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A Gestão Estratégica de Custo Verso Pandemia: Uma Revisão Interativa.

Por:   •  30/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.727 Palavras (15 Páginas)  •  105 Visualizações

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Linsmar Gomes Almeida ¹

Dimitre Anunciação Oliveira ²

RESUMO

Este artigo examina a importância de gerenciar os custos das estruturas corporativas modernas em um nível estratégico, no contexto da crise específica causada pela pandemia do coronavírus COVID-19. O sistema de gestão estratégica de custos é considerado uma ferramenta complexa para melhorar a eficiência da estrutura corporativa. Fizemos a análise desse sistema a partir de três posições: o conceito de cadeia de valor, o conceito de posicionamento estratégico, o conceito de análise fatorial. Introduzimos uma nova noção de “qualidade empresarial” aplicável às estruturas empresariais modernas ao nível estratégico.

Palavras-chave: Gestão. Custos. Organização. Situação pandêmica. 

  1. INTRODUÇÃO

A gestão estratégica é uma disciplina relativamente jovem que amadureceu continuamente nos últimos cinquenta anos. O campo consolidou-se neste período, ao mesmo tempo em que ampliou o leque de temas analisados e as metodologias de pesquisa utilizadas. Diferentes teorias e abordagens, abordando diferentes tópicos de pesquisa, foram desenvolvidas para explicar as razões subjacentes à vantagem competitiva e ao sucesso das empresas.

Assim, essa tem sido considerada uma questão fundamental que explica o sucesso ou o fracasso das empresas. Isso envolve descobrir por que certas empresas são bem-sucedidas e outras não; em outras palavras, identificando os fatores de sucesso. Embora essa motivação central seja compartilhada por todos os pesquisadores da área, o caminho a ser trilhado não é tão claro. Isso ocorre porque, entre outras razões, a natureza eclética e multidisciplinar da gestão estratégica atrai os interesses de pesquisadores de diferentes disciplinas: economia, teoria organizacional, sociologia, psicologia, administração, etc.

A crise econômica causada pela pandemia COVID-19 é caracterizada por uma queda no índice corporativo receitas, um aumento das dívidas de débito e uma crise de inadimplência. Uma das maneiras mais óbvias de o negócio a essa crise é reduzir custos. No entanto, as realidades atuais diferem significativamente das crises anteriores e exigem das empresas russas uma compreensão mais profunda do custo mecanismos de gestão, já que a busca pela combinação mais efetiva custo-qualidade chega a a frente. Isso, por sua vez, requer o desenvolvimento de um sistema de gestão de custos separado, o qual, claro, é de natureza estratégica e deve ser implementada no sistema de governança corporativa.

Deve-se destacar que a governança corporativa abrange todo o complexo de relacionamentos entre a gestão de uma empresa, seu conselho de administração, acionistas, credores, governo autoridades, sociedade e outras partes interessadas. A teoria moderna de governança corporativa diz que os mecanismos de governança corporativa influenciam ativamente a sociedade, envolvem-na nos problemas do negócio corporativo. Ter um sistema de governança corporativa funcionando bem em uma empresa é a base para uma gestão de custos eficaz e melhoria da qualidade do negócio. Assim, podemos considerar o sistema de gestão de custos corporativos no nível estratégico como um dos subsistemas da sistema de governança, cuja qualidade afeta diretamente a qualidade dos negócios corporativos e seus continuidade das operações durante a pandemia.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Leciona Chiavenato (2016) que a estratégia é o principal conceito da era contemporânea que veio substituir as atividades de gestão anteriores, como administração ou planificação. De acordo com esse, o significado da palavra estratégia se originou no campo militar e vem da palavra Strategos que significa geral em grego. Com o tempo, seu significado foi evoluindo, sendo aplicado a outras atividades humanas e, em particular, às estratégias de negócios. 

Ainda para Chiavenato (2016) , um dos principais problemas para seus estrategistas de negócios é a compreensão do ambiente competitivo e a interpretação dos efeitos da competição em um negócio; em conseqüência para os estudos de pesquisa chegou o momento de fortalecer novamente o estudo das categorias e a competição na investigação da gestão estratégica (GE).

O conceito de estratégia ao longo do tempo foi abordado por vários autores. Um deles é Chiavenato (2016)], que propõe que a estratégia é a definição das metas e objetivos de longo prazo de uma empresa, a adoção de ações e a alocação dos recursos necessários para o alcance dos objetivos. Para esse, a estratégia é o modelo dos objetivos, políticas, propósitos, metas e planos para alcançá-los dirigidos de forma que definam em qual negócio a empresa está ou será. Segundo autor, a estratégia é selecionar o conjunto de atividades em que uma empresa se destaca para estabelecer um diferencial sustentável no mercado; a diferenciação surge das atividades escolhidas e como são realizadas.

Ao contrário, Legge (2015) considera que a perspectiva mecanicista é limitada e contribui com uma visão dinâmica e orgânica. As novas ideias das ciências naturais e sociais afirmam que os processos estratégicos não são apenas modelos racionalistas de atores unitários, mas também dão importância à complexidade das variáveis suaves e levam em consideração o lado confuso da realidade. Ele sustenta que enquanto a perspectiva mecanicista para a formulação de estratégias é discreta, direcional e diferenciada, a perspectiva orgânica é dinâmica, incerta, interativa e integradora.

Inicialmente como um complemento ao estudo das estratégias na perspectiva mecanicista, pesquisadores como Legge (2015) considera que as estratégias são estáticas, reducionistas e sincrônicas com apenas uma ocorrência no tempo. Contemporaneamente, nasceu uma nova onda de pesquisas que se aproximam do estudo da teoria do comportamento e da organização e esse autor aponta que a estratégia é um coalizão ou uma coordenação adaptativa de vários estados e trajetórias.

De acordo com Chiavenato (2016), existem quatro elementos fundamentais na estratégia que, juntos, formam um todo. A missão é a resposta à pergunta para que serve a organização. Definem-se os negócios a que a organização se dedica, as necessidades que os seus produtos e serviços cobrem, o mercado em que a empresa se desenvolve, bem como a imagem pública da empresa ou organização. A visão é a resposta à pergunta o que queremos que a organização seja nos próximos anos. A situação futura que a empresa quer ter é definida e descrita. 

Ainda para Chiavenato (2016), o objetivo da visão é orientar, controlar e incentivar a organização como um todo, a fim de atingir o estado desejável da organização. Os valores definem o conjunto de princípios, crenças e regras que regulam a gestão da organização. Os objetivos globais indicam os resultados que se deseja alcançar em um determinado período de tempo. Esses elementos constituem a filosofia institucional e o suporte da cultura organizacional [18 ]. O objetivo básico da definição dos valores corporativos é ter um quadro de referência que inspire e regule a vida da organização.

A gestão estratégica é uma disciplina juvenil. Suas origens remontam à década de 1960, com raízes encontradas principalmente nas publicações seminais de Dória e Cohen (2008) . Desde então, tem evoluído significativamente, tornando-se uma área cada vez mais madura e consolidada no âmbito da gestão.

O progresso da disciplina em direção à maturidade foi acompanhado por vários fatores. Em primeiro lugar, houve um aumento acentuado na gama de tópicos abordados (BARBOSA, 2006). O estudo das melhores práticas na década de 1960 deu lugar a uma análise de tópicos tão variados como internacionalização, cooperação entre empresas, estratégias e competição nos mercados de produtos e fatores, liderança estratégica e a relação entre a estratégia de uma empresa e seus responsabilidade social corporativa, para citar apenas alguns.

Em segundo lugar, tem havido um crescimento significativo na gama de métodos de pesquisa usados, com estes se tornando cada vez mais sofisticados (DÓRIA; CHOEN, 2008). Estudos de caso aprofundados foram amplamente substituídos pelo uso de ferramentas quantitativas baseadas em técnicas econométricas complexas, análise multinível e, mais recentemente, metodologias híbridas, em que um único estudo combina técnicas quantitativas e qualitativas, com cada uma sendo adaptada à natureza do problema a ser analisado (BARBOSA, 2006).

Ainda conforme Dória e Cohen (2008), no terceiro plano,  há um outro indicador da maturidade crescente da disciplina é o consenso crescente a respeito de certas noções básicas, como a definição ou conceito de estratégia ou gestão estratégica.  Esses ainda revelam como o consenso em torno do conceito de estratégia vem se acumulando e se espalhando ao longo do tempo de maneira lenta, mas inexorável. Embora a diversidade de definições continue a ser uma característica comum de nossa disciplina, mais aspectos do conceito tornaram-se parte do núcleo da definição ao longo dos anos ou se aproximaram dela.  Ademais, complementam:

É surpreendente e digno de nota descobrir como os principais aspectos dos conceitos de estratégia e gestão estratégica são tão semelhantes nos dois estudos realizados em contextos diferentes e com metodologias diferentes (COHEN; BARBOSA, 2008, p. 20).

Usando definições implícitas e explícitas de um conjunto de estudiosos, Barbosa (2006) se propõe a identificar sete componentes-chave do conceito de gestão estratégica: desempenho, empresas, iniciativas estratégicas, ambiente, organização interna, gerentes / proprietários e recursos de mais de 80 países.

Ao longo de seu desenvolvimento, a gestão estratégica acumulou de forma constante um corpus de conhecimento razoavelmente grande, tanto de natureza teórica quanto empírica e metodológica. Assim, de vez em quando, tem havido a necessidade de definir o estado da arte da disciplina e sua direção naquele momento. 

Essas instâncias de pesquisa que utilizam ferramentas cienciométricas não substituem os trabalhos que revisam e refletem sobre a disciplina, mas os complementam de forma adequada. Com a introdução de técnicas quantitativas, permitem identificar e mensurar variáveis ​​específicas relacionadas à disciplina e ao seu desenvolvimento, facilitando uma abordagem objetiva na análise dessas variáveis. Além disso, permitem a descoberta de relações entre pesquisadores e tópicos que não são óbvios à primeira vista, como a estrutura intelectual ou os termos-chave que encapsulam uma miríade de definições de um conceito.

Uma forma de dar sentido a essa diversidade de fatores é classificá-los de acordo com algum critério. De modo geral, por um lado, muitos pesquisadores tendem a concentrar sua atenção nos fatores internos de uma empresa, como seus pontos fortes e fracos. Por outro lado, as razões do sucesso têm sido buscadas nas oportunidades e ameaças do meio ambiente. Um critério alternativo e complementar nos permite organizar a pesquisa de acordo com o nível de análise adotado. Isso pode envolver a empresa como um todo - nível macro - ou aspectos específicos dela ligados ao comportamento de seus indivíduos - nível micro.

Em consonância com isso, podem-se identificar dois tipos de tensões ao longo do desenvolvimento do campo da gestão estratégica: uma entre as considerações internas e externas e a outra entre as considerações de nível macro e micro. Normalmente, certos períodos registram a prevalência de um ou outro aspecto da pesquisa. Essa situação pode ser comparada a um pêndulo duplo, seguindo a metáfora usada por Barbosa (2006) , onde o impulso focal está em considerações internas ou externas ou em questões de nível macro ou micro. Os dois pêndulos se moveram simultaneamente ao longo da história da disciplina, e seus movimentos gerais definiram a evolução da disciplina e seu estado atual. 

3. METODOLOGIA

Acerca da metodologia é relevante destacar que a pesquisa se desenvolverá a partir de uma análise qualitativa dos conteúdos analisados, dado que buscará elementos de cunho subjetivo que permitam a interpretação do pesquisador. É o que esclarece Gil (2007) ao definir que nas pesquisas qualitativas, o conjunto inicial de categorias em geral é reexaminado e modificado sucessivamente, com vista em obter ideais mais abrangentes. Assim, necessita-se valer de textos narrativos, matrizes, esquemas etc.

Quanto ao procedimento técnico que será utilizado, opta-se pela pesquisa bibliográfica e documental, pois esta é desenvolvida segundo Gil (2007) com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, como os que serão utilizados para esta pesquisa, além investigações na área de gestão estratégica

Destaca o referido autor que a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla (GIL, 2007). Através deste tipo de pesquisa, será possível identificar conceitos, relatos e perspectivas que contribuirão para as conclusões que serão obtidas. Correlacionado a este aspecto, sublinha-se a necessidade do método observacional para esta finalidade.

No que toca a categoria da pesquisa quanto a seus objetivos, o presente trabalho pode ser classificado como uma pesquisa exploratória pela necessidade de um profundo levantamento bibliográfico e o uso de exemplos que auxiliem na compreensão do tema em tela (GIL, 2007).  Cumpre salientar que algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa (GIL, 2007).

         

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