A Maliska Caracterização

A cerâmica - mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas, queimadas em altas temperaturas - vem sendo produzida há séculos, destinada às mais variadas aplicações, como para fins utilitários (louças, tijolos cerâmicos) e fins estéticos (esculturas). Através dos tempos, a tecnologia de fabricação foi gradativamente ampliada e aperfeiçoada.

        Hoje, além de sua utilização como matéria-prima de diversos instrumentos domésticos, da construção civil e como material plástico nas mãos dos artistas, a cerâmica é também utilizada na tecnologia de ponta, mais especificamente na fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade

        Diferentemente das amostras metálicas, a ceramica foi cortada em uma cortadeira elétrica de corte de precisão (Isomet) com disco de diamante o que garante um corte com maior precisão em amostras com tamanho reduzido e frágeis.

        O embutimento realizado por se tratar de um corpo de prova frágil, de pequenas dimensões e que não suportariam as pressoes necessárias no embutimento sob pressao foi o embutimento a frio. A resina utilizada foi a acrílica que se se torna transparente e é resistente a ação do alcool, ácidos e bases em solução.

        O lixamento, assim como das amostras metálicas foi iniciado em uma lixa 80 mesh e finalizada na 1200 mesh. O objetivo desse lixamento é retirar as danificações provocadas na amostra durante o corte.

        Após o lixamento, houve o polimento para que se obtivesse uma superfície plana, livre de riscos e com alta refletividade. O agente polidor utilizado foi a alumina e foram realizados dois tipos de polimento: grosseiro e refinado. O grosseiro utiliza alumina 3 um e o refinado 1 um. Além disso, o pano usado para polimento grosseiro é um pano de pelos curtos e de polimento refinado são pêlos médios ou altos.

        Diferentemente das amostras metálicas, a ceramica não sofreu nenhum tipo de ataque pelo fato de ser um corpo de prova com menos diferenca em refletividade o que pode ser observado sem a necessidade do ataque, com o uso de iluminacao com contraste de fase (campo escuro, luz polarizada).

        

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Figura 1: Foto cerâmica 50x sem interferência                            Figura 2: Foto cerâmica 100x com interferência

Com essas duas imagens, foi possível observar as três camadas existentes: a massa, o engobe e o esmalte.  A massa cerâmica recebe o nome de biscoito e é constituída praticamente toda por argila. Esse biscoito apresenta uma baixa porosidade o que consegue melhores características técnicas, principalmente resistência a rupturas.  Já o engobe – camada entre o biscoito e o esmalte - é uma espécie de argila liquida usada para disfarçar ou decorar a cor natural do biscoito. Sua aplicação é necessária quando a cor da massa for escura (cerâmica vermelha) e o esmalte que se tem intenção de aplicar tiver tonalidade clara. Além dessa função, o engobe também faz o ajuste dos diferentes coeficientes de dilatação térmica da massa e do esmalte evitando a ocorrência de gretamentos (fissuras da superfície esmaltada) e também de dar uma maior resistência mecânica ao piso (cola a massa e o esmalte). O esmalte é o componente que irá caracterizar a cor da cerâmica, onde são colocados pigmentos. Existem algumas características que determinam a qualidade do esmalte, tais como: índice de brancura ou cor, brilho, resistência a abrasão e a dureza e resistência ao ataque química além de inúmeras outras.