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A coleta de óleos lubrificantes usados e suas respectivas embalagens

Por:   •  12/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.228 Palavras (13 Páginas)  •  176 Visualizações

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LOGISTICA REVERSA: A coleta de óleos lubrificantes usados e suas respectivas embalagens*

Jossandro André Aguiar e Silva*

Luis Fernando Silva Magalhaes**

 

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESF

 

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo principal identificar o atual cenário do modelo de gestão que as oficinas mecânicas da Grande São Luís têm dado ao descarte de óleos lubrificantes e suas respectivas embalagens resultantes das trocas de óleo, bem como apresentar uma visão geral sobre logística reversa, seus conceitos, aplicações e ganhos para a região citada. Dentro desse mesmo tema iremos explorar mais as oportunidades que essa atividade possa propiciar, sendo elas ambientais ou financeiras. Para alcançar os objetivos foi realizado pesquisas bibliográficas em livros e revistas acadêmicas da área, pesquisas em sites dos órgãos regulamentadores e de assuntos acadêmicos com  foco em estudos logísticos e meio ambiente.

Palavras chave: logística reversa, lubrificante, embalagens, oficinas.

1 INTRODUÇÃO

Nas ultimas décadas tem-se um aumento significativo na frota de veículos na Grande São Luís, e como consequência de tal fato temos as constantes trocas de óleos desses veículos. Os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de óleo lubrificante e de suas embalagens oriundos das oficinas são diversos. Os óleos lubrificantes usados contem elevados níveis de hidrocarbonetos, e principalmente metais pesados, sendo os mais representativos: ferro, chumbo, zinco, cobre, níquel e cádmio. A queima indiscriminada, bem como o descarte incorreto de suas respectivas embalagens pode ser extremamente prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente, atualmente a preocupação com as questões ambientais tem se tornado cada vez maior e apesar disso, muita pessoas não conhecem o risco ambiental e à saúde destes produtos. Justamente por estes riscos, o governo vem criando legislações com o intuito de regular o armazenamento, transporte e destinação do óleo lubrificante usado e suas embalagens. São exemplos destas legislações as Resoluções nº 362/2005 e n°450/2012 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

Para a saúde humana, os compostos químicos existentes nos óleos lubrificantes usados podem provocar desde lesões na pele até câncer. Pelo lado ambiental, os óleos lubrificantes não são solúveis em agua, não são biodegradáveis, impedem a passagem de oxigênio através de outros meios por formarem películas impermeáveis e ainda espalham substancias toxicas.

A troca do óleo lubrificante dos automóveis geralmente é feita em oficinas, para que um estabelecimento possa realizar a troca, em tese é necessário estar adequado às leis que regulamentam o manuseio e armazenagem destes produtos, bem como faze-lo de maneira correta de acordo com a legislação especifica. A prática tecnicamente recomendada para evitar a contaminação química é o envio do resíduo para a regeneração e recuperação por meio do processo industrial chamado de rerrefino. Além do benefício ambiental, o processo de rerrefino também oferece vantagens econômicas para quem o faz.

Diante do cenário apresentado surgiu a seguinte problemática para este artigo: Como a logística reversa de óleos lubrificantes usados e suas embalagens podem trazer benefícios para a região da Grande São Luís?

Com o objetivo de responder a problemática de maneira satisfatória, foram formuladas algumas hipóteses: Gerar ganhos financeiros, pois os óleos usados e suas embalagens serão reaproveitados na produção de outros produtos acabados; O uso da Logística Reversa de óleos lubrificantes usados e suas embalagens na Região da Grande São Luís diminuirá os impactos ambientais, como a contaminação do solo e dos rios, causado pelo descarte incorreto desses produtos; Terá impactos em pequena quantidade também na exploração de petróleo, pois os óleos e suas embalagens poderão ser reciclados.

O presente artigo tem como objetivos específicos: Verificar com o ocorre o descarte dos óleos lubrificantes usados e suas embalagens na Região  da Grande São  Luís; Estudar quais serão os benefícios e econômicos e ambientais que o projeto trará para a região; Mostrar soluções para o problema do descarte incorreto dos óleos lubrificantes usados e suas embalagens com o uso da Logística Reversa.

2 -  CONCEITO HISTÓRICO :

“A origem da palavra logística vem do grego “Logistikos”, do qual o latim “ Logisticus" é derivado, ambos significando cálculo  e raciocínio matemático. O desenvolvimento da Logística está intimamente ligado ao progresso das atividades militares e das necessidades resultantes das guerras. Segundo Novaes:

Na sua origem, o conceito de logística  estava essencialmente ligado às operações militares . Ao decidir avançar suas tropas segundo uma determinada estratégia militar, generais precisavam ter, sob, suas ordens uma equipe que providenciasse  o deslocamento, na hora certa de munição, víveres,  equipamentos e socorro médico  para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam quase sempre em silêncio. (NOVAES, 2004, pág. 31)

O exército Persa foi o primeiro a utilizar uma marinha em grande escala. Na expedição de Xerxes de encontro aos gregos, em 481 a.C, foram utilizados mais de 3.000 navios de transportes para sustentar o exército.  Umas das grandes lendas na Logística que até hoje inspira as grandes empresas, foi Alexandre o Grande, da Macedônia, ele foi capaz de superar os exércitos inimigos e expandir seu reinado por quase toda a Ásia, graças à inclusão da logística em seu planejamento estratégico, criando assim o mais móvel e mais rápido exército da época.

"... Assim como a batalha chegou a ser algo mais que um combate repentino de curta duração, foi necessária mais ou menos organizações dos meios para combate. Foi necessário preparar lugares ocultos, armadilhas, meios de comunicação e prover alimentos aos combatentes que estavam impedidos de caçar por motivos  militares, por um período mais longo que o usual. Esta etapa no desenvolvimento da guerra marca o começo da logística" (THORPE, 1997).

Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a logística como matéria na Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América.  Entretanto demorou algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente Coronel Thorpe que no ano de 1917 publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Assim pela primeira vez, a logística situa - se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da arte da guerra.

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