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Curso de SQLLite no Android

Por:   •  20/11/2015  •  Artigo  •  4.730 Palavras (19 Páginas)  •  166 Visualizações

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Curso de SQLite no Android

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O foco desse curso é o uso do SQLite no Android, mas para um melhor entendimento do produto, pretendemos mostrar o seu funcionamento independente do ambiente Android. Nas próximas lições nos concentraremos no nosso objetivo, que é o seu uso no desenvolvimento de apps Android.

Iniciamos o curso de 
SQLite fazendo a seguinte pergunta, por que devo aprender o SQLite? Bem, essa pergunta é fácil de responder, o Android já vem com o suporte nativo ao banco de dados SQLite. Claro que não é só por causa disso, mas que é um grande motivo é rsrsrs... 

Mas vamos ao que interessa, afinal, como funciona o SQLite?

SQLite é uma biblioteca desenvolvida em linguagem C que implementa um bando de dados SQL  embutido. Programas que usam a biblioteca SQLite podem ter acesso a banco de dados SQL sem executar um processo RDBMS separado.

Quais as suas principais características?

  • Transações atômicas, consistentes, isoladas e duráveis, ou seja, segue o conceito  de ACID;
  • Configuração zero, não é necessário nenhuma configuração para usar o banco, tampouco administrá-lo;
  • Implementa o padrão SQL92;
  • Um banco de dados completo é armazenado em um único arquivo (.db) que é multiplataforma;
  • Suporte a base de dados com terabytes de dados armazenados;
  • Código pequeno e compacto, menor que 325KB se for configurado com todos os recursos ou 190Kb, se usar apenas algumas configurações opcionais;
  • API simples de usar;
  • Sem dependências externas para outras bibliotecas;


Tipos de dados

Quando falamos de banco de dados pensamos logo nos tipos de dados. O SQLite trabalha com tipagem dinâmica de dados, sim dinâmica. O conteúdo pode ser armazenado como: 

  • INTEGER – valores inteiros até 8 bytes
  • REAL  – valores de ponto flutuante
  • TEXT – armazena strings (UTF-8, UTF-16BE e UTF-16LE)
  • BLOB – armazena dados binários
  • NULL – É um valor nulo


Analisando os tipos de dados acima, você não sentiu falta de nada, cadê o tipo booleano, e o tipo Date/Time? Bem, o SQLite armazena o tipo booleano como: 0  para falso, e 1 para verdadeiro. Já o tipo Date/Time pode ser armazenado como: TEXT, REAL ou INTEGER.

Onde podemos usar o SQLite, em que tipo de aplicação?

  • Dispositivos e sistemas embarcados;
  • Aplicações client/server;
  • Sites de pequeno e médio porte;
  • Aprendizado de banco de dados;


Quem usa o SQLite?

  • Adobe;
  • Apple, adivinha em quais produtos : iPhone, iPod Touch e iPad;
  • Dropbox;
  • Firefox;
  • Google, podemos destacar os principais produtos: o Chrome e o Android;
  • Microsoft;
  • Skype;


No site do SQLite tem uma vasta 
lista de grandes empresas que utilizam o SQLite em seus produtos.

Exercicio 1 – Instalando o SQLite 

Como o foco desse curso é o SQLite no Android, a seguir vamos apenas mostrar como instalar o SQLite no Linux/Windows para fins de testes e estudo.

No Linux, você pode baixar via APT-GET da seguinte maneira: 

# apt-get update 
# apt-get install sqlite 


ou

pode baixar o arquivo a última versão do arquivo “Precompiled Binaries for Linux” do 
site oficial do SQLite. Escolhemos esse tipo de instalação por ser mais simples.

No Windows, favor baixar o arquivo sqlite-shell-win32-x86-3070701.zip  (versão atual) e executar sqlite.exe após descompactar o arquivo zip. 

Se você não gosta de executar comandos via shell, não se desespere, existem vários aplicativos cliente para o SQLite. Eu sugiro a ferramenta 
SQLiteStudio por ser Open Source (GPL v2)  e multiplataforma.

Instando o SQLiteStudio no Linux
Para executar a ferramenta no Linux, após o download do arquivo sqlitestudio-.bin só é necessário dar permissão de execução, conforme a seguir:

chmod +x sqlitestudio-.bin 

Para permitir a execução sem a necessidade de colocar o caminho completo do arquivo, renomeie o arquivo para “sqlitestudio” e inclua no PATH do seu Linux.

No Windows, baixe o aplicativo sqlitestudio-.exe. Não esqueça de colocar no PATH para possibilitar a chamada de qualquer lugar (diretório).

Parabéns!!! Você acabou de instalar o SQLite na sua máquina. Se você reparou o processo de instalação e configuração do SQLite é muito simples e rápido.

Para criar o seu banco de teste com o shell, execute o seguinte comando:
./sqlite3 curso

Obs.: um arquivo .db  será gerado no mesmo path do shell.

Para criar uma tabela entre com o comando create table no shell, conforme exemplo abaixo:
sqlite>CREATE TABLE aluno (nome VARCHAR(100), email VARCHAR(100));

Para verificar se a tabela foi criada, execute o seguinte comando:

sqlite> .tables

Nas próximas lições, abordaremos o SQLite no Android com exemplos e exercícios.


Lição 2: Conhecendo a API SQLite para Android

Como já dito na lição 1, o  Android já tem suporte nativo ao banco de dados SQLite.  Nesta lição pretendemos detalhar a API com exemplos práticos e didáticos.

Na primeira lição, criamos o banco de dados via shell ou usando a ferramenta SqliteStudio, o caminho poderia ser especificado no momento da criação do database. No  ambiente Android, o banco fica armazenado num path especifico, conforme o nome do pacote da sua aplicação,  conforme a seguinte estrutura de diretórios: 
/data/data/pacote.sua.app.android/databases. Isso significa que o banco de dados é visível apenas para a sua aplicação. Existe uma forma de acessar os bancos criados por outras aplicações, através da API Content Providers, ela permite o compartilhamento dos dados de outras aplicações. Não abordaremos o acesso via ContentProviders nesse curso.

Mas como eu crio o banco de dados no meu device, Tio?

Muita calma nessa hora jovem mancebo! Na primeira lição, aprendemos como criar o banco de dados SQLite de formal manual (shell ou outra ferramenta),  já imaginou toda vez que você criar um banco de dados para a sua app Android ter que copiar o arquivo .db manualmente para a estrutura de diretórios citada acima. Imagina atualizar o banco em milhares de dispositivos, tarefa árdua né.  Vimos então que podemos criar o banco de dados no Android de duas maneiras: manualmente, copiando o .db gerado para o diretório
data/data/pacote.sua.app.android/databases, ou via programação.

Nessa lição pretendemos abordar a criação de banco via programação, através das classes disponibilizadas na API do Android.

Criando o banco de dados via programação

Para criar o banco via programação é necessário o entendimento da API do Android, que disponiliza um conjunto de classes para acessar o SQLite. Inicialmente devemos criar uma classe que estenda a classe
SQLiteOpenHelper, essa classe é responsável por gerenciar a criação e atualização do banco de dados no Android. 

Abaixo vamos demonstrar um exemplo prático baseado na aplicação HPP (
Hercules Password Protector), onde criamos uma classe chamada DBHelper, que estende a classe SQLiteOpenHelper, consequentemente herda os seus métodos:  onCreate (cria o banco no momento de sua instalação) e onUpgrade (atualiza o banco).

Segue a implementação completa da classe citada acima:

...

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