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Neste trabalho vamos falar sobre as relações étnico-raciais e a luta do negro contra o racismo no Brasil até os dias atuais.

Por:   •  11/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.302 Palavras (6 Páginas)  •  857 Visualizações

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Neste trabalho vamos falar sobre as relações étnico-raciais e a luta do negro contra o racismo no Brasil até os dias atuais.

        O preconceito racial em nosso país advém do Brasil - colônia quanto o mercantilismo dos povos negros oriundos da áfrica eram comprados para servirem aos brancos da nossa colônia portuguesa. Há de se fazer uma análise mais detalhada sobre a origem do preconceito racial. Seguindo estudos realizados conforme diz a Drª Nilma Lino Gomes três conceitos são utilizados em nossa sociedade. São eles:

Identidade – Ela relaciona um modo de ser no mundo e com os outros criando diferença entre as classes e identificando as referencias culturais dos grupos sociais.

Preconceito – “Trata-se do conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos.” (GOMES, 2008 p.54). No preconceito não existe uma analise se está certo ou errado.

Discriminação – Discriminação é a prática do racismo e a afirmativa do preconceito. No racismo e no preconceito encontram-se as doutrinas dos julgamentos, das concepções de mundo e das crenças.

        O Brasil foi o país que maior apresentou numero de pessoas escravizadas e foi o ultimo a abolir a escravidão e nesse processo se visava o lucro pelo o trabalho não pago. Leis severas foram impostas a escravos e escravas que variavam de açoites até mesmo a pena de morte.

        Mas a escravidão gerou processos de resistência havendo diversos refúgios dos fugitivos, podendo citar os Quilombos onde se tentava viver de modo livre enaltecendo seus valores e símbolos culturais que também geravam uma forma de resistência vindo mais tarde ser consolidada na formação da cultura do povo brasileiro a religião, a musica, a luta e a língua. É uma utopia tentarmos afirmar que existe igualdade entre brancos e escravos forrós porque até hoje os afro descendentes não possuem as mesmas oportunidades em nossa sociedade. Cabe aqui ressaltar que entre 1900 e 1950 o Brasil vendeu a imagem de “primeira democracia racial” do mundo, para isso que mostrava a convivência entre brancos e negros como igualitária e pacífica.

        No processo da abolição da escravatura os senhores deixam de ter despesas com os escravos e estes desempregados e despreparados profissionalmente e ainda não havia muito o que fazer o desespero levou muitas pessoas a buscar o consolo da bebida, gerando miséria entre os afro descendentes onde foi interpretado pelos os brancos que era a preguiça e a falta de vontade de prosperar na vida desconsiderando as condições econômicos e sociais. Com a miscigenação racial houve implicações diversas, tanto na dimensão moral quanto na política, e cultural. Instaura-se a divisão de classes sociais e das relações de poder

        A democracia racial ainda é um mito no Brasil, mesmo que tenha originado implantação de políticas afirmativas relacionadas a informações inter-étnicas a desigualdade social no Brasil, é gritante conforme comprova os dados do IBGE e IPEA comprovando a situação grave em que vive grande parte da população negra, no que toca a questão de moradia, justiça, educação e péssimas condições de trabalho e salários.

        Na década de 1930 entre os intelectuais brasileiros surge a expressão “democracia racial” e através do professor Munanga que partiu do estudo da raça que inicialmente era utilizado para classificar os animais que passou a designar descendência, ou seja, grupo de pessoas que tem um ancestral comum e que possuem características físicas em comum. Características essas como, a cor da pele como elemento de identificação de raça no século XVIII sendo classificado em raça branca, negra e amarela, agregados a este estão o formato do nariz, dos lábios, do queixo, as dimensões do formato do crânio, o ângulo facial, entre outros. Essas divisões de raça também recebe divisões de sub-raças e sub-sub-raças em virtude dos cruzamentos.

        Munanga através de analise e estudos comprova não existir raças biológicas e elas servem apenas como um conceito cientificamente inoperante para explicar a adversidade humana, visto que em seus estudos duas pessoas de mesma “raça” podem apresentar diferenças maiores do que de pessoas de “raças” diferentes.

        Porém o conceito de raça, carregado de ideologia esconde as relações de poder e a discriminação sob o véu da igualdade, em face disso, tornou-se oficializada o estimulo dos ânimos contra o estado, fazendo com que a discriminação criasse mais força, os negros passaram a morar nos piores espaços, sem assistência nos arredores da cidade, afastado o máximo possível da população branca, foram inferiorizados e ridicularizados por sua aparência física, suas crenças e costumes, eram considerados malandros e ocupavam os piores lugares de trabalho com baixa remuneração. Começa ai o negro perder sua identidade, a considerar ser vergonhoso ser um negro, surgindo o aparecimento da teoria do branqueamento pois através da mistura as características faciais se tornariam mais suaves e a pele deixaria de ser totalmente negra como existiam frases que enalteciam essa máxima “ELE É BRANCO E BELO” e “O PRETO É AMALDIÇOADO POR DEUS”. A partir dessa miscigenação aparece o mulato, que por ser uma mistura de ambos dava-lhe a condição de ser superior aos negros e ser inferior aos brancos.

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