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Por:   •  14/4/2013  •  3.121 Palavras (13 Páginas)  •  635 Visualizações

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Mercado Arte | Lina Bo Bardi | 9 de junho de 2012

“O Brasil é meu país duas vezes!” Lina Bo Bardi

Achillina Bo ou Lina Bo Bardi como é conhecida, foi uma arquiteta modernista ítalo-brasileira. Foi casada com o crítico de arte Pietro Maria Bardi e sua obra mais conhecida é o projeto da sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Arquiteta brasileira de origem italiana (1914-1992). É responsável por inovações estéticas importantes na arquitetura nacional, entre elas o desenho arrojado, o uso de novos revestimentos, como concreto ou tijolo aparentes, e a exposição de fiações e conexões.

Lina Bo Bardi na Isla de Giglio, 1945

Nasceu na Itália esta ilustre brasileira. Fugindo do horror do pós-Guerra, encontrou no Brasil sua “pátria de escolha”. Em seus ousados projetos arquitetônicos, aliou os conhecimentos que trouxe do Velho Mundo à riqueza da nossa cultura popular. Espalhou suas obras em diversos cantos, dedicando a mesma paixão a museus grandiosos e capelinhas miseráveis.

Em uma de suas citações:

“ Tenho horror de projetar casa para madame, que infrige como será a piscina, as cortinas. Só projeto casas para pessoas que tenho relação afetiva.”

A frase mostra o estilo pessoal de Lina. Uma mulher independente, com horror à burguesia, à futilidade e ao luxo. Seus projetos refletem essa marcante característica, como a casa cirell e o sesc pompéia. Completamente antifeminista, afirmava “Como ser feminista? As feministas tem voz de galinha e falta de conteúdo”

Lina Bo Bardi - Biografia

Achillina Bo nasce em Roma em 5 de dezembro de 1914. Forma-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma e já tendo iniciado sua vida profissional, muda-se para Milão, onde começa a trabalhar no escritório do arquiteto Giò Ponti, diretor da Triennale di Milano e da Revista “Domus”.

Lina na Casa de Vidro, 1952

Durante a II Guerra Mundial, já em seu escritório próprio, a escassez de trabalho leva Lina a atuar como ilustradora e colaboradora de jornais e revistas como “Stile”, “Tempo”, “Grazia”, “Vetrina” e “l’Illustrazione Italiana”, além de editar a coleção “Quaderni di Domus”.

No dia 13 de agosto de 1943 um grande bombardeio é lançado sobre Milão e destrói o escritório de Lina. Ela então entra para o Partido Comunista clandestino e o apartamento de sua família torna-se um ponto de encontro de artistas e intelectuais italianos.

Com o fim da guerra, Lina viaja pela Itália para fazer uma reportagem sobre as áreas atingidas pelo conflito. Em Roma, funda a revista semanal “A – Cultura della Vita”, com Bruno Zevi, e participa do Congresso Nacional pela Reconstrução.

Em 1946, Lina casa-se com Pietro Maria Bardi, cujo sobrenome adota. Em seguida, o casal viaja para o Brasil. Em recepções, no Rio de Janeiro, conhecem personalidades como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Rocha Miranda, Burle Marx e Assis Chateaubriand de quem Pietro recebe o convite para fundar e dirigir um museu de arte no país. Um projeto arquitetônico de Lina abrigará meses mais tarde o MASP, o museu mais importante da América Latina.

Carnaval do IAB, 1948

A arquiteta naturaliza-se brasileira em 1951, oficializando a paixão pelo país que a acolhera anos antes. A esse respeito, declara: “Quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi esse lugar para viver. Por isso, o Brasil é meu país duas vezes, é minha ‘Pátria de Escolha’, e eu me sinto cidadã de todas as cidades“.

Também em 1951 foi concluída a construção da Casa de Vidro. Erguida em um terreno de 7000 metros quadrados, foi a primeira residência do bairro do Morumbi e, aos poucos, foi sendo cercada por mata brasileira. Hoje é uma reserva tombada com espécies vegetais raras, uma amostra do que foi a antiga mata atlântica brasileira.

Até a década de 90, Lina manteve intensa atividade em todas as áreas da cultura, tendo participado de inúmeros projetos em teatro, arquitetura, cinema e artes plásticas no Brasil e no exterior. Além de seu trabalho como arquiteta, merece destaque sua talentosa atuação como designer de móveis, objetos e jóias, artista plástica, cenógrafa, curadora e organizadora de diversas exposições e seu olhar sempre sensível à arte popular brasileira.

Lina Bo Bardi no Masp, 1964

Lina morre na Casa de Vidro em dia 20 de março de 1992, realizando o sonho declarado muitas vezes de trabalhar até o fim: deixa em andamento os majestosos projetos para a Nova Sede da Prefeitura de São Paulo e para o Centro de Convivência Vera Cruz.

Curiosidades

Livro Lina por escrito – Textos Escolhidos de Lina Bo Bardi

Primeira publicação dedicada aos textos de Lina Bo Bardi, este livro revela a extraordinária capacidade que a arquiteta ítalo-brasileira tinha de transformar seu universo criativo em palavras. Publicados originalmente em revistas como as italianas Lo Stile, Grazia, Domus e A – Cultura della Vita, e em periódicos brasileiros como Habitat e Diário de Notícias de Salvador, os 33 artigos aqui reunidos repassam e propõem novos conceitos para temas como habitação, mobiliário, arte popular, museologia, restauro, educação e políticas culturais. Os textos são ilustrados por desenhos originais, fotografias e obras gráficas da própria arquiteta, incluindo alguns layouts empregados na publicação de seus textos.

Lina e Gilberto Gil, 1986

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