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Capital intelectual como valor não material

Por:   •  12/3/2018  •  Monografia  •  5.098 Palavras (21 Páginas)  •  161 Visualizações

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Introdução

        A pesquisa apresenta a relevância da gestão do conhecimento sobre as organizações, tendo em vista as mudanças no cenário em que estas organizações enfrentam em especial nesta Era da Informação e Conhecimento. O objeto central de reflexão deste trabalho é, portanto a importância e o diferencial da gestão do conhecimento, o seu capital intelectual e sua aprendizagem organizacional para as organizações.

        A gestão do conhecimento é definida como a coordenação deliberada e sistemática das pessoas, tecnologias, processos e estrutura de uma organização, com o objetivo de agregar valor, por meio da reutilização do conhecimento e da inovação. Essa coordenação é atingida através da criação, compartilhamento, e aplicação do conhecimento, assim como por meio da incorporação de valiosas lições aprendidas e melhores práticas dentro da memória corporativa com o objetivo de fomentar aprendizagem organizacional contínua.

        A gestão do conhecimento caracteriza-se por sua multidisciplinaridade, abrangendo áreas como a ciência organizacional, a ciência cognitiva, as tecnologias da informação, sociologia e antropologia, ciências da comunicação, entre outras disciplinas. Devido a essa característica ela é abordada desde muitas perspectivas: a perspectiva de negócio, a perspectiva da ciência cognitiva ou ciência do conhecimento e a perspectiva da tecnologia ou processo, sendo abrangente para poder suportar as diferentes atividades organizacionais, mas ao mesmo tempo gerando confusão nas empresas e na comunidade científica. O compartilhamento de conhecimento no trabalho é uma maneira de assegurar que seus colaboradores aprendam o que não sabem e repassem o que sabe.

        O conhecimento de uma organização é traduzido através de seus produtos, serviços, imagem e até mesmo em seu relacionamento com clientes internos e externos. Otimizando o fluxo de informações presentes nas organizações, a reutilização do conhecimento é o grande diferencial de competitividade de uma organização. Para os colaboradores, compartilhar o conhecimento é essencial para ajudar a suprir a necessidade de aprendizado continuo, imposta a cada profissional que deseja manter-se qualificado para o trabalho que realiza.

        Neste novo ambiente, o compartilhamento e desenvolvimento do conhecimento é o novo desafio das organizações que buscam alavancar seus negócios se consolidando frente ao mercado.

        Baseado neste problema, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os principais autores que abordam os conceitos da Gestão do Conhecimento, Capital Intelectual e a aprendizagem organizacional, visando o esclarecimento desses tópicos e motivando a geração de trabalhos científicos baseados em melhores fundamentos conceituais.

Histórico

        Desde o inicio das civilizações, o homem deixou de concentrar a busca de alimentos através da caça, uma vez que para garantir a sobrevivencia e continuidade da espécie, era necessário transmitir seu conhecimento para os seus descendentes. Os primeiros povoados e sociedades passaram a ter a base de sua alimentação na agricultura. O conhecimento não era reconhecido, entretanto a habilidade na agricultura era transmitida entre gerações, assim como ocorria no período pré-histórico com a caça.

        Durante a Segunda Guerra mundial, observadores notaram que a construção de um segundo avião levou um tempo bem menor do que a do primeiro, e este segundo possuia menos defeitos também. Ou seja, foi constatado que os trabalhadores aprediam conforme a experiência nas atividades, adquerindo, portanto conhecimento sobre sua produção.

        Nos primordios da administração o homem era visto apenas como um dente da engrenagem que movimentava a produção, pois os que estavam no nível mais alto da escala hierárquica só focavam na tecnologia para trazer inovações aos maquinários a fim de aumentar a produtividade. Com o passar dos anos a velocidade de incrementação destas tecnologias foi reduzida drasticamente levando estes a pensar em outros mecanismos de competição e capacitação.        

Segundo Drucker (1995), a cada dois ou três séculos na história ocidental ocorre uma grande transformação na humanidade. Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza. Sua visão do mundo, seus valores básicos, sua estrutura social e política, suas artes, suas instituições mais importantes. Podemos considerar que após cinquenta anos existe um novo mundo. Para Stweart (1997) A mudança que sofremos hoje é fundamentalmente diversa da de ontem. Crescemos na Era Industrial. Ela se foi, suplantada pela Era da Informação. ‘Estamos deixando para trás um mundo econômico cujas principais fontes de riquezas eram físicas.’        

        O momento marcante que começaria a dar forma a Gestão do Conhecimento, foi ao final do século XVIII, neste período ocorria a “revolução dupla”, termo que define o momento em que ocorre concomitantemente a “Revolução Industrial” britânica com suas ferrovias do mundo e a “Revolução Francesa” que passou a agregar toda estrutura política, códigos legais, modelos de organização técnica e cientifica, assim como as novas ideologias, pertinentes até os dias de hoje (Hobsbawn, 2011). Neste período, o mundo, basicamente era agrário e suas produções eram realizadas de forma manual, por artesãos que repassavam o conhecimento para a realização das tarefas de forma hereditária e sem nenhum controle.

Em cento e cinquenta anos, de 1750 a 1900, o capitalismo e a tecnologia conquistaram o globo, criando assim uma civilização mundial. Nem o capitalismo nem as inovações eram novidades, ambos haviam sido fenômenos comuns e recorrentes através das idades, tanto no Ocidente quanto no Oriente. Novidades eram a velocidade da sua difusão e seu alcance global por meio de culturas, classes e lugares. (DRUCKER, 1995, p. 5)

        Para Drucker (1995), essa transformação foi motivada por uma transformação radical no significado de conhecimento. O conhecimento, que sempre havia sido um bem privado, transformou-se em um bem publico. Logo, a necessidade de maior qualificação para atender essa nova “exigência”, levou o sistema educacional a ser um ponto crucial para o desenvolvimento da Indústria. Não obstante, aquilo de que o desenvolvimento econômico precisava em nível mais elevado não era tanto originalidade científica e sofisticação, pois estas poderiam ser tomadas por empréstimo, mas precisaria da capacidade de compreender e manipular a ciência: "desenvolvimento" mais do que pesquisa e para isso começava a se tornar importante uma política de sistematização do conhecimento.

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