A ATIVIDADE PRÁTICA

Breve Histórico

No decorrer das últimas décadas com o desenvolvimento de novos materiais e o aumento da preocupação com a aplicação segura destes materiais, a utilização dos fatores de segurança tem sido uma prática usual. Coeficiente de segurança global corresponde à redução da capacidade resistente ao estado último de equilíbrio, onde é calculado através de valores característicos dos padrões de resistência do terreno, para o desenvolvimento destes critérios foi desenvolvido na Europa o Eurocódico 7 (EC7), onde o mesmo é distribuído em três  partes.

A primeira parte demonstra as regras para o dimensionamento         geotécnico, a segunda parte relata as regras para os ensaios laboratoriais e na parte três as regras para ensaios de campo. O EC7 enquadra vários critérios nas três partes, porém o foco deste trabalho é a segunda parte que expõe; fundações superficiais, ensoleiramentos gerais, fundações em estacas, muros para contenção de água, escavações, aterros, pilares e encontros de pontes. O método dos coeficientes de segurança é uma experiência levada a efeito por Brinch Hansen (1965) desenvolvida pela Eurocódigo7 criando uma estabilidade no sistema de fundação, desta forma aplica-se um coeficiente de minoração para as resistências dos solos e majoração ás ações aplicado na estrutura. Para Velloso e Lopes (2011) e Gusmão Filho (2006) é quase que impossível ter um conhecimento do subsolo, por tanto as margens de segurança devem ser previstas pelas sondagens e os parâmetros de resistência determinados em laboratórios ou relacionadas a ensaios empíricos de campo, onde também apresentaram erros que devem ser aplicados as margens de segurança para a prevenção de catástrofe.

Por muito tempo a engenharia de fundações fazia a determinação dos coeficientes de segurança empiricamente, os valores usados atualmente foram determinados num processo bem lento de observação dos resultados de sua utilização, sendo assim os coeficientes foram reduzidos de acordo com a ação da fundação, processo de redução sugerido por (OLIVEIRA, 1998).

Com as dúvidas nos critérios de racionalidade, tornaram-se obrigatório quantificar os critérios qualitativos de segurança. O aspecto qualitativo garante que se durante a vida útil não for atingido por nenhum estado de ruína as fundações são consideras seguras. O método de cargas admissíveis foi o primeiro método racional de projeto de fundação desenvolvido, antes eram projetados de acordo com a experiência, porém com a revolução o que garantia a segurança em pequenas obras já não funcionava bem. Para a Engenharia acompanhar essa revolução os engenheiros tiveram que desenvolver outro método racional de projeto, nesta situação foi elaborado o Método dos estados limites.

Os pioneiros a empregar os estados limites foram Coulomb (1773) que, calculou a altura crítica de um aterro em um solo coesivo, Rankine (1857) que estabeleceu estados limites para empuxos de terra.Porém o desenvolvimento histórico foi sumariado por Meyerhof (1970, 1984, 1993 ,1995), Ovesen (1981, 1993) e por outros. Após varias propostas de coeficiente de segurança globais, Hassen (1953- 1956) estabeleceu que os valores característicos das cargas fossem multiplicados por seus coeficientes parciais para serem obtidos valores de cálculo, e os parâmetros característicos do solo seriam divididos por seus coeficientes de segurança, os valores numéricos foram calibrados de forma a proporcionar o mesmo nível de segurança que o método de carga admissível.