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Ventilação geral Diluidora e a Ventilação local exaustora para o controle da poluição industrial

Por:   •  22/11/2016  •  Artigo  •  1.299 Palavras (6 Páginas)  •  2.950 Visualizações

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RESUMO

Este artigo trata sobre a Ventilação geral Diluidora e a Ventilação local exaustora para o controle da poluição industrial e quais as vantagens no meio ambiente laboral.

1 – INTRODUÇÃO

Como ventilação industrial (VI) entende-se o processo de retirar ou fornecer ar por meios naturais ou mecânicos de, ou para, um recinto fechado. O processo de ventilação têm por finalidade a limpeza e o controle das condições do ar, para que homens e máquinas convivam num mesmo recinto sem prejuízo de ambas as partes (DE OLIVEIRA, 2016).

Um dos objetivos da VI e do controle de emissão de poluentes visa atender a resolução do CONAMA n° 3/1990 que define poluente atmosférico como sendo qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade (BENTO, 2016).

Os objetivos específicos são: evitar a dispersão de contaminantes no ambiente industrial; diluir concentrações de gases e vapores; e promover conforto térmico.

Sendo assim, os conhecimentos aplicados para a utilização adequada da VI devem ser criteriosamente definidos e conhecidos afim de, possibilitar sua adequada utilização e a garantia da implantação de processos de proteção coletiva, garantindo o atendimento às normas existentes (BENTO, 2016).

2 – DESENVOLVIMENTO

        Deve ficar bem claro que existe uma diferença sensível de objetivos entre a ventilação industrial e a comercial. Na ventilação comercial o objetivo principal é a eliminação de fumo, odores e calor; na VI o objetivo é 1° o controle da concentração de vários contaminantes, tais como pó, fumaça, fuligem, vapores, gases e outras impurezas químicas, bem como remoção de calor industrial. Contaminantes, em geral, são substâncias indesejáveis no ambiente. Seus efeitos podem ser tóxicos, quando inalado pelo ser humano, ou podem causar prejuízos a outros processos industriais, como poeira em instalações de pintura, etc. (DE OLIVEIRA, 2016).

        Para elaborar um projeto de VI é necessário o atendimento de quatro premissas:

  • Levantamento das condições ambientais existentes (risco físico – ruído e calor/risco químico – aerodispersóides presentes) conforme o limite de tolerância estabelecido nos anexos da NR15;
  • Determinação da vazão de ar necessária;
  • Projeto e cálculo do sistema de ventilação;
  • Seleção do tipo de ventilação/exaustão adequado ao ambiente levantado (BENTO, 2016).

1 - Ventilação geral diluidora (VGD).

A passagem de ar externo, não contaminado, para promover a purificação ou redução da concentração de substâncias em ambientes contaminados é o objetivo principal da VGD. A sua aplicação deve-se ao fato do ambiente possuir uma grande quantidade de fontes de contaminação e em baixas concentrações. A diluição do contaminante deve-se ao fato da adição de ar no ambiente diminuindo-se a concentração presente (BENTO, 2016).

A VGD, além de não interferir com as operações e processos industriais, é mais vantajosa que a ventilação local exaustora (VLE), nos locais de trabalho sujeitos a modificações constantes e quando as fontes geradoras de poluentes se encontrarem distribuídas no local de trabalho. Seu custo de instalação é relativamente baixo quando comparado com o da VLE, e, é conveniente quando há interesse na movimentação de grandes volumes de ar na estação quente.

Diversas razões levam a não-utilização frequente deste tipo de ventilação para poeiras e fumos. A quantidade de material gerado é usualmente muito grande, e sua dissipação pelo ambiente é desaconselhável. Além disso, o material pode ser muito tóxico, requerendo, portanto, uma excessiva quantidade de ar de diluição (DE OLIVEIRA, 2016).

Existem dois tipos de ventilação, por insuflamento e por exaustão. A ventilação geral comumente usada é a colocação de ventiladores que renovam o ar externo, este tipo de ventilação baseia-se no volume de ar necessário conforme o volume do ambiente a ser ventilado (BENTO, 2016).

[pic 1]

Figura 1.1: VGD por insuflamento.

Fonte: BELTRAMI e STUMM, 2013.

        

2 - Ventilação local exaustora.

Objetiva a proteção da saúde do trabalhador, captando os poluentes (gases, vapores e poeiras tóxicas) na fonte (operações, processos e equipamentos) antes de sua dispersão na zona de respiração e no ambiente.

Os maiores benefícios obtidos são: maior controle de riscos; bem-estar, eficiência e segurança do trabalhador retirando do ambiente uma parcela do calor liberado por fontes quentes; e controle da poluição do ar da comunidade.

A elaboração de um projeto de exaustão dependerá do levantamento estimado da vazão de ar necessária para retirar o particulado emitido no processo. Mediante a esta estimativa pode-se definir a área de abertura do captor, a secção do duto e o potencial do conjunto motor e ventilador.

Entretanto, a obtenção da vazão de ar depende ainda do reconhecimento e classificação do tipo de particulado/contaminante presente no processo (BENTO, 2016).

Um sistema de VLE deve ser projetado dentro dos princípios de engenharia, ou seja, de maneira a se obter maior eficiência com menor custo possível. Por outro lado, devemos lembrar sempre que, na maioria dos casos, o objetivo desse sistema é a proteção da saúde do homem. Assim, este fator deve ser considerado em primeiro lugar, e todos os demais devem estar condicionados a ele.

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