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A Química na tintura de cabelo

Por:   •  8/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  596 Palavras (3 Páginas)  •  290 Visualizações

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Colégio Barão de Mauá

Trabalho de química

Margareth nº22

Mauá-SP

2018

Pintar os fios de cabelo é costume antigo na história da humanidade. Arqueólogos já encontraram hena, um corante natural utilizado ainda hoje, no cabelo de múmias egípcias com mais de 4 mil anos de idade. Os saxões, por exemplo, eram povos que gostavam de pintar suas barbas de cores fortes e diferentes, tais como azul, verde e alaranjado.

O fato é que as opções para tingir as madeixas se modernizaram e multiplicaram, graças aos avanços na química, as tintas ganharam maior duração, variedade de cores e popularidade.  No Brasil, um levantamento do Target Group Index, vinculado ao Ibope, indica que 26% da população usa tintura para cabelo, sendo que 85% desse público pertence ao sexo feminino.

Essas práticas de tingir o cabelo continuaram por diferentes motivos, sendo os principais: esconder os cabelos brancos, por questões estéticas ou para afirmar pertencer a um determinado grupo e se diferenciar da sociedade. A cor dos cabelos depende da combinação de quatro tipos de melanina. A melanina é uma proteína presente no córtex dos fios que forma cadeias que originam fibras ao longo do cabelo.

Os cabelos mais escuros contêm uma quantidade maior de grânulos de melanina no córtex, enquanto que o cabelo louro contém pouca melanina. Essas reações envolvem pelo menos três componentes: as moléculas do cabelo, pigmentos e substâncias como peróxido de hidrogênio, amônia ou chumbo, que variam conforme o produto.

Quando a pessoa vai ficando mais velha, ocorre a ausência de melanina no córtex, o que leva à diminuição de pigmentação e, consequentemente, ao aparecimento de cabelos brancos.

Porém, a segurança desses produtos é questionada pelo meio científico. A uma acusação de uma pesquisa na Finlândia, que analisaram dados de 6 600 mulheres com câncer de mama e 21 600 sem a doença. Cruzando as informações, constataram que, entre aquelas que pintavam o cabelo, havia um risco 23% maior de encarar um tumor. A epidemiologista, Sanna Heikkinen, diz que uma das hipóteses para explicar a relação reside na contaminação de um dos compostos mais comuns das tinturas, a P-fenilenodiamina (PPD), por uma substância conhecida como 4-Aminobifenil (4-ABP). A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer já o reconheceu como carcinogênico. A cientista esclarece que o elo só foi observado em mulheres que passaram da menopausa. Outra possibilidade é que elas tenham entrado em contato com compostos químicos mais pesados que eram empregados nesses cosméticos antes dos anos 1980.

Embora o estudo finlandês não seja o primeiro a apontar o dedo para uma possível ligação com o câncer, ela ressalta que ainda não dá para bater o martelo numa relação de causa e efeito. Achados como esse servem inclusive para a indústria cosmética aperfeiçoar suas fórmulas. Felizmente, a tecnologia já permitiu aposentar diversas substâncias consideradas mais tóxicas. Ainda assim, o PPD é apontado como fator por trás de problemas mais imediatos associados às tintas de cabelo. É o caso de alergias e irritações na pele.

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