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A História do Kanban se inicia com o estudo de Toyota sobre supermercados

Por:   •  5/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.259 Palavras (10 Páginas)  •  386 Visualizações

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História

A história do Kanban se inicia com o estudo de Toyota sobre supermercados. Ele analisou que os funcionários apenas reabasteciam as prateleiras quando o produto estava perto de se esgotar, dessa forma, o espaço para cada item era limitado e por isso somente quando necessário os novos itens eram adicionados. Devido a essas informações, Toyota adotou o modelo Kanban para sinalizar passos em seus processos de fabricação. Esse conceito permitiu que os funcionários se comunicassem com mais facilidade e atuassem de maneira mais organizada e permitiu melhorias no desempenho do que deveria ser feito.

Kanban e o desenvolvimento de software

Em setembro de 2006, o então diretor sênior de engenharia da Corbis (empresa fundada por Bill Gates), David J. Anderson, decide projetar um sistema Kanban que substituiria a então abordagem existente para atualização de aplicativos. Em janeiro de 2007, depois de uma série de lançamentos bem-sucedidos, as melhorias de processos começaram a estagnar. Logo, Darren Davis, gerente de desenvolvimento, sugere a David J. Anderson que o fluxo de trabalho deveria ser visualizado e que um quadro branco, com alguns cartões colados, deveria ser pendurado na parede. A ideia havia surgido de um dos membros da equipe de Darren Davis e havia sido muito bem aceita pelo mesmo. Com o passar dos meses novas atualizações como, limite de quantidade de trabalho em andamento (WIP), foram implementadas. O resultado preliminar do uso do Kanban na Corbis foi apresentado nas conferências, “Lean New Product Development” e “Agile 2007”. Desde então, o Kanban vem ganhando respeito na comunidade de desenvolvimento de software e mais empresas passaram a adotá-lo.

Kanban

O kanban tem como objetivo principal o controle e assimilação do progresso de trabalho de forma visual. Normalmente é utilizado como um quadro branco, dividido em colunas com alguns pequenos pedaços de papéis (post-it) colados, que eventualmente representam as tarefas, e que na conclusão de cada tarefa são puxados para a etapa seguinte (Exemplo 1).

Ao utilizar esse método e possuirmos contato com o Kanban, se torna fácil visualizar como o trabalho e a equipe fluem. Além de permitir a comunicação do status de andamento e os feedbacks. Sendo assim, o Kanban é um facilitador de informações, pois ele elimina a parte de comunicação e atualizações de andamento, que seriam transmitidas de forma escritas e, consequentemente tomariam mais tempo da equipe, transformando a comunicação em uma etapa rápida, prática e objetiva.

Exemplo 1 - Quadro Kanban simples.

Fonte: http://paulheidema.com/kanban-only-3-simple-steps/

Princípios Fundamentais

Podemos definir o Kanban como um dos métodos de desenvolvimento de software menos prescritivo, isso porque ele pode ser adaptável a qualquer tipo de cultura ou objetivo. O Kanban tem o seu diferencial sobre outros métodos que forçam uma mudança desde o início, o Kanban busca uma evolução, e não a revolução.

Dessa forma, ele possui quatro princípios fundamentais:

Comece com o que você faz agora;

Concordar em buscar mudanças evolucionárias;

Inicialmente, respeite os papéis, responsabilidades e cargos atuais;

Incentivar atos de liderança em todos os níveis.

Isto posto, podemos concluir que o método kanban não se trata de um processo apenas para ser colocado em prática, mas sim um método que inspira a melhoria da maneira que você já trabalha e dos projetos que você já possui.

Práticas fundamentais

Segundo David J. Anderson, o Kanban possui apenas seis práticas fundamentais, sendo elas:

1 - Visualização do fluxo de trabalho (workflow)

Ao criarmos um fluxo de trabalho de forma visual, podemos ter noção do que realmente está sendo feito pela equipe. O trabalho se torna visível e, consequentemente, traz benefícios para o progresso da equipe. Podemos citar como vantagens a transparência, o foco no trabalho como um ‘todo’ e a identificação de desperdícios. Dessa forma, todos podem enxergar as tarefas dos membros de equipes, possibilitando a maior fluidez da comunicação e colaboração. A visibilidade dos processos vai permitir que você possa perceber os impactos das mudanças.

No desenvolvimento de softwares, quando encontramos um gargalo começamos a imaginar o processo para a sua solução. O kanban assegurar uma visão mais ampla do que está sendo feito, etapa em que se encontra, o que está pronto, a quantidade do que já foi feito e o quanto a equipe consegue entregar, isto posto, podemos trabalhar com a previsibilidade. Dessa forma teremos um maior planejamento e saberemos quando a equipe poderá assumir mais trabalho e tarefas.

2 - Limitar a quantidade de trabalho em andamento (WIP)

Wip (work in process) pode ser traduzido como trabalho em andamento. Muito utilizado no kanban, o processo de limitar o WIP é utilizado para tornar o ritmo da equipe mais equilibrado, pois assim, a equipe não se compromete com muito trabalho de uma só vez e assim reduzindo o tempo gasto em cada item e evitando o problema de alternância de tarefas.

3 - Gerenciar e medir o fluxo

Usando os limites dos processos em andamento, podemos otimizar o sistemas Kanban a fim de melhorar o fluxo de trabalho e coletar métricas podendo obter possíveis indicadores de problemas. Através de tudo o que está sendo feito, podemos medir o fluxo do processo feito e ter noção de onde podemos melhorar. Dessa forma, ao se adquirir experiência, podemos evitar que possíveis erros se repitam através do gerenciamento e métrica do fluxo.

Podemos descobrir isso visualizando e entendendo a fluidez do trabalho, analisando as areas problematicas em que o fluxo está parado e indefinido, e em seguida implementando mudanças para favorecer a melhoria. Deve-se repetir esse ciclo para entender se realmente as mudanças estão tendo um impacto positivo no trabalho e pontos de gargalo.

4 - Tornar as políticas do processo explícitas

A utilização de limitar o WIP também pode ser utilizada para tornar explícitas as políticas sobre o quanto de trabalho

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