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Hidrologia

Por:   •  27/10/2016  •  Relatório de pesquisa  •  3.279 Palavras (14 Páginas)  •  288 Visualizações

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                                                         Introdução:

A água é de fundamental importância para a vida de todas as espécies. Aproximadamente 70% de nosso organismo é composto por água. Boa parte dos pesquisadores concorda que a ingestão de água tratada é um dos mais importantes fatores para a conservação da saúde, é considerada o solvente universal, auxilia na prevenção das doenças (cálculo renal, infecção de urina, etc.) e proteção do organismo contra o envelhecimento.

Durante milênios as águas insalubres propagaram epidemias que dizimaram populações. A cada dia 6 mil pessoas morrem por doenças diarreicas, a maioria sendo crianças de até cinco anos. As doenças de veiculação hídrica são causadas, principalmente, por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, transmitidos basicamente pela rota fecal-oral, ou seja, são excretados nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de água ou alimentos contaminados por água poluída com fezes.

A partir da importância que tem de se saber a qualidade da água que é consumida, realizamos a coleta e análise de águas de poços de diferentes regiões da cidade de Gravataí/RS para posterior comparativo com a qualidade do abastecimento feito pela empresa CORSAN/RS que é responsável pelo abastecimento de mais de 225 mil habitantes da cidade.

  1. Objetivo:

      Sabemos que o abastecimento de água de cerca de 97% da cidade de Gravataí é realizado pela empresa CORSAN/RS, como mostra o gráfico a seguir:

[pic 1]

      O objetivo é verificar se as afirmativas de que a água proveniente de poços, sejam artesianos ou cavados, é mais pura – por ser de fonte natural –, do que a água que é fornecida pela empresa CORSAN/RS, que é a responsável pelo tratamento da água retirada do Rio Gravataí.

  1. Parâmetros avaliados:
  1. Características microbiológicas:

      Segundo o Artigo 27 da Portaria no 2.914, uma água potável para consumo humano, deve estar em conformidade com o padrão microbiológico, sendo que deve estar isenta de coliformes totais em 100 mL de água analisada.

  1. Coliformes totais:

      São os principais indicadores de contaminação fecal, incluindo a bactéria Escherichia Coli. Estão associados às fezes de animais de sangue quente, inclusive o homem. Compõem o grupo das bactérias gram-negativas (constituídas pela endotoxina LLP – Lipopolissacarídeo, que é a causadora da patogenicidade).

  1. Coliformes fecais:

      Convivem em simbiose com os seres humanos, bois, gatos, porcos e outros animais de sangue quente. São excretados em grande quantidade nas fezes e normalmente não causam doenças (quando estão no trato digestivo). Neste grupo está presente a bactéria gram-negativa Escherichia Coli, e ao se ingerir alimentos por ela contaminados, os resultados desagradáveis (como diarreias, vômitos, gastrenterites, por exemplo) podem ser brandos ou desastrosos de acordo com o grau de contaminação.

  1. Escherichia Coli:

      É uma bactéria do grupo gram-negativa. Sua presença sugere a possibilidade de haver, naquele local, micro-organismos intestinais capazes de provocar doenças. Geralmente essa bactéria habita o intestino sem causar problemas à saúde. No entanto, ao se direcionar para a circulação sanguínea ou outras regiões do corpo, pode provocar infecções. Podendo provocar também a destruição do epitélio do intestino, e o rompimento dos vasos encontrados no mesmo e dos responsáveis pela filtração de sangue nos rins. Pode desencadear insuficiência renal aguda, convulsões e problemas graves no sistema nervoso.

      Os problemas mais comuns causados por esse tipo de bactéria são:

- diarreia;

- cistite (inflamação da bexiga);

- meningite;

- entre outros.

  1. Características físico-químicas:

      Segundo os Artigos 30 e 39 da Portaria 2.914, são estabelecidos os seguintes parâmetros físico-químicos para a potabilidade da água para consumo humano:

  1. Alcalinidade:

      A alcalinidade é a capacidade da água de neutralizar (tamponar) ácidos a ela adicionados. Depende de alguns compostos para que a água seja considerada alcalina, como bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos. Pode variar de 10 mg/L CaCO3 a 350 mg/L CaCO3 para ser considerada potável.

      Do ponto de vista sanitário, a alcalinidade não tem significado relevante, mesmo para valores elevados. No entanto, águas com alta alcalinidade são desagradáveis ao paladar e, quando associadas à dureza elevada, pode ser prejudicial.

  1. Dureza:

      Dureza total é a soma das durezas temporária e permanente que contêm íons alcalino-terrosos, principalmente cálcio e magnésio. Águas com dureza muito elevada podem estar relacionadas com a maior ocorrência de doenças renais e a menor ocorrência de doenças cardiovasculares.

      O cálcio e o magnésio estão presentes na água principalmente nas formas de bicarbonatos e sulfatos. Os bicarbonatos de cálcio e magnésio, que também são responsáveis pela alcalinidade, causam a dureza conhecida como dureza temporária, que pela ação do calor ou de substâncias alcalinas geram os precipitados dos carbonatos desses íons.

      Sulfatos e outros compostos (clorados, por exemplo) dão à água a dureza chamada de permanente.

      A dureza total aceita como parâmetro de potabilidade segue na tabela abaixo:

[pic 2]

  1. Turbidez:

      Característica física da água decorrente da presença de sólidos em suspensão. O valor máximo permitido de turbidez na água é de 5,0 UT, ultrapassando esse limite, a água terá aspecto turvo e indesejado.

  1. pH:

      O pH é uma medida que determina se a água é ácida ou alcalina. É um parâmetro que deve ser acompanhado para melhorar os processos de tratamento e preservar as tubulações contra corrosões ou entupimentos. Esse fator não traz riscos sanitários e a faixa recomendada de pH na água distribuída é de 6,0 a 9,5.

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