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EXISTEM VARIOS GRUPOS COMUNITARIOS DENTRE ELES VAMOS FALAR SOBRE O GRUPO CUMUNITÁRIO DE SAÚDE MENTAL

Por:   •  10/5/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.572 Palavras (27 Páginas)  •  376 Visualizações

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EXISTEM VARIOS GRUPOS COMUNITARIOS DENTRE ELES VAMOS FALAR SOBRE O GRUPO CUMUNITÁRIO DE SAÚDE MENTAL.

 

1 - O GRUPO COMUNITÁRIO DE SAÚDE MENTAL.

 O Grupo comunitário de Saúde Mental é um espaço dedicado ao cuidado com a saúde mental e com o amadurecimento pessoal. Por meio de reuniões, o grupo propõe um exercício continuado de atenção e reflexão sobre a vida cotidiana, partilhando experiências e buscando aprender com elas.

A atividade apresenta a perspectiva de aprofundamento do contato da pessoa consigo mesma, com os outros e com os acontecimentos, em meio a um processo de construção pessoal e grupal.

O grupo é um local de descobertas. Ao conhecer os caminhos de vida trilhados por outros participantes, podemos ampliar a capacidade de perceber e compreender a realidade, experimentando ajudar e ser ajudado. Os encontros promovem o desenvolvimento de uma rede de pessoas articuladas a partir do cuidado com a própria vida.

2 - QUAIS SÃO SEUS OBJETIVOS.

I. Promover um exercício pessoal continuado de atenção e reflexão sobre a vida cotidiana, de forma articulada ao trabalho grupal, visando o desenvolvimento da saúde mental e o amadurecimento pessoal. Desta forma, estimula-se uma atitude de protagonismo em relação à construção da saúde mental, em meio à valorização da própria experiência e o comprometimento com a comunidade.

II. Desenvolver uma capacidade de avaliação das vivências cotidianas, considerando a perspectiva de aprender a torna-se uma pessoa experiente, ou seja, ocupar-se dos fatos de maneira a refletir e aproveitar os acontecimentos, tendo em vista a possibilidade de uma interação fecunda entre a pessoa e a realidade.

III. Facilitar uma ampliação do horizonte de percepção da realidade, a partir do contato com a diversidade das experiências compartilhadas, que denotam a originalidade do outro.

IV. Favorecer o encontro e o desenvolvimento de vínculos, possibilitando a circulação de conhecimentos, as trocas afetivas e a ajuda recíproca.

V. Oferecer uma modalidade de cuidado à saúde mental, com acesso aberto a comunidade, contribuindo de forma a diversificar e complementar os programas terapêuticos e de promoção da saúde mental.

3 - COMO FUNIONAM.

           Os grupos se estruturam a partir da apresentação de um eixo temático que busca facilitar a compreensão da tarefa e promover o aprofundamento do trabalho. Almeja-se que o processo de elaboração das vivências ocorra durante o grupo, bem como entre os encontros, consolidando-se como uma atitude permanente de atenção e reflexão. O grupo é organizado em roda de conversa que dura cerca de uma hora e meia.

A reunião é iniciada com um sarau, onde os participantes trazem músicas, poesias, textos, entre outros, e descrevem porque escolheram trazer tal contribuição.

Na fase seguinte, os participantes compartilham depoimentos relativos às suas experiências pessoais, norteados pela perspectiva de aproveitamento dos acontecimentos cotidianos.

Na etapa final, os participantes falam sobre a repercussão pessoal da participação no grupo, constituindo-se um momento de reflexão sobre o impacto do que foi compartilhado e considerações sobre o processo grupal.

Complementando as atividades desenvolvidas nos grupos regulares, realiza-se um Encontro Anual dos Grupos Comunitários de Saúde Mental. O evento permite uma integração entre os participantes dos grupos ocorridos em diversos locais ao longo do ano, oferecendo uma oportunidade de diálogo com pessoas convidadas e com a comunidade em geral. Ocorre próximo ao final do ano e tem uma duração aproximada de quatro horas.

4 – O QUE SÃO, E QUEM PARTICIPAM.

O grupo é aberto a qualquer pessoa interessada em refletir sobre as suas experiências. Trata-se de cultivar uma postura de valorização da vida e do encontro humano, que permite um empenho para compreender, compartilhar e aprender com a própria vivência e com as dos outros. O ponto de partida para a participação consiste em uma atitude de abertura à realidade, que permita uma interação fecunda entre os acontecimentos cotidianos e as necessidades da nossa pessoa.

O acesso aberto à comunidade convida a participação de múltiplos protagonistas de um processo de ajuda recíproca e favorece a formação de uma rede de pessoas articuladas na construção compartilhada da saúde mental. 

5 – SUA HISTORIA

O Grupo Comunitário de Saúde Mental ocorre desde 1997, no Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, sob a coordenação do Dr. Sergio Ishara, em parceria com o Centro de Psicologia Aplicada da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP, por meio da Prof.ª Carmen Lúcia Cardoso. Desde 2009, o programa conta com a participação de bolsistas do Programa Aprender com Cultura e Extensão - USP, sob a supervisão da Prof.ª Sonia Regina Loureiro (FMRP-USP). Desde o início, o programa conta com a participação de usuários de serviços de saúde mental, familiares, profissionais e estudantes universitários em um diálogo aberto à comunidade.

A valorização crescente das vivências cotidianas dos participantes possibilitou a ampliação dos temas abordados para além dos aspectos clínicos e terapêuticos e consolidou a proposta como uma busca por saúde mental, a partir de um exercício estável de apropriação e comunicação de experiências cotidianas.

A INFLUÊNCIA DA PSICOLOGIA ANIMAL NO BEHAVIORISMO

O behaviorismo é o resultado direto dos estudos do comportamento animal realizados durante a primeira década do século XX (Watson, 1929, p. 337 apud Schultz e Schultz, 2006, p. 229). A psicologia animal, resulta teoria evolucionista, foi importante para demonstrar a existência da mente nos animais e a continuidade entre a mente animal e a mente humana, em 1899, Alfred Binet foi influenciado pelos darwinistas que admitiam uma continuidade entre as espécies humana e animal, atribuindo processos mentais complexos nos animais. Binet apresentou uma proposta afirmando que até mesmo um organismo unicelular, como o protozoário, era capaz de perceber e distinguir os objetos e de exibir um comportamento dotado de intenção, em 1908, Francis Darwin, filho de Charles Darwin, discutiu o papel da consciência nas plantas. Nos EUA, durante os primeiros anos da psicologia animal, houve grande interesse pelos processos conscientes dos animais e argumentava-se que a consciência animal possuía memória associativa, ou seja, os animais aprendiam a reagir a determinados estímulos, de uma forma ou de outra. Na época, a Psicologia Animal utilizava o método anedótico, ou seja, a coleta de dados era feita através de relatos dos donos dos animais. Este método era muito discutível. Lloyd-Morgan elaborou a Lei da Parcimônia e os pesquisadores passaram a não mais atribuir idéias aos animais, enquanto fosse possível explicar o seu comportamento de modo mais simples.

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