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A GERAÇÃO Y E O MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  6/6/2016  •  Monografia  •  8.795 Palavras (36 Páginas)  •  220 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A presente monografia tem por objetivo geral analisar como a geração Y pode ser gerenciada através do modelo de gestão adotado pela área de recursos humanos e como a mesma está transformando o mercado de trabalho, em que diariamente  as  organizações  sofrem  os  impactos  advindos  da  globalização  e  das mudanças  que  acontecem  em  três  áreas,  conforme  destaca  Vergara  (2009):  tecnológica, humana e organizacional.   Estas  transformações  possibilitam  a  evolução  das  organizações  na  medida  em  que enfrentam  o  desconhecido.  Também  proporcionam  o  aprimoramento  dos  diferentes  setores que compõem a empresa, principalmente os  recursos humanos, que a  todo o momento deve atualizar  seus modelos de gestão a  fim de  sempre  superar os desafios que  lhe  são  lançados, tais  como:  maior  produtividade,  custos  menores,  comprometimento  dos  empregados, qualidade e inovação dos produtos e serviços, dentre outros. (LAFUENTE, 2009).

A  interação  das  gerações  no ambiente  de  trabalho  ocasiona  conflitos,  cabendo  ao  RH  gerenciá-los  e  adaptá-los  ao modelo  de gestão  de  pessoas  executado  na  empresa,  e,  desta  forma,  estabelecer  uma  relação  positiva  entre  as competências individuais de cada geração com os interesses da organização. (ERICKSON, 2009).

Sendo  assim,  o  desenvolvimento  deste  estudo foi estruturado com o  propósito  de  responder  ao seguinte questionamento:  “Como a Geração Y está transformando o mercado de trabalho?”

A metodologia adotada foi a pesquisa explicativa, através da revisão bibliográfica, a qual procurou evidenciar os modelos de gestão,  a  evolução  da  área  de  recursos  humanos  e  do  contexto  organizacional  e,  desta  forma, possibilitar a  reflexão da  importância de uma gestão de RH eficiente para um bom desenvolvimento dos  jovens  trabalhadores  pertencentes  à  geração  Y.  Observou-se  que  os  jovens  desta  geração cresceram em contato com a internet e as novas tecnologias, o que proporcionou o desenvolvimento de competências  e  características  diferentes  das  gerações  anteriores. 

Para  tanto,  é  necessária  a  utilização  de  procedimentos  técnicos  como,  neste  caso,  a pesquisa  bibliográfica,  através  de  dados  secundários,  tendo  como  base:  livros,  artigos científicos,  periódicos,  revistas  especializadas,  dissertações  e  teses,    propondo  a  análise  de diversas  posições  acerca  de  um  problema,  permitindo  ao  pesquisador  abranger  uma quantidade de fenômenos muito maior do que se estudado diretamente (MARRAS, 2005).

Para atingir o objetivo geral e responder ao problema proposto, o tema será desenvolvido em três capítulos, assim distribuídos:

O primeiro capítulo situa o leitor no mundo do trabalho, referindo-se a era pós moderna e ao mundo contemporâneo.

O segundo capítulo fala de gerações anteriores à geração Y, ou seja, da geração Baby Boomers e da geração X.

O terceiro capítulo trata especificamente da geração Y, abrangendo suas principais características em relação ao consumo, sua relação com o trabalho, sua visão de comprometimento com a organização, suas exigências quanto ao treinamento e motivação, sua relação com a questão da liderança e um pequeno comparativo entre a geração x e a geração y.


CAPÍTULO 1 – COMENTÁRIOS GERAIS SORE O MUNDO DO TRABALHO

        Antes de começar a comentar sobre o mundo do trabalho acha-se interessante fazer um esclarecimento sobre as diferenças que permeiam trabalho e emprego. Antunes (2003) explica o conceito de trabalho de duas formas: trabalho concreto e abstrato. O trabalho concreto está associado à criação de valor (dimensão qualitativa), já o abstrato associa-se ao gasto da força humana (execução cotidiana). Já o emprego é um conceito mais novo, advindo da Revolução Industrial, momento em que o homem começou a vender sua mão de obra em troca de um pagamento (valor).

1.1 O TRABALHO NA ERA PÓS MODERNA

O fator que mais caracteriza essa fase é a saturação de informações, de diversões e de consumo, onde a economia baseia-se em valores invertidos, o homem vale pelo que tem e não pelo que é. Sua essência não tem importância, apenas suas posses, seu poder de consumir possuem valor.

Edersheim (2007) diz que, ao contrário da era industrial que se preocupava com os bens materiais, a era pós moderna concentra seus valores nos serviços. No mundo empresarial de hoje as palavras de ordem são: performance, resultados e competição. “As premissas com base nas quais se dirigiam a maioria das empresas não mais correspondem à realidade” (DRUCKER apud EDERSHEIM, 2007, p.17).

Na visão de Santos (2006) o homem da era pós moderna pode ser analisado sob três óticas: consumista, hedonista e narcisista. O indivíduo consumista é aquele que está sempre procurando uma coisa nova para consumir, visando a praticidade do seu dia a dia. O chamado de hedonista é aquele que busca o prazer no momento, sendo este mais importante que qualquer outra coisa. Por fim, o narcisista é aquele que preocupa-se apenas com seu próprio bem estar, individualista ao extremo, completamente apático mediante as necessidades da massa.

1.2 O TRABALHO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Conforme coloca Kanaane (2006) o ato de trabalhar é uma ação exercida no contexto social que resulta em uma situação de complexidade entre o trabalhador  e os meios de produção. O trabalho não restringe-se a uma atividade profissional, é uma forma de interação entre os indivíduos, constrói relações que resultam em aspectos positivos e negativos.

Borges (2007, p.30) diz que o trabalho é:

(...) um fator de construção do sujeito, ou seja, é através do trabalho que o homem estabelece, reconhece e implementa as diferentes formas de sua vida em sociedade. Assim sendo, o trabalho pode ser vislumbrado como atividade que se define na sua relação com a própria condição de vida e que, ao mesmo tempo, se edifica como condição para toda vida humana, pois todo homem passa pela necessidade de trabalhar, extrair as condições materiais para a continuidade da vida e nesse processo desenvolver e consolidar laços sociais.

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