (Pool,

1986:112 apud Jenkins, 2006:35)

A citação do texto de Pool, datado de 1986, feita por Jenkins, é importante para demonstrar

o desenvolvimento da convergência relacionado às mídias, ou seja, dotado de duas esferas

fundamentais: a tecnologia e o seu uso. A noção de cultura atrelada à convergência, trazida por

Jenkins, por sua vez, instaura um caráter universal ao processo atentado por Pool na década

de 80, que agora pode ser observado com maior clareza. O caráter universal aqui considerado

relaciona-se à criação de universos de pensamentos, atitudes, produtos, etc, formados a partir

de determinados objetos capazes de mobilizar várias pessoas com o mesmo propósito de desenvolver

a compreensão ou acrescentar idéias à estes objetos.

Existe na cultura da convergência, portanto, um caráter fundamental de interação, que,

se por um lado depende da competência tecnológica das novas mídias em abrir caminhos de

interatividade, por outro, estabelece dois parâmetros de avaliação: a capacidade dos objetos

de incitar a interação e o interesse da sociedade em interagir. Mônica Tavares, em artigo que

procura estabelecer os diferentes níveis de interatividade proporcionados pela apropriação de

obras pelos receptores, utiliza a noção de interatividade desenvolvida por Jean-Louis Weissberg,

na qual o autor apresenta-a como uma simulação do “outro”, ou seja, como a capacidade

de acrescentar ao outro referências e reapresentações. Sobre este aspecto de “outro” da interatividade,

Monica Tavares explica:

Ademais, este autor acrescenta que a noção de interatividade como “simulação do

outro” traz no seu bojo, a separação entre l’interactivité de commande e l’interactivité langagière. Se, na segunda, a linguagem é o vetor principal da interação, na primeira,

destaca-se

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