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Relatório de Síntese do Hexa e do Pentaamin

Por:   •  15/10/2019  •  Relatório de pesquisa  •  2.543 Palavras (11 Páginas)  •  141 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE QUÍMICA

DEPARTAMENTO QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA

QUI137 - QUÍMICA INORGÂNICA DE COORDENAÇÃO

Prof.Raildo Alves Fiuza Junior

Estágiário Docente: Tatiane Santos

Preparação do cloreto de hexamincobalto(III)

Caracterização dos complexos de Werner

Discentes: Luana Silva

Setembro de 2019

Salvador - Bahia


1. OBJETIVOS

Preparar cloreto de hexaaminocobalto(III) a partir de cloreto de cobalto(II) hexa-hidratado.

Determinar o número de íons cloretos livres em soluções preparadas de cloreto de hexaamincobalto(III) pelo método de Mohr e por condutivimetria.

2. INTRODUÇÃO

A maioria dos primeiros complexos foi preparada pela reação de sais metálicos com o amônio. Porém, logo se verificou que muitas outras espécies químicas podiam ser usadas em síntese de compostos dessa natureza. Assim, foram preparados muitos complexos com sais de cobalto, cromo e platina, entre outros. Uma das primeiras formas de nomeá-los foi dar-lhes os nomes dos químicos que os prepararam.

Com ao aumento do número de coordenação dos compostos sintetizados, verificou-se que essa forma de nomeá-los se tornaria inapropriado e então a ideia foi denomina-los através de sua cor. Verificou-se então que algumas vezes compostos da mesma estequiometria apresentavam cores iguais:

Complexo

Cor

Nome Original

CoCl3.6NH3

Amarelo

Complexo Lúteo

CoCl3.5NH3

Púrpura

Complexo Purpureo

CoCl3.4NH3

Verde

Complexo Praseo

CoCl3.4NH3

Violeta

Complexo Violeta

CrCl3.6NH3

Amarelo

Complexo Lúteocrômio

CrCl3.5NH3

Púrpura

Complexo Purpureocrômico

No entanto, verificou-se que essa não poderia se constituir em regra para nomear compostos de coordenação já que, além do número de compostos ser grande, muitos, mesmo sendo de composições diferentes apresentavam cores iguais; e em alguns casos, espécies de composição semelhante e mesmo isômeros apresentavam cores diferentes entre si.

Nos primeiros estudos realizados, verificou-se que, além das cores, outras propriedades também variam com a estequiometria. Ao se fazer solução de AgNO3 com solução de CoCl3.3NH3, não ocorre precipitação, com CoCl3.4NH3    precipitam-se três cloretos, com uma solução de CoCl3.5NH3 precipitam-se dois e com CoCl3.6NH3, os três cloretos são precipitados.

Isso sugere que os cloretos se ligam ao Co+3 de formas diferentes nos quatros compostos e que, num mesmo complexo, alguns se ligam mais fortemente do que outros. Esses fatos seriam utilizados por Werner para elucidar a estrutura dos compostos de coordenação, estabelecendo os conceitos de valência primária e secundária.

Segundo Kauffman (1959) e Farias (2001), Jörgensen foi um grande pesquisador e realizou boas experiências envolvendo os compostos de coordenação. Werner assim também o fez, mas seus resultados ficaram aquém dos desenvolvidos por Jörgensen. Estas experiências envolveram a síntese e a caracterização de diferentes compostos com platina e cobalto. Pode-se citar, por exemplo, que na série de CoCl3.n(NH3), quando n variou de 4 até 6, obteve-se compostos com diferentes cores e condutividade e, quando n=4, obteve-se dois compostos com cores diferentes.

Com exceção do último (n =4), todos têm condutividade diferente e a reação com nitrato de prata (AgNO3) produz quantidade diferente de cloreto de prata. Esta experiência demonstra que os íons cloretos têm um comportamento químico diferente nos compostos. Novamente, como na condutividade, o último (n=4) é bastante semelhante. Werner então propôs que o cobalto (III) possuía, fugindo às regras de valência vigentes na época, seis espécies ligadas a ele que poderiam ser moléculas neutras ou ânions, além do íon cloreto que ainda estaria presente na forma livre.

[pic 1]

Figura 1: Estrutura propostas por Werner para os complexos CoCl3.6NH3 e CoCl3.5NH3

[pic 2]

Figura 2; Estrutura propostas por Werner para os complexos CoCl3.4NH3 e CoCl3.3NH3

Nesse contexto, a teoria de Werner veio a se constituir num importante instrumento para o estudo dos compostos de coordenação. As proposições dessa teoria podem ser resumidas nos seguintes postulados:

  1. Valência primária está relacionada ao estado de oxidação e uma valência secundária, relacionada ao número de coordenação;
  2. Todos os elementos tendem a satisfazer tanto a valências primárias quanto secundárias;
  3. As valências secundárias estão dirigidas para posições fixas no espaço

Hoje, a valência primária continua sendo o estado de oxidação, apesar de não se usar esta terminologia. Chama-se a valência secundária de número de coordenação, mas a definição é um tanto modificada para o número de átomos doadores ligados por covalência à espécie central.

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