RELATÓRIO DA VISITA TÉCNICA REALIZADA NA ETE FORTALEZA

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LUANA REGINA MÜLLER FLORÊNCIO DE SOUSA

RELATÓRIO VISITA TÉCNICA À ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO – ETE FORTALEZA

Relatório da visita técnica à Estação de Tratamento de Esgoto apresentado à disciplina de Saneamento I do Curso de Graduação em Engenharia Civil, Universidade Regional de Blumenau - FURB.

Professor: Adilson Pinheiro

BLUMENAU

2016

SUMÁRIO[pic 1]

INTRODUÇÃO        

DESENVOLVIMENTO        

CONSIDERAÇÕES FINAIS         

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INTRODUÇÃO

        Para maior familiarização com os processos que consiste um sistema de tratamento de esgoto, os alunos da matéria de Saneamento I do 8º semestre de Engenharia Civil da Universidade Regional de Blumenau – FURB, realizaram no dia 31 de maio de 2016 uma visita técnica à ETE Fortaleza, localizada na Rua Adolpho Radunz em Blumenau – SC. Os estudantes foram acompanhados pelo Mestrando em Engenharia Ambiental Rodrigo Catafesta Francisco e guiados pelo Engenheiro Ambiental Guilherme Pimentel, representante da empresa Odebrecht Ambiental, concessionária dos serviços de esgoto em Blumenau.

        Primeiramente, foi realizada em um auditório uma apresentação dos fatores que consistem o plano de tratamento de esgoto realizado pela empresa concessionária, explicado a planta e funcionamento das Estações da Fortaleza e do Garcia e posteriormente foi feita a visita às dependências da ETE Fortaleza.

VISITA À ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO FORTALEZA

Apresentação da Empresa e Explicação do Sistema utilizado

        Durante a apresentação realizada no auditório o Engenheiro Guilherme relatou que a empresa iniciou as obras no município em 2010, onde apenas uma parcela da área central da cidade possuía rede de tratamento de esgoto, representando somente 4,8% da população do município atendida. Esta taxa passou para 33% ao final do ano 2015, depois de cinco anos de atuação da empresa, e tem previsão de atendimento de 37% da população até o final deste ano e de 67% em 2020, com a implantação da ETE Itoupava. Ao final do projeto, a ETE Fortaleza será a maior em atendimento à população e a Itoupava em cobertura territorial.

        Foi comentado sobre o pouquíssimo conhecimento que a população blumenauense possui sobre o tratamento de esgoto. Antes das obras começarem, mal sabia-se que a cidade não possuía tratamento, pois como temos uma grande rede fluvial, a maioria do esgoto era despejado em nossos rios, disfarçando-se entre as águas.

        Grande parte da população possui sistema individual de tratamento de esgoto e loteamentos a partir de 1996 possuem um sistema de fossa e filtro coletivo. Porém, esses dispositivos coletivos possuem eficiência de até 80%, quando bem operados, o que não é o caso para a maioria deles. A Odebrecht vem restaurando estes sistemas para um melhor tratamento enquanto a implantação da rede não chega a estes locais. Futuramente serão desativados e ligados ao sistema municipal de tratamento.

        Faz parte da estrutura do sistema de esgoto as linhas de recalque, estações elevatórias e as estações de tratamento. A eficiência alcançada pela estação de tratamento chega a 96%, até mesmo acima do estabelecido no Plano Municipal de Saneamento.

        Segundo Guilherme, a planta da ETE Fortaleza foi desenvolvida para um sistema de aeração convencional (sistema aeróbio), que é constituído por um decantador primário, tanque de aeração e decantador secundário, porém o decantador primário gera um lodo cru, com alta carga orgânica, que produz muito mau cheiro, tornando-se difícil a gestão deste material. Para isso, seria necessário um grande biodigestor de lodo, que possui uma tecnologia pouco conhecida e utilizada no Brasil. Então, optou-se pela desativação do decantador primário, assim o sistema passou a ser de aeração prolongada, pois o esgoto vai do pré-tratamento para os tanques, que contarão então com maior matéria orgânica, necessitando de mais tempo de retenção, o que diminui a vazão de projeto a cerca de um terço, que passa de 156 L/s (vazão de projeto) para 100L/s.