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Zinco

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Por:   •  11/6/2013  •  Tese  •  2.769 Palavras (12 Páginas)  •  605 Visualizações

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A recomendação dietética diária (DRIs, 1997) de fósforo é de 700mg/d para adultos. Em geral, as boas fontes de proteínas são boas fontes de fósforo. Carne, aves, peixes e ovos são excelentes fontes. O leite e seus derivados são boas fontes, assim como as nozes e leguminosas, cereais e grãos (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005).

Magnésio

A atividade física aumenta tanto a produção de radicais livres como a de antioxidantes. A alimentação é responsável pelo fornecimento dos antioxidantes, e a deficiência dietética destes e de outras substâncias essenciais pode causar estresse oxidativo (AMORIM; TIRAPEGUI, 2008). Dentre estas substâncias está o magnésio, mineral que participa do metabolismo energético, da regulação dos transportadores de íons e da contração muscular (SCHNEIDER; OLIVEIRA, 2004).

A deficiência dietética de magnésio é positivamente correlacionada ao aumento da peroxidação lipídica e à diminuição da atividade antioxidante (NIELSEN; LUKASKI, 2006). Ainda, altera a fluidez das membranas celulares e mitocondriais e promove perturbações na homeostase do cálcio; a resposta inflamatória é aumentada sugerindo a existência de um ciclo vicioso entre este mineral, a inflamação e o estresse oxidativo. De acordo com Food and Nutrition Board, Institute of Medicine apud Amorim; Tirapegui (2008), o magnésio e o cálcio formam complexos estáveis com os fosfolípidios que fazem parte das membranas celulares. Dependendo da concentração de ambos, eles podem agir sinergicamente ou antagonicamente. Assim, o magnésio é denominado "bloqueador natural do canal de cálcio". Na depleção de magnésio, o cálcio intracelular eleva-se, visto que este exerce importante papel na contração tanto da musculatura lisa como da esquelética, e um quadro de depleção de magnésio pode resultar em cãimbras musculares, hipertensão e vasoespasmos coronarianos e cerebrais. No desempenho físico, a falta de magnésio traduz-se em lesões musculares mais sérias, ficando, os músculos, mais suscetíveis à infiltração de macrófagos e neutrófilos e ao rompimento do sarcolema, dificultando o processo de regeneração e podendo ocasionar queda no desempenho físico (AMORIM; TIRAPEGUI, 2008). Privação de magnésio também aumenta a exigência de oxigênio para completar exercícios submáximos e reduz a performance em exercícios de endurance (LUKASKI,2004). No contexto da atividade física, o conhecimento da relação entre magnésio e estresse oxidativo ainda é escasso e controverso. Além disso, a função das defesas antioxidantes na prática regular de exercícios e na deficiência de magnésio deve ser melhor definida (AMORIM; TIRAPEGUI, 2008).

Nielsen; Lukaski (2006) relatam que, em estudos do final da década passada até hoje, a perda de massa muscular seria correspondente ao aumento do magnésio sérico logo após o exercício. Em contraste, no exercício prolongado ocorre redução da concentração sérica. Estes parâmetros geralmente retornam aos valores iniciais, provavelmente devido ao movimento do magnésio em direção a outros compartimentos e ao aumento da excreção pelo suor e urina. Dessa forma, o magnésio é redistribuído no exercício para os locais com maior necessidade metabólica para a produção de energia ou na prevenção do estresse oxidativo.

Na obtenção de mais dados a respeito das necessidades médias para o magnésio, Hunt e Johnson (2006) analisaram os dados relativos ao balanço de magnésio de 27 estudos, todos conduzidos em unidades metabólicas e rigorosamente controlados. Seus resultados mostraram que o balanço do magnésio não é afetado pelo sexo ou pela faixa etária. Um balanço neutro para o magnésio (ou seja, ingestão = excreção de magnésio) ocorre em pessoas sadias com uma ingestão de 165mg/dia. Considerando as Necessidades Estimadas (Estimated Average Requirement - EAR) estabelecidas atualmente, este valor de necessidade seria 40% a 45% menor para as mulheres e cerca de 50% menor para os homens. Este achado está de acordo com a idéia de as DRIs estariam superestimadas.

Os atletas, em particular, são um grupo populacional com tendência a apresentar perdas elevadas de magnésio pela urina e pelo suor em períodos de treinamento intenso. Inclusive, por esta razão, especula-se que as necessidades de atletas sejam 10% a 20% maiores do que as recomendações atuais para indivíduos sedentários de mesmo sexo e faixa etária (NIELSEN; LUKASKI, 2006). Segundo Lukaski (2004), a suplementação de magnésio em dietas de atletas competitivos tem sido relatada para melhorar a função celular, mas constatou-se que não apresenta efeitos benéficos no desempenho físico quando o seu estado nutricional relativo estiver adequado. Desta forma, a suplementação não apresenta efeitos ergogênicos, apenas reverte o estado da sua deficiência.

A aferição do magnésio sérico, plasmático ou eritrocitário é o indicador do estado nutricional mais utilizado para esse mineral. A excreção urinária de magnésio é usada para avaliar o estado nutricional do micronutriente, com um teste de sobrecarga, cujo método é considerado o mais confiável na detecção da deficiência de magnésio (BOHL; VOLPE, 2002).

A recomendação dietética diária (DRIs, 1997) o magnésio, para adultos, é de 400mg/dia para homens e 310mg/dia para mulheres. O magnésio é um mineral presente na maioria dos alimentos, em valores muito variados; apresentando-se em altas concentrações nos vegetais escuros folhosos, bem como nas oleaginosas, nos cereais integrais e nas frutas secas (AMORIM, 2002).

Zinco

O zinco é requerido para a estrutura e atividade de mais de 300 enzimas (LUKASKI, 2004). As propriedades antioxidantes do zinco são explicadas pelo seu papel na regulação da síntese de metalotioneína, na estrutura da enzima superóxido dismutase e na proteção de agrupamentos sulfidrila de proteínas de membranas celulares por antagonismo com metais pró-oxidantes como ferro e cobre, onde sua ação antioxidante é indireta (KOURY; DONANGELO, 2003). É um nutriente com papel biológico essencial nos mecanismos de proteção antioxidante, principalmente nos relacionados às membranas celulares, bastante requisitados durante a atividade física intensa (KOURY; DONANGELO, 2003).

Em um estudo de Lukaski et al (1990) apud Koury; Donangelo (2003), com nadadores americanos de elite, observaram que a ingestão de zinco (e também de cobre e ferro) era inferior à necessidade diária, apesar de a ingestão energética estar adequada. Sabe-se que em muitas modalidades esportivas, tais como luta, dança e ginástica, há restrição voluntária

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