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Sistema Modular

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Por:   •  12/2/2015  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  332 Visualizações

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Resumo

No ambiente de consórcio modular, os parceiros são responsáveis pela execução das operações ao longo da linha de montagem. Desta forma cada parceiro deve também especificar os processos, ferramentas e controles utilizados.

O sistema de planejamento de processo deve garantir informações precisas e padronizadas sobre o fluxo de produção, operações a serem executadas, ferramentas e peças utilizadas, os controles necessários e informações visuais da operação a ser realizada, que podem ser fotos ou desenhos em uma base de dados única e acessível por todos os parceiros.

Introdução

A competitividade cada vez mais acirrada e globalizada tem forçado as empresas a desenvolver produtos com maior qualidade em um menor tempo. Para isto, elas passaram a utilizar tecnologia de ponta na manufatura de seus produtos, que envolve desde a concepção do produto até sua efetiva produção.

As ferramentas mais conhecidas e utilizadas são CAE, CAD, CAM e sistemas PDM. Existe uma lacuna entre o CAD e o CAM, que é a geração de planos de processo (ou roteiros de fabricação, planos de fabricação, entre outras denominações). O plano de processo é vital para uma série de departamentos da empresa, e a atividade de confeccioná-lo e mantê-lo atualizado é um gargalo em muitas empresas.

Os planos de fabricação envolvem em muitos casos o conceito de consórcio modular. Neste conceito diversos parceiros interagem de forma a executarem todas as operações necessárias para a montagem de um produto. Como as operações de montagem e controles serão executadas por empresas diferentes, com culturas diferentes, torna-se necessário padronizar a especificação dos processos de fabricação.

Sistemas Modulares de Manufatura

Em modelos modulares a questão fundamental é a coordenação entre empresas compradoras e fornecedoras, pois em seu conceito os parceiros trabalham dentro da planta da montadora, nos seus respectivos módulos. É de responsabilidade do parceiro a montagem do módulo e a conexão deste módulo na linha de montagem final. Cada parceiro deve prover recursos materiais, peças e subconjuntos necessários na montagem, e os recursos humanos que atendam às necessidades e aos objetivos de qualidade estabelecidos pela montadora.

A montadora é responsável pelo planejamento do produto, marketing, vendas e pós-vendas, desenvolvimento do produto e pela liberação final do produto e aprovação do planejamento de sistemas de qualidade de cada módulo e da fábrica como um todo.

Como principais vantagens, o consórcio modular permite a redução nos custos de produção e investimentos. Diminui ainda os estoques e o tempo de produção, aumentando a eficiência e produtividade, além de tornar mais flexível a montagem.

A integração dos parceiros no processo produtivo permite o entendimento das implicações de seus serviços no produto final, contribuindo com soluções para a melhoria da produtividade, redução de custos e aumento da qualidade.

O modelo modular então vai adiante da mera terceirização, delegando a fornecedores a responsabilidade pela engenharia e produção de sub-montagens internas. Fornecedores projetam um módulo, fazendo algumas de suas centenas de peça e terceirizando outras. Eles estabelecem operações próximas ou mesmo dentro da operação da montadora e entregam módulos de forma correta para montagem do produto final, onde funcionários da empresa montadora ou do próprio fornecedor de módulos “parafusam-nos” formando o produto final.

As relações entre comprador e fornecedor, nesse modelo, passam a apresentar as seguintes características:

- o alargamento da duração dos acordos entre firmas;

- uma nova repartição de tarefas entre os contratantes e fornecedores;

- intensificação de intercâmbio de informações tecnológicas e mercadológicas entre os agentes;

- uma redução do numero dos fornecedores diretos;

- intensificação de praticas mais cooperativas e mais interativas.

Esta relação tem significado para o setor uma “cadeia totalmente integrada”. A montadora e os seus fornecedores trabalham conjuntamente no desenvolvimento dos produtos, na determinação dos preços (target) e no estabelecimento das suas taxas de redução. Assim, passam a ser observados novos arranjos produtivos que atribuem maior importância a proximidade e o surgimento de condomínios industriais e consórcios modulares.

Condomínio industrial é uma configuração em que alguns fornecedores, escolhidos pela montadora, estabelecem suas instalações nos arredores da planta da montadora e passam a fornecer componentes ou subconjuntos completos. Este sistema é vantajoso principalmente para aqueles componentes de alto custo logístico. Entre tanto, a opção pelo fornecimento em subconjuntos enseja a utilização do sistema just-in-sequence (just-in-sequence é uma variação do sistema just-in-time em que as entregas ocorrerem não somente no momento correto, mas também na seqüência correta determinada pelo programa de produção).

Consórcio modular é uma forma extrema de condomínio industrial em que os fornecedores de subconjuntos se localizam no terreno da montadora. O consorcio modular foi criado com o objetivo de transmitir aos fornecedores a responsabilidade pela montagem na linha de produção de todos os componentes dos produtos, conseguindo assim uma redução nos custos e estoques. Não há funcionários da montadora na linha de montagem e os investimentos neste setor são compartilhados entre montadora e fornecedores (modulistas). Neste caso, modulistas e montadora convivem numa mesma planta.

Conforme apresentado acima, a proximidade das instalações dos fornecedores é fundamental, pois, reduz os custos logísticos e permite melhor gestão dos custos de estoques e de capital de giro por parte das montadoras e das indústrias de autopeças. Como os fornecedores de primeira linha tendem a entregar subconjuntos e não mais componentes isolados, a importância da proximidade é ainda maior, inclusive para fornecedores cujo componente originalmente fabricado não possui altos custos de transporte.

Além disso, a introdução da lógica just-in-time (entre montadoras e

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