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Sistemas Operacionais

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Por:   •  24/3/2014  •  6.906 Palavras (28 Páginas)  •  302 Visualizações

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FREEBSD

O FreeBSD é um sistema operacional livre do tipo Unix descendente do BSD desenvolvido pela Universidade de Berkeley. Legalmente não pode ser chamado de UNIX.

É desenvolvido por uma equipe de engenheiros. O kernel, comandos de sistema, bibliotecas e shell são mantidas pela mesma equipe, em contraste com o GNU/Linux. Uma instalação típica não inclui ambiente gráfico. É muito bem documentado.

Está disponível para as plataformas Intel x86, DEC Alpha, Sparc, PowerPC e PC98 assim como para as arquiteturas baseadas em processadores de 64bits IA-64 e AMD64.

Considerado como robusto e estável, geralmente é utilizado em servidores, como de Internet ou Proxies, mas também pode ser utilizado como estação de trabalho.

O kernel usado é monolítico, podendo usar módulos quando necessário. Quando instalado, é sempre usado o kernel monolítico que contém embutido o suporte ao hardware. É possível compilar um kernel menor com módulos para o hardware. Neste aspecto, assemelha-se ao Linux.

O sistema de ficheiros usado é o UFS, tem suporte para outros sistemas como o ZFS.

HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DO FREEBSD

O projeto FreeBSD teve seu nascimento no início de 1993, em parte como uma consequência do conjunto de manutenção não-oficial do 386BSD (Unofficial 386BSD Patchkit). O primeiro lançamento oficial foi o FreeBSD 1.0 em dezembro de 1993, coordenado por Jordan Hubbard, Nate Williams e Rod Grimes.

O objetivo original era produzir um snapshot intermediário do 386BSD, de forma a poder corrigir uma série de problemas com este sistema, que o mecanismo de manutenção não era capaz de resolver. Alguns se lembrarão do nome inicial do projeto que era 386BSD 0.5 ou 386BSD Interim em referência a este fato.

386BSD era o sistema operacional de Bill Jolitz, que já estava naquele instante sofrendo quase um ano de negligência. Como o mecanismo de manutenção patchkit se tornava mais e mais desconfortável a cada dia que passava, foi decidido que algo tinha que ser feito ao que ofereceram a ele este snapshot interim. Tais planos foram bruscamente interrompidos quando Bill Jollitz decidiu repentinamente retirar sua sanção ao projeto sem nenhuma indicação clara do que deveria ser feito. Não levou muito para ficar claro que o objetivo continuava a valer a pena, mesmo sem a ajuda de Bill, e foi adotado o nome FreeBSD, sugerido por David Greenman.

O INÍCIO DA DIVULGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA

Os objetivos iniciais foram definidos depois de consultar os usuários recentes do sistema e, uma vez estando claro que o projeto estava na estrada para, talvez, tornar-se uma realidade, entraram em contato com a Walnut Creek CDROM, com o olho aberto à possibilidade de aperfeiçoar os canais de distribuição do FreeBSD para as pessoas que não tinham acesso à Internet.

Walnut Creek CDROM não apenas aprovou a idéia de distribuir o FreeBSD em CD, mas também foi mais longe, ao ponto de oferecer ao projeto uma máquina para trabalho dedicado e uma conexão rápida com a Internet. Sem esta confiança, sem precedentes, da Walnut Creek CDROM no que era, naquele momento, um projeto completamente desconhecido, é muito provável que o FreeBSD não tivesse chegado tão longe e tão rápido ao ponto em que está hoje.

A primeira distribuição em CDROM (e na Internet em geral) foi o FreeBSD 1.0, lançado em dezembro de 1993. Era baseado na fita 4.3BSD-Lite (Net/2) da Universidade da Califórnia, Berkeley (U.C. Berkeley), com muitos componentes originados do 386BSD e da Fundação do Software Livre (Free Software Foundation). Foi um sucesso razoavelmente grande para uma primeira aparição e continuaram o ciclo com uma versão altamente bem sucedida, o FreeBSD 1.1 release de maio de 1994.

TRANSIÇÃO E IMPEDIMENTOS

Por volta desta época (1994), conforme a Novell e U.C. Berkeley acertaram ao longo do processo penal entre ambas, a respeito da situação legal da fita contendo o Net/2 de Berkeley. Uma das condições do acordo eram as concessões da U.C. Berkeley que implicava que grandes trechos do Net/2 fossem códigos impedidos e de propriedade da Novell, que havia por sua vez adquirido-os da AT&T algum tempo antes.

O que a Berkeley recebeu em retribuição foi a bênção da Novell para o lançamento da versão 4.4BSD-Lite que, quando acontecesse, seria declarado como impedido e todos os usuários do Net/2 seriam fortemente encorajados a mudar de sistema para a nova versão. Isso incluiu o FreeBSD, ao projeto foi dado o prazo final de julho de 1994 para parar de distribuir seu produto baseado na versão Net/2. Sob tais termos de acordo, o projeto poderia lançar uma última versão antes do prazo em questão, o que originou o FreeBSD 1.1.5.1.

O FreeBSD definiu então a árdua tarefa de literalmente se reinventar a partir de um sistema completamente novo e consideravelmente incompleto, o 4.4BSD-Lite. As versões Lite continham grandes blocos de código a menos, removidos pelo CSRG de Berkeley (devido a várias decisões legais), códigos necessários para a construção de um sistema inicializável e que podia ser utilizado em produção e o fato é, que a conversão do 4.4 para a plataforma Intel era altamente incompleta.

O projeto levou até novembro de 1994 para concluir esta transição, quando lançou a versão 2.0 do FreeBSD na rede mundial e em CDROM (em dezembro). Apesar de um pouco bruta naquele instante, a versão teve um sucesso significante, e foi seguida pelo FreeBSD 2.0.5, mais robusto e de mais fácil instalação, em junho de 1995.

SEGURANÇA E COMPATIBILIDADE

Apesar de não estar na mesma liga que o OpenBSD com relação à segurança no nível do código, o FreeBSD é fornecido com uma array formidável de mecanismos de segurança que funcionam como são fornecidos. Desde o FreeBSD V5.0, é possível incluir controles de acesso de baixa granularidade e políticas de segurança que têm sua origem no projeto TrustedBSD patrocinado pela DARPA. O FreeBSD suporta listas de controle de acesso (ACLs) e módulos de controle d acesso obrigatório (MAC). O segundo está acessível, é claro, somente para administradores e gerenciadores de sistemas, mas possibilita que pequenas empresas executem redes com medidas de segurança de baixa granularidade que se aplicam a subconjuntos do sistema exposto ao mundo externo. O UFS V2 possui excelente suporte a ACL através de atributos estendidos; você deve configurar o UFS V1 separadamente se ACLs forem um requisito.

Se você foi apresentado aos mistérios do Linux, você pode ficar interessado em ver aplicativos disponíveis para, digamos, SuSE Linux e Mac

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