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ANTROPOLOGIA, CULTURA E EDUCAÇÃO: UM PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NECESSÁRIA DENTRO E FORA DA ESCOLA

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Por:   •  5/3/2014  •  2.083 Palavras (9 Páginas)  •  1.335 Visualizações

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ANTROPOLOGIA, CULTURA E EDUCAÇÃO: UM PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NECESSÁRIA DENTRO E FORA DA ESCOLA

RESUMO

Este artigo tem como objetivo contribuir para o entendimento da antropologia e da educação, como também compreender uma das questões fundamentais na escola: as culturas, os processos de aprendizagem e a socialização. Foi desenvolvida a partir de revisões bibliográficas, como artigos científicos, resenhas e textos. Com isso, ressalta a importância de que a Educação é um dos focos da Antropologia, ligadas à diversidade cultural em constante processo de socialização dentro e fora da escola.

PALAVRAS – CHAVE: Antropologia. Cultura. Educação. Socialização.

ABSTRACT

This article aims to contribute to the understanding of anthropology and education, as well as understanding of the key issues in the school culture, the learning processes and socialization. Was developed from literature reviews, such as scientific articles, reviews and text. With this, emphasized the importance of education is one of the focuses of Anthropology, relating to cultural diversity in a constant process of socialization within and outside the school.

KEY - WORDS: Anthropology. Culture. Education. Socialization

INTRODUÇÃO

Este artigo visa articular que a educação, como se sabe, pode fazer uso da Antropologia como uma das ciências da educação com os propósitos de decodificar e analisar valores e universos culturais constituintes tanto da instituição escola como das mais variadas formas de manifestação educacional não formais.

No campo educacional, a discussão sobre esse tema se torna cada vez mais importante, devido à grande diversidade cultural que podemos encontrar em sala de aula. E cada vez mais a antropologia é chamada a se posicionar ante a problemática educacional (ROCHA TOSTA, 2008)

A importância em falar da relação entre antropologia e educação está também, como diz Gusmão (1997), no fato das duas se completarem, abrindo um espaço para um debate que vai desde o acolhimento do contexto cultural da aprendizagem até os sucessos e insucessos do sistema escolar, possibilitando um melhor desenvolvimento das práticas educativas. Tal interface, em termos de debate teórico, busca superar a dicotomia em que tem se instaurado historicamente, que situa a educação como prática e a antropologia como ciência.

Para entender melhor esse contexto, trataremos do tema explicando, primeiramente, a cultura , buscando mostrar que as diversidades culturais podem influenciar na educação, no trabalho, em sala de aula e quais as dificuldades que podem ser encontradas a partir daí. Bem como trataremos da relação existente entre antropologia e educação, explicitando acerca da importância socialização.

Cultura

A cultura tem sido alvo de várias discussões antropológicas então, para entendermos o seu conceito é preciso, tentarmos traçar um percurso sobre as teorias que surgiram e que fizeram com que a cultura fosse instrumento de estudo da antropologia.

Estudos antropológicos e históricos focados no século XIX mostram como o conceito de cultura foi ampliado e adquiriu ao longo do tempo outros sentidos, ficando próximo das noções de arte, educação e folclore, além de evocar inúmeras distinções como cultura subjetiva e cultura objetiva, cultura material e cultura não material, cultura erudita e cultura popular, cultura de massa e subcultura etc.

A antropologia é o estudo do homem como se houvesse cultura. Ela ganha vida por meio da invenção da cultura, tanto no sentido geral, como um conceito, quanto no sentido específico, mediante a invenção de culturas particulares ( WAGNER, 2010, p. 38).

Dentro de uma visão antropológica a cultura é uma complexidade de hábitos, de crenças, artes, moral, leis, costumes, ou seja, tudo que é adquirido pelo o homem como membro de uma sociedade, e ainda mais que isso, considerando que a prática humana é sempre inventiva, significativa e simbólica. O que diferencia os homens uns dos outros são seus hábitos, que são obtidos de acordo com o grupo social do qual ele faz parte. A cultura é tudo aquilo que aprendemos independente de uma transmissão biológica, ou do clima de onde estamos situados. O homem é o único ser capaz de possuir uma cultura, pois ele é capaz de se comunicar e de fabricar instrumentos que o auxiliem, mais ainda, o homem é aquele ser cuja inventividade ultrapassa o limite da natureza, construindo um universo simbólico que ultrapassa o instinto ou qualquer outra pré-disposição. A comunicação é um dos principais símbolos da nossa cultura, pois é através dela que podemos socializar tudo que aprendemos a outros povos ou pessoas.

Na verdade, cultura é, antes de tudo, um instrumento utilizado pelos antropólogos com o objetivo de apreender o significado das ações e representações sociais desenvolvidas pelas pessoas em seus rituais, mitos, festas, comportamentos rotineiros, enfim, no curso da vida social. Nesse sentido, podem-se apreender culturas, no plural, enquanto sistemas de símbolos e significados construídos social e historicamente, o que equivale dizer que culturas são mecanismos de controle, orientação e classificação das condutas emocionais, intelectuais, corporais, estéticas, econômicas, políticas, religiosas, morais.

A escola irá ser uma das principais propulsoras da transmissão da cultura, já que cabe a ela transmitir os saberes acumulados pelas gerações passadas às novas gerações, mas não é só na escola que apreendemos os saberes passados, ao menos este é o modelo implementado nas sociedades ditas “complexas”, em que o processo educacional ocorre de forma institucionalizada, e não dissolvida, como ocorre em outros modelos de sociedades.

Antropologia, educação e socialização

Antropologia no campo educacional é, antes de tudo, tentar delimitar fronteiras que marcam ambas as áreas e que não podem simplesmente ser dissolvidas, mas repensadas no sentido da articulação que mantém suas identidades e diferenças. Em uma perspectiva conceitual e metodológica coerente com esse pressuposto, considera-se que o processo educativo se desenvolve no âmbito das vivências culturais distintas: na esfera familiar, no trabalho, no lazer, na política, na rua, nos grupos, na escola, na mídia, entre outros, nas quais são tecidas relações sociais das quais emergem significados vários e diversos. Dessas múltiplas relações é possível pensar na constituição de identidades

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