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A TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA

Por:   •  22/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.305 Palavras (18 Páginas)  •  162 Visualizações

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Aula 02 (NP2) – FARMACOLOGIA

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA

(Observações:
1) Livro: Terapêutica Medicamentosa em Odontologia – Eduardo de Andrade.
Capítulo 07 do livro vai cair todo na prova. Os cap. 10, 11 e 12 é uma somatória do capitulo 7.

2) Além das questões teóricas, vai ser cobrado muita prescrição medicamentosa (receita), então revisem a padronização das receitas. Não adianta saber a droga se não souber padronização.)

Terapêutica Antibiótica

Primeiro ponto para saber prescrever antibióticos é saber para o que eles servem.
Antibiótico serve para combater infecção bacteriana, processo infeccioso bacteriano.

Quando você fala “combater processo infeccioso” eu entendo que a infecção está instalada, então na teoria (temos exceções) antibiótico serve apenas para combater infecção instalada.

Se é para combater infecção instalada, basta ter infecção bacteriana instalada para ser uma indicação para antibioticoterapia? Não. Além da infecção o paciente tem que ter sinais clínicos de sepse.

Não basta ter infecção. A infecção nós combatemos de forma mecânica, cirúrgica, manual. Agora, quando aquela infecção já está disseminada, não está puramente na polpa ou no periápice, a manobra clinica/manual não vai ser suficiente para remover a infecção, neste caso pedimos “ajuda” coadjuvante para o antibiótico.

Se antibiótico fosse realmente bom para infecção, o aidético não morria. Ele toma antibiótico e mesmo assim morre de infecção.
Então antibiótico é um coadjuvante do tratamento mecânico e da inflamação associada ao combate daquele microrganismo.
Quais as infecções bacterianas mais comuns da boca? Cárie, gengivite e pulpite. Nenhuma dessas infecções é indicação de antibiótico, porque você remove a cárie, a gengivite e a polpa com a mão.

Então exemplos óbvios como esses nos provam que realmente essa terapia antibiótica profilática para prevenir infecção ou para combater infecção sem sinal de sepse, é uma idéia totalmente empírica e sem nenhum embasamento cientifico.

Indicação: infecção bacteriana instalada com sinais de sepse.

Dependendo do sinal clínico, a sepse pode ser leve ou severa e, dependendo desses sinais, você vai prescrever um tipo de antibiótico diferente.

Sinais clínicos: 
*leve/moderada: linfoadenopatia (íngua), celulite (abscesso, assimetria) e trismo (limitação de abertura bucal);
*grave/severa: todos além dos citados na leve, febre, taquicardia e anorexia.

Na aula passada vimos que para definir o antibiótico, temos que avaliar 3 ou 4 aspectos.

Aspectos gerais que devem ser avaliados para a escolha do antibiótico:
   
 1. Bactericida ou bacteriostático -
Essa característica é pegadinha, ela é importante apenas se você for associar duas ou mais substâncias. Se for só uma substância, você não escolhe a droga por essa característica.
Então é uma pegadinha da prova pra vocês).

   
2. Aeróbio ou anaeróbio – 
Entenda isso: não existe nenhum antibiótico 100% aeróbio ou anaeróbio. TODAS as drogas combatem bactérias aeróbias e anaeróbias, só que nós temos drogas que combatem mais bactérias aeróbias e outras que combatem mais bactérias anaeróbias.
    Então nós temos drogas preferencialmente aeróbias e preferencialmente anaeróbias.
    E devido aquele estudo, aquele mapeamento da quantidade de bactérias patogênicas no trato respiratório superior, qual teoricamente seria o principal/o mais indicado para nós? Os que combatem preferencialmente
aeróbias.
    Mas temos exceções:
infecções do seio maxilar, intra-ósseas com evolução atípica e doença periodontal crônica (a principal), o antibiótico de escolha é o que combate preferencialmente anaeróbias. 
    Então de todas as infecções que vocês vão ver, de todas as especialidades, a que tem mais perigo, a que requer maior quantidade de antibióticos sempre vai ser a infecção periodontal. Periodontia é a disciplina que vocês mais terão que lidar com drogas, e justamente a que é exceção para nós, a droga anaeróbia.

     3. Espectro de ação - 
Teoricamente qual é melhor: pequeno ou grande espectro? Pequeno, por quê?
Porque ele é mais específico, causam menor resistência bacteriana e menor efeito colateral (evita flatulência, náuseas, diarréia, dor no estômago). Isso tudo porque não atingem/dividem as forças com as bactérias que não são patogênicas. Então além de ser melhor, mais especifico, gera menor resistência bacteriana e menor efeitos colaterais. Na teoria são os melhores, mas na pratica não é bem assim mais de tanto que nós prescrevemos de forma errada e, quando acertava, o paciente fazia errado e as bactérias tornaram-se cada vez mais resistentes. Então aquele antibiótico ideal vocês não acham mais para comprar, porque na década de 70/80 já eram resistentes a ele.
“Ah, mas eu nunca tomei esse Pen-V-oral que você falou, então não tenho bactérias resistentes a ele.”
Você não produz bactéria. A bactéria que está na sua boca veio de gerações passadas. Então mesmo você nunca tendo contado com aquela substância, que era a melhor para a cavidade oral, provavelmente as suas bactérias já são resistentes.

Hoje na teoria a melhor para nós ainda é a Amoxicilia, muito provavelmente daqui 10 anos já não vai ser mais. De tanto prescrever essa droga errada, muito provavelmente as bactérias vão se tornar resistentes a ela.

     4. Ácido ou básico - 
Geralmente ninguém nunca faz isso. Das poucas vezes que alguém ainda prescreve corretamente o antibiótico, não escreve isso na receita e o paciente ainda faz errado.
    A droga ácida após refeição e a básica em jejum.
Exemplo: azitromicina é básica e muita gente toma após refeições. Cerca de 40% da azitromicina não é absorvida se tomada junto de uma refeição. Como que vai ter o efeito desejado, então, se quase a metade da droga não está sendo absorvida?
    “Ah, mas eu sarei.” Sarou porque o médico prescreveu de forma errada, não precisava de antibiótico, você sarou por causa da sua imunidade, da sua inflamação.
    A mesma coisa acontece com a clindamicina, eritromicina, cefalosporina. Todas essas drogas devem ser tomadas em jejum: 3 horas antes ou 3 horas após refeições.
    Se você não escreve isso na receita, o paciente não vai fazer. Se não seguir essa normativa, vai ter perda de absorção, não vai ter o efeito desejado.

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