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AÇÕES E ESTRUTURA DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM E-COMMERCE DO SEGMENTO DE ARTESANATO

Por:   •  29/7/2020  •  Monografia  •  16.726 Palavras (67 Páginas)  •  144 Visualizações

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RESUMO

O objetivo desse plano de negócios é discutir as ações e estrutura de negócio para a implantação de um e-commerce do segmento de artesanato, com atuação no nicho específico de caixas e embalagens, com o objetivo de viabilizar a atividade e o aumento da lucratividade da empresa, o foco da produção será a economia de escala. A operação da organização estará voltada para o público-alvo feminino, de idade entre 20 e 50 anos, das classes A, B e C, e terá capacidade de atendimento em todo o Brasil. Para transitar por esse mercado é necessário produção em escala, o que diferencia essa empresa dos outros concorrentes.

A produção em escala será conquistada baseada no modelo de negócio chamado Contract Manufacturing ou Contrato de Manufatura. A relação será sustentada através de pessoas físicas, produtoras de artesanato. O modelo é amparado na relação de troca de benefícios mútuos, enquanto a empresa consegue atingir o objetivo de produzir em grande quantidade, a sociedade, mais especificamente famílias que vivem próximo à linha da pobreza, são contempladas com uma renda complementar para o seu sustento. Transformando a relação benéfica para empresa e para a sociedade.

Além dos benefícios citados anteriormente, o consumidor final também será favorecido, pois os resultados gerados por esse modelo reduzem o custo de produção, fazendo com que a empresa consiga disponibilizar um produto com um preço mais acessível do que a concorrência e de mesma qualidade.

  1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Caixa Malagueta será uma sociedade por cotas, que terá como fundador o senhor Luiz Felipe Lira Pessoa e co-fundador a Sr.ªCatia Regina da Silva Lira. A empresa será um comércio eletrônico voltado para a venda e distribuição de caixas decorativas, caixas organizadoras e utilitárias, e também caixas personalizadas feitas sob encomenda. A empresa estará segmentada no setor de embalagem e cartonagem, o produto final será derivado também de trabalho artesanal.

Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2013 o trabalho artesanal esteve presente no dia a dia de mais de oito milhões de pessoas em todo o Brasil. O artesanato sempre foi visto como uma forma de integração social e geração de renda, afinal, culturas, costumes e até histórias de povos são interligados e contados através do artesanato. Por muitos é tido também como um hobby e uma atividade secundária, mas sempre terá o seu prestígio no mercado, ainda mais em um período em que o desemprego atinge um índice elevadíssimo. Nesse contexto o trabalho de criação manual pode ser o refúgio e a salvação de muitas famílias.

O co-fundador a Sr.ªCatia Regina da Silva Lira possui muitos anos de experiência com o trabalho artesanal, porém sempre tratando a produção dos materiais de artesanato como atividade secundária, como um hobby. O que ativou o interesse em empreender e investir na Cia. foi o cenário do mercado digital, que apresenta uma democratização de distribuição e informação, e também o crescimento do setor que, segundo o SEBRAE, tem seu volume de negócios de artesanato crescendo a uma taxa de 15% ao ano.

A escolha pela comercialização através da web se deu por conta das oportunidades disponíveis na internet. Os custos com a manutenção da loja virtual são menores em comparação com uma loja física, assim como os custos de prateleiras que não existem, a capilaridade do sistema também atrai, pois o número de pessoas que podem ser atingidas pelo negócio online é muito maior. Segundo Chris Anderson, no livro Cauda Longa (2006), agora com a distribuição e o varejo online, o mundo está ingressando na era da abundância. Guiando-se por esse novo direcionamento do mercado, será apresentado o modelo de negócio da Caixa Malagueta.

Visando atender a toda demanda em potencial desse nicho de mercado, com foco principal no atendimento ao cliente, e seguindo a ideia da economia de escala, que em resumo é maximizar o processo produtivo para produção em grande quantidade, e operando com limitada margem de lucratividade a fim de resultar custos baixos de produção com o incremento no fornecimento de bens e serviços surge a Caixa Malagueta. A proposta do modelo de produção é a parte principal do projeto e o grande diferencial da empresa perante seus concorrentes. A fabricação dos produtos derivados de trabalho artesanal será de responsabilidade de terceiros, as chamadas Consultoras de Produção. São pessoas que fornecerão, sob demanda, os seus serviços para a confecção do produto final, sem que haja qualquer vínculo trabalhista entre empresa e pessoa física, pois será classificada e determinada em contrato (Anexo 1) como uma relação de compra e venda, ou seja, contrato de manufatura, nesse caso o vínculo é comercial. A empresa disponibilizará à parte interessada (pessoa física), treinamento, matéria-prima e o Procedimento Operacional Padrão (POP), para a confecção do material final. Espera-se que em troca, a Caixa Malagueta terá preferência tácita sobre a compra do produto final, arcando com as perdas e percalços. Essa relação será semelhante à já conhecida relação entre revendedoras e empresas de cosméticos, transformando o negócio, segundo Muhammad Yunus, em um negócio social.

Negócio social é uma expressão criada por Muhammad Yunus para descrever um empreendimento que gera lucros e, ao mesmo tempo, causa impacto na sociedade em que atua. Não é uma ONG nem uma fundação filantrópica. Um negócio social é desenvolvido com um propósito social em mente desde seu nascimento. Mas também é possível transformar uma empresa estabelecida em um negócio social. O fator básico que determina se uma empresa é um negócio social será o fato de o objetivo social ser maior do que o objetivo de negócio e se refletir claramente em suas decisões. (KOTLER, KARTAJAYA, SETIAWAN, 2010, P 127)

Esse modelo tem dois principais objetivos. O primeiro em prol da sociedade, que é a geração de renda complementar para muitas pessoas da classe C e D, visto que pertencer a esse grupo, será o principal critério para seleção dos consultores, e será visto com mais detalhes nos capítulos que seguem. E o segundo principal objetivo é a produção em escala e de baixo custo.

  1. EQUIPE GERENCIAL

Luiz Felipe Lira Pessoa, Rua Tobias Moscoso, 310 – Rio de Janeiro/RJ

Administrador de empresas com mais de um ano de experiência no setor de recursos humanos no segmento de varejo, atuando como Consultor Interno de Recursos Humanos, e atualmente atua na área de Gestão & Planejamento de uma grande empresa varejista, além de responsável pela implantação e manutenção de projetos que visam o desenvolvimento do capital humano na organização, tais como projetos motivacionais, integradores e de capacitação. Na empresa ficará responsável pela Diretoria Geral e Gerência Administrativa e Comercial.

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