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As funções do sistema operacional Linux

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Por:   •  11/5/2013  •  Trabalho acadêmico  •  1.975 Palavras (8 Páginas)  •  711 Visualizações

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uem ganha essa guerra

Acompanhe uma análise completa e detalhada dos recursos existentes nos Bancos de Dados Proprietários e Livres

Desde a explosão da Internet nos anos 90, o sistema operacional Linux vem aumentando a sua participação no mercado de redes de computadores, assumindo pouco a pouco as funções antes desempenhadas por sistemas operacionais de rede (NOS) proprietários, como servidores de arquivos, impressão, roteamento, acesso remoto, autenticação, segurança e monitoramento. Softwares livres como o Sendmail, Apache e Bind se tornaram a opção preferencial no fornecimento de serviços de aplicação e, em alguns casos, eliminaram completamente softwares proprietários concorrentes. Isto sem falar no crescimento de softwares como o PHP, o Zope ou o Jboss, voltados para o desenvolvimento de aplicações corporativas e Internet.

Há, entretanto, um segmento vital para todas as redes corporativas onde o crescimento do Linux e do software livre em geral não tem sido tão visível: o de bancos de dados. Por que será? Será porque os softwares livres disponíveis ainda não atingiram o grau de maturidade necessário? Ou por causa da dificuldade de se migrar dados e sistemas de informação para uma nova plataforma? Ou será devido ao medo dos departamentos de TI das empresas de se aventurar neste admirável mundo novo?

Bancos Proprietários e o Linux

Se você deseja nada mais do que um bom servidor para seus bancos de dados, sem se importar se o banco é proprietário ou livre, não existe motivo para não utilizar o Linux. Na verdade, os principais fornecedores de bancos proprietários do mercado consideram o sistema como “tier 1”, à frente de outros sistemas importantes como o HP-UX ou o AIX . Junte-se a isso o suporte 24x7 de fornecedores de hardware como IBM, Compaq e SGI para o Linux em seus servidores Intel ou RISC, e fica difícil justificar não se adotar o sistema operacional livre para o servidor de banco de dados.

O líder do mercado, a Oracle, afirma que o seu banco de dados é 40% mais rápido no Linux do que em outro sistema operacional popular para servidores Intel. A principal concorrente, a IBM, oferece seu carro-chefe DB2 em Linux até para os mainframes da série S/390 - e não é a velha tática de suportar o sistema operacional do concorrente, para depois convencer o cliente a migrar para outra plataforma. A IBM vem estimulando seus usuários DB2 a adotar o Linux em detrimento de seus próprios sistemas para mainframe ou para Intel.

Servidores multiprocessados, clusters, bancos distribuídos, web services, bancos hot-standby, nomeie o recurso e você encontrará suporte para o Linux. Some a isso a economia na aquisição de licenças do sistema operacional, a maior estabilidade e segurança do sistema, e sua extrema “customização”, e não restará a mínima dúvida de que o seu banco de dados estará melhor hospedado no sistema livre. Mas seria viável ter, além do sistema operacional, também o banco de dados livre?

A Evolução dos Bancos de Dados Livres

Os bancos de dados relacionais surgiram no meio acadêmico como software livre. O Ingres, desenvolvido na Universidade de Berkeley entre 1977 e 1985, deu origem ao banco de dados proprietário com o mesmo nome (hoje chamado de OpenIngres) e gerou grande parte da tecnologia utilizada no Oracle, Sybase, Informix e DB2.

Ao contrário de outros softwares, os bancos de dados relacionais não evoluíram muito no meio acadêmico. O fato é que servidores de bancos de dados são aplicações com ordens de grandeza mais complexas do que outros tipos de servidores de rede. Além disso, a maior parte desta complexidade é exigida somente fora do meio acadêmico, nos sistemas de informação transacionais e de apoio à decisão das grandes empresas. Por isso os bancos proprietários assumiram a dianteira na evolução tecnológica.

A explosão da Internet fez com que a situação mudasse. O software livre passou a ter muitos usuários fora do meio acadêmico e os bancos de dados proprietários com seus pesados protocolos de comunicação e exigências de hardware se mostraram inadequados como back-end para sites web (posteriormente o problema foi “corrigido”). Este foi o incentivo para a criação de um banco de dados leve chamado miniSQL, rapidamente suportado pelas linguagens de programação tradicionais no Unix, como Perl, TCL e Python, além da nova linguagem denominada PHP.

O miniSQL, ou mSQL, foi criado na Bond University, na Austrália, e seu criador fundou a empresa Hughes Technologies para comercializar o produto sob uma licença que era “aberta”, mas não livre. Infelizmente, a empresa não foi capaz de trabalhar junto com a comunidade que se formou em torno do mSQL e o banco estagnou, mas antes gerou uma “cria”.

A empresa suiça TcX Datakonsult AB utilizou as APIs e protocolos de rede do miniSQL sobre um formato de arquivo ISAM desenvolvido internamente e daí surgiu o MySQL. Desta forma, o MySQL herdou o suporte de software de terceiros criado para o miniSQL, só que mais rápido e tinha mais recursos. Além disso, os desenvolvedores do MySQL aceitavam e estimulavam a participação da comunidade, de modo que o software foi um sucesso, principalmente em sites web.

A TcX Datakonsult AB mudou o seu nome para MySQL AB e tornou a licenciar o MySQL sob a GPL, o que era coerente com o seu modus operandi. Enquanto isso, a Universidade de Berkeley dava prosseguimento às suas pesquisas, desta vez focalizando Orientação a Objetos, no projeto Postgres iniciado em 1986. Curiosamente, o Postgres (assim como o Ingres) não utilizava a linguagem SQL. Este suporte surgiu somente na versão Postgres95, criada por dois estudantes de graduação em 1994.

Nessa época, o Postgres não era mais um projeto oficial da Universidade de Berkeley. Porém, um grupo de ex-alunos da universidade e voluntários de várias partes do mundo assumiu, em 1996, a tarefa de organizar a “bagunça” que era o código experimental do banco e transformá-lo em um servidor confiável para ambientes de produção, pois não havia ainda um outro banco de dados livre com suporte completo aos padrões SQL e a aplicações transacionais pesadas.

Este grupo se transformou em entidade jurídica (ao contrário da FSF ou da Apache Foundation) e renomeou o banco como PostgreSQL, levando anos até compreender todo o código herdado da universidade e corrigir os bugs conhecidos. A versão 6.5, liberada em 1999, marcou o primeiro release realmente “de produção” e, desde então, cada nova versão é mais rápida e fornece mais recursos do que a anterior.

Hoje, tanto o MySQL quanto o PostgreSQL são ativamente desenvolvidos, com sua capacidade e confiabilidade

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