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A DERROCADA DA PETROBRÁS: INGERÊNCIA POLÍTICA ALIMENTADA PELA CORRUPÇÃO

Por:   •  5/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  993 Palavras (4 Páginas)  •  195 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

A DERROCADA DA PETROBRAS NOS ULTIMOS DEZ ANOS: INGERÊNCIA POLÍTICA ALIMENTADA PELA CORRUPÇÃO

Manaus - AM

2017

EDERJUNIOR ALMEIDA DE NORONHA

Trabalho de composição do processo de avaliação de aprendizagem pertencente ao componente curricular Estruturas e Modelos Organizacionais - Turma 01- Faculdade de Administração – Ministrado pelo Prof. Dr. Cláudio Dantas Frota, do curso de Graduação em Administração da Faculdade de Estudos Socias - FES da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.

Manaus - AM

2017

A DERROCADA DA PETROBRAS NOS ULTIMOS DEZ ANOS: INGERÊNCIA POLÍTICA ALIMENTADA PELA CORRUPÇÃO.

Segundo o portal de notícia G1 da globo em matéria publicada 19 de Janeiro de 2016, a Petrobras encolheu 85,5% em valor de mercado (a soma do valor das ações da empresa) ou R$ 436,6 bilhões desde o pico histórico da estatal na bolsa de valores em 2008, quando chegou a valer R$ 510,3 bilhões, o valor de mercado caiu para R$ 73,7 bilhões.

Qual a razão dessa grande desvalorização? Bem, segundo diretor o Presidente da Petrobrás Aldemir Bendine, a queda estava relacionada aos seguintes fatores:

  • Deterioração de ativos e investimentos, por causa do declínio do preço do petróleo e incremento nas taxas de descontos (R$ 49,7 bilhões);
  • Perda cambial com o aumento do dólar;
  • Despesas de juros (R$ 32,9 bilhões);

Partindo dos argumentos proferidos por Aldemir Bendine, é fato que uma empresa está suscetível a ser afetada por fatores externos, muitas vezes alheios à vontade da organização, no entanto, uma empresa do porte da Petrobrás (ou pelo menos do que foi), possuindo em sua estrutura organizacional um conselho com órgão colegiado composto de pessoas com alto grau de conhecimento, especialização e experiência. Uma estrutura montada para tomar decisões com base em relatórios técnicos, a fim de evitar erros e/ou reduzir ricos nos investimentos.

É bem verdade que para uma empresa ter o controle das variáveis externas seria um tanto quanto difícil. Porém, o controle gerencial interno é nada mais do que uma obrigação. A realização de contratos, investimentos, por exemplo, são decisões tomadas justamente pelo conselho. Se tal conselho é competente para tomar decisões importantes, qual a razão da derrocada da Petrobrás? Vejamos um breve retrospecto de notícias na linha do tempo que envolve tomada de decisão:

  • Em 2005, a Petrobrás perdoa calote da Venezuela referente à construção da refinaria Abreu e Lima. O projeto inicial, que era de 2,5 bilhões de dólares, chegando aos 18 bilhões de dólares, quando a Petrobras apresentou ao seu Conselho de Administração a proposta de assumir integralmente a refinaria. As obras param em 2014;
  • Em 2006, a Petrobrás comprou Pasadena, pensando em refinar nosso petróleo para vender nos Estados Unidos; a empresa belga Astra Oil pagou por essa refinaria US$ 42,5 milhões e a Petrobras pagou US$ 360 milhões por metade dela. Por causa de uma decisão judicial nos Estados Unidos, que saiu em 2012,teve que paga mais US$ 820,5 milhões;
  • Em 2007, desencadeou a crise de imobiliária nos EUA; e no Brasil descoberta do Pré-sal;
  • Em 2008, aquisição da refinaria Nansei no Japão. Petrobrás teve 87,5% de controle adquirido. Relatórios técnicos indicavam que a refinaria somente seria rentável se dobrasse sua capacidade de produção, mas restrições ambientais restringia a ampliação. A diretoria omitiu os riscos em parecer;
  • Em 2009, agravamento da crise econômica; CPI da Petrobrás;
  • Entre 2005 e 2012 a SBM empresa holandesa é suspeita de ter pagado propina a funcionários da estatal brasileira;
  • Em 2013, Inaugurada a Pré-Sal Pretroléo;
  • Em 2014, deflagração da Operação Lava Jato: delação de Paulo Roberto Costa;
  • Em 2015, Barril do petróleo a US$ 50 traz dúvidas sobre viabilidade do Pré-sal;
    Nos EUA, o barril fechou cotado a US$ 47,93, no menor preço desde 21 de abril de 2009.
  • Em 2016, políticas de desinvestimentos, plano de demissão voluntária (12 mil funcionários), concessão de 104 campos terrestres de produção de petróleo à iniciativa privada, a venda de todas as operações da empresa na Argentina para a Pampa Energia, a venda de até 81% de sua rede de gasodutos por todo o país, venda do controle BR Distribuidora. A empresa controlada pelo estado também obteve recentemente um empréstimo de 10 bilhões de dólares junto ao banco China Development Bank (CDB), dando como garantia a entrega futura de petróleo a empresas chinesas.
  • Em 2017, inicia novamente as obras da refinaria de Abreu e Lima.

Diante desse breve e superficial retrospecto, não se pode negar o fato de que a decisões tomadas influenciaram substancialmente o futuro da Petrobrás colocando-a rumo à decadência. A degradação da estatal não inicia com a Operação Lava Jato, como várias vezes políticos de pensamento medíocre se utilizaram desse argumento para justificar o rombo na estatal.  É fato que, se tratando de uma empresa que possui ações na bolsa de valores, a menor dúvida sobre a retidão da empresa e sustentabilidade do negócio é natural que investidores busquem proteger seus recursos, aplicando no que lhe confere mais segurança.

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