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A Economia Brasileira

Por:   •  9/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  131 Visualizações

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Texto 01: O primeiro governo Lula (2003-2006): vitória do medo ou da esperança?

No dia 1º de janeiro de 2003 tomou posse como presidente do Brasil o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. No seu discurso de posse, o presidente Lula reiterou o compromisso assumido com a mudança durante a campanha eleitoral.

Lula recebeu duas heranças: maldita e bendita. Na maldita, entre outras, o texto destaca a redução das importações, o aumento da dívida externa, da dívida bruta e líquida, dos juros altos e o desemprego.

Já a bendita trouxe um tripé de políticas – metas de inflação, câmbio flutuante e austeridade fiscal e uma política social estruturada.

Diante da clara tendência de aceleração da inflação e diante da perspectiva da possível perda do seu controle, o novo governo, juntamente com sua equipe econômica, se apressou em adotar um conjunto de medidas ainda nos primeiros meses de governo que, entre outras, incluía a nomeação do ex-presidente mundial do Bank Boston, o economista Henrique Meirelles, para o cargo de presidente do Banco Central do Brasil, as metas de inflação para 2003 e 2004, aumentou a meta de superávit primário para o ano de 2003, determinou os cortes no gasto público que se fizessem necessários, colocou na Lei de Diretrizes Orçamentárias o objetivo de manter a mesma meta de superávit primário e aumentou a taxa Selic.

As medidas adotadas nos primeiros meses combateram os desequilíbrios da economia brasileira e jogaram um balde de água fria na fervura das desconfianças e incertezas que existiam com relação aos rumos da política econômica que seria adotada pelo governo Lula. Essas medidas também mostraram resultados positivos no combate à escalada inflacionária que vinha sendo registrada.

Assim, com o passar dos meses de 2003, as condições econômicas do Brasil foram apresentando melhorias, permitindo ao governo concluir o seu primeiro ano de mandato com um avanço significativo na qualidade dos indicadores macroeconômicos nacionais.

Assim podemos afirmar que a política econômica implementada pelo governo Lula foi eficaz no combate à inflação, fazendo os índices retornarem para patamares baixos. As exportações e as importações brasileiras cresceram sistematicamente nos quatro anos, e as metas de inflação foram cumpridas, o PIB cresceu e o índice do rísco Brasil também.

Podemos concluir que a vitória do candidato Lula representou a vitória da esperança de mudança, que passava pelo desejo de eleger um governo comprometido com a retomada do crescimento econômico de forma continuada e com taxas mais elevadas, com geração de emprego e renda, com a diminuição das desigualdades econômicas e sociais e com o aumento das oportunidades de inclusão social.

O presidente Lula conseguiu superar os primeiros momentos de grandes dificuldades no início de seu mandato, restaurar a credibilidade do capital nacional e internacional na política econômica do governo e conduzir a economia brasileira para um ambiente de normalidade e de bons indicadores macroeconômicos. Resultados que lhe renderam a reeleição.

Texto 2: INDUSTRIALIZAÇÃO, ESTADO E SOCIEDADE NO BRASIL (1930-1945)*

O texto busca esboçar as tendências do desenvolvimento capitalista (tardio) no Brasil, buscando uma análise que consiga integrar satisfatoriamente o econômico, o social e o político.

A Revolução de 30 destruiu a hegemonia da burguesia cafeeira, mas nenhum outro setor das classes dominantes teve condições de assumi-la. A nova coalizão no poder constituiu um "Estado de compromisso", no qual se equilibraram de forma instável cafeicultores, oligarquias dissidentes, grandes comerciantes importadores e a burguesia industrial nascente, além das "categorias sociais de Estado", como grupos sociais subordinados.

A burguesia industrial é vista, pela grande maioria dos autores, como um grupo social permanentemente subordinado na nova coalizão dominante, cujos interesses econômicos são complementares aos da burguesia agrária. Sendo assim, ela é frágil, incapaz de obter autonomia político-ideológica e portanto de definir um projeto de industrialização nacional. Ou seja, não tem consciência dos próprios interesses e não constituiu um agente político importante na Revolução de 30.

Nas formas extremas de ver a burguesia industrial, como grupo totalmente subordinado ou, inversamente, como classe dominante em 30, prendem-se a uma visão dualista das relações entre Estado/Sociedade, que ainda predomina no panorama da sociologia brasileira.

Há uma polêmica antiga dividindo os cientistas sociais sobre o sentido da política econômico-financeira da primeira era Vargas. Uma corrente interpretativa busca enfatizar o caráter conservador dessa política, que teria sido a responsável pelo atraso da industrialização brasileira. Divergindo dessa corrente interpretativa, autores como Celso Furtado, Antonio Castro e Maria da Conceição Tavares, que também têm divergências entre si, admitem os compromissos de Vargas com as classes dominantes tradicionais, mas concluem pela implantação de um novo padrão de crescimento centrado na indústria.

O Estado brasileiro durante esses 15 anos deixa de ser um Estado federal/oligárquico para transformar-se num Estado nacional/centralizado.

A hipótese principal que o artigo pretende desenvolver é a de que, com o tenentismo, o integralismo, o aliancismo, mas principalmente com a inserção das categorias sociais de Estado no aparelho estatal, as camadas médias urba-nas adquiriram um certo 'grau de autonomia política, em relação

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