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Redes E Sistemas De Informação

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Por:   •  30/6/2014  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  300 Visualizações

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O cérebro do homem está-se a modificar: ele já não pensa nem actua da maneira como fazia, ou como tem vindo a aprender a fazer. Um livro de 200 páginas é hoje um dos maiores obstáculos para qualquer pessoa que passe horas excedidas online. São muitas páginas, nada é sucinto e directo, como na Internet. Há até vários sites que se ressentem no número de visitantes devido ao excesso de parágrafos que os seus artigos têm. A concentração já não dura tanto tempo como durava.

Todas estas alterações têm uma justificação que, por sua vez, não é mistério para ninguém: a Internet. Desde a década da Guerra Fria (altura em que esta mesma surge), que as pessoas têm a possibilidade de estar à distância de alguns cliques de toda e qualquer informação desejada. Essa é uma das grandes vantagens da NET, mas nem tudo pode ser bom, e o seu uso excessivo está a começar a reflectir-se no homem que passa hoje, aproximadamente, 7h online por dia.

Já dizia Marshall McLuhan que os media não são meros canais de informação. Por sua vez, a Internet reproduz-se no hábito e facilitismo que é dado às pessoas para conseguirem ver informação da mais rápida e melhor forma. Assim, as pessoas caem no autentico comodismo que ela lhes transmite, e aí ficam, a limitarem-se ler artigos que não passem os 4 parágrafos de texto. É triste, mas as pessoas vão perdendo a qualidade de como era ler do modo tradicional.

O aparecimento do sms marca o início de um novo tipo de escrita, a digital que é bem diferente daquela a que estávamos habituados (a escrita em prosa e mais elaborada). Esta é mais eficiente e imediata que nos permite a compreensão da mensagem, embora seja mais simples e mais telegráfica. Hoje em dia, lemos mais que há 30 ou 40 anos atrás, mas de forma diferente, porque o media que usamos é diferente. Esta escrita criou novos circuitos cerebrais, e se por um lado nos tornou melhores decoders de informação , por outro lado enfraqueceu a nossa capacidade de ler textos mais complexos. É claro que a nossa escrita é afectada pelo que lemos. Isto se as nossas leituras são de escrita digital temos a tendência a escrever de forma mais telegráfica.

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Estudos nesta área mostram que aprendemos intuitivamente a descodificar a linguagem para percebermos a mensagem mas que o código (Alfabeto, Hieróglifos) em que a mensagem cria novos circuitos cerebrais. A nossos sentidos são estimulados e desenvolvidos de forma diferente de sítio para sítio. Há investigações que mostram que o nosso cérebro é maleável e tem a capacidade de reprogramar e alterar as suas funções. Hoje em dia fala-se no aparecimento de tecnologias intelectuais, de modo a que consigamos absorver as suas qualidades (a internet passou a ser o nosso relógio, mapa, etc).

Este processo de adaptação trouxe novas qualidades ao nosso cérebro. Na era do software cada vez mais operamos como computadores.

A Internet recria a imagem de outros media (tv, jornais), somos alvo de vários estímulos: a nossa atenção é espalhada e a nossa concentração é difundida. Com as nossas espectativas mudaram, os media tradicionais tiveram que se adaptar a esta nova realidade, sendo que hoje em dia muitos jornais têm a edição de papel e edição online sendo que a segunda adaptada ao contexto: procura-se o consumo imediato. Na televisão é cada vez mais frequente a interação com os internautas , através de conteúdos interativos sobre o programa a que as pessoas acedem enquanto acompanham a emissão.

O autor fala-nos de Taylor para demonstrar que este “automatismo” que a internet nos proporciona hoje em dia, remonta à época da Revolução Industrial. Taylorismo é uma base de pensamento que se apoia na necessidade de maior rapidez para maior eficácia e consequentemente mais lucros. Assim, cada trabalhador fabril “fixava-se” num só posto – quase que num só gesto – e sem ter que pensar, tornava o seu trabalho automático e eficaz quanto à produtividade da empresa.

É aqui feito um paralelismo no que toca ao uso da internet hoje em dia. A internet está programada para os utilizadores serem cada vez mais autómatos – quase que não é preciso pensar. Está tudo preparado, até a interpretação da própria informação.

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Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google, mostraram um desejo em transformar o Google numa espécie de computador com inteligência artificial que estaria directamente ligado ao cérebro humano. Este novo motor de busca seria tão ou mais inteligente que as pessoas. Em 2013, Larry Page mostrou mesmo a intenção de criar inteligência artificial e, além do mais, a grande escala. Desejo de usar a tecnologia para resolver problemas que nunca foram resolvidos.

Os fundadores do Google, com um desejo de usar a tecnologia para resolver problemas que não foram ainda resolvidos, acreditam que as pessoas estariam melhor utilizando inteligência artificial, o que sugere que a nossa inteligência é um processo mecânico, uma série de passos que podem ser isolados, medidos e melhorados. No texto, o autor explica que, no mundo do Google não há espaço para contemplação. O cérebro humano é, portanto, um computador ultrapassado que precisa de um “processador mais rápido” e de um

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