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A Inteligencia Artificial

Por:   •  17/9/2015  •  Artigo  •  2.059 Palavras (9 Páginas)  •  191 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente a cultura das organizações não se limita somente à desenvolver suas metodologias e práticas de mercado. Também busca-se muito o fator externo à organização: A concorrência. Empresas a cada dia procuram desenvolver estratégias que não somente lhe garantam maior ganho, mas que também ofusquem seus concorrentes de tal forma a conduzi-los ao regresso em suas atividades comerciais. Dito isso, percebe-se que o que as empresas pretendem não se restringe somente ao aflorar de sua inteligência organizacional: Elas pretendem fazer com que seus concorrentes não cresçam. Por isso existe uma constante busca pelo conhecimento do outro. Organizações têm promovido táticas de obtenção de dados e informações, muitas vezes confidenciais de outras empresas, a fim de sair na frente e frustrar os planos e propósitos de suas concorrentes. Diante a tal ameaça, as empresas passam a se preocupar com a segurança e confidencialidade da inteligência de sua organização no âmbito competitivo do mercado. Mas, alguns fatores precisam ser entendidos: Como podem desenvolver inteligência competitiva? O que significa inteligência no âmbito organizacional e quando esta se torna competitiva? Como podem garantir a confidencialidade da inteligência de sua organização? Em quais pontos estes fatores podem convergir a fim de promover uma blindagem da organização, diferenciando-a das outras? Estas questões serão abordadas neste trabalho.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Inteligência

O conceito envolvendo Inteligência é definido de forma ampla e diversa por determinados autores. Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, inteligência é “acordo, conluio, harmonia, habilidade, conjunto de todas as atividades intelectuais: memória, imaginação, juízo, raciocínio, abstração e concepção” - (dicionário Aurélio). Ainda sobre o significado de inteligência, o dicionário online da língua portuguesa a define como

“Faculdade de conhecer, de compreender: a inteligência distingue o homem do animal. Compreensão; conhecimento profundo: ter inteligência para os negócios. Destreza, habilidade: cumprir com inteligência uma missão. Boa convivência, união de sentimentos, ajuste, conluio, relações secretas: ter inteligência com o inimigo” - (dicionário online de portugues).

Segundo Pereira, A definição do que é inteligência não é consenso entre os diversos autores que estudam e tratam do assunto. A autora menciona que de um lado, autores defendem que a inteligência está baseada no segredo e de outro lado, outros autores entendem inteligência como um instrumento para se transformar informações em conhecimento visando a tomada de decisão.

Para Cepik (2003, p. 27 apud Pereira, 2009), inteligência é entendida em dois sentidos: O primeiro, diz que “inteligência é toda informação coletada, organizada ou analisada para atender as demandas de um tomador de decisões”; o segundo, mais restrito, menciona que inteligência é definida como sendo “a coleta de informações sem o consentimento, a cooperação ou mesmo o conhecimento por parte dos alvos da ação”, o que lhe confere o mesmo sentido de segredo ou informação secreta.

De fato muitas outras definições são encontradas, mas as vertentes de inteligência partem do princípio etimológico, do latim intellectus ou intelligentia, vertidas de intelligere (inter ou íntus = dentro e lègere = recolher, escolher, ler), compondo assim o conceito base da palavra inteligência: Colher dentro de, colher em, escolher entre... estabelecendo então o alicerce para todos as demais convenções.

A inteligência a partir do século XV passou a ter seu conceito estendido para “obter informações sigilosamente”, o que nos remete ao fato de que, associando os termos etimológicos, consideramos o envolvimento de informações sensíveis para a pertinência da categorização de inteligência em determinadas atividades, e também o fato de se tornar importante seu valor. Abrange a capacidade de raciocínio, razão e decisão entre as escolhas disponíveis no contexto observado. Estas decisões podem significar ganhos ou perdas, diante do cenário envolvido e por isso se torna tão importante. Há que diga que o ativo mais valioso de uma organização é a informação. E a informação apenas torna-se tão importante positivamente e útil quando obtida e trabalhada com inteligência. Do contrário, esta pode se tornar uma ferramenta de autodestruição. A inteligência em termos modernos pode ser encontrada nas atividades organizacionais por abordar situações envolvendo controle e competitividade. Informações sensíveis são buscadas incessantemente por empresas a fim de melhorar sua postura no cenário comercial. Estes aspectos serão discutidos adiante.

2.2. Inteligência Competitiva

A inteligência competitiva basicamente utiliza os conceitos de inteligência aplicados na organização para se chegar a uma ação estratégica que retorne lucratividade, inovação e pioneirismo em atividades de mercado. Contracenando os entendimentos de inteligência considerados por Cepik e citados por Pereira, além de convencionar a sistemática de inteligência, pode-se verter inteligência competitiva como o fator de aplicação da inteligência dentro da organização utilizando informações internas e externas, por empirismo e mineração.

Segundo Drucker (1997 apud De Marco (2012), projetando melhorar o nível das informações tradicionais, muitos esforços têm-se feito a fim de captar melhor o que se tem feito ou ocorrido internamente na empresa.

Para De Marco (2012), uma estratégia competitiva requer informações sobre eventos e condições externos à empresa: não clientes, tecnologias não comumente utilizadas, concorrentes, mercados não atendidos, etc. Somente com essas informações pode uma empresa se preparar melhor para as mudanças e os novos desafios advindos das alterações bruscas da economia mundial.

Canongia et al. (2004) relaciona inteligência competitiva (IC) com as práticas ou atividades de forecasting, estreitando ainda mais a convenção de competitividade. Para os autores(as), inteligência competitiva aplica-se também para monitorar tendências tecnológicas inovadoras encontrando valiosa aplicação especialmente na primeira etapa de Foresight ou Technology Foresight (a evolução do Technology Forecasting - que reformulou as técnicas de planejamento e execução das empresas), geralmente a mais trabalhosa e desafiadora, por conta do enorme volume disponível de informações e da comum desarticulação dessas mesmas informações. Diante do volume de informações, faz-se necessário a captação de informações sensíveis para a organização, tais quais sejam valiosas para a aplicação de estratégias no segmento de atividade da empresa ou mesmo segmentos adjacentes, mas que possam direta ou indiretamente influenciar as atividades de mercado, produtividade, inovação, pioneirismo e lucratividade.

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