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Comunicação empresarial

Por:   •  31/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  11.126 Palavras (45 Páginas)  •  240 Visualizações

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CONCEITOS E LIÇÕES

1 – A comunicação como poder nas organizações

1.1 - Introdução

A pretensão deste trabalho é estabelecer a ligação entre as variáveis que organizam o conceito de empresa e os elementos condicionantes do conceito de comunicação, apoiado nas áreas de Teoria de Sistemas, Sociologia e Psicologia da Administração.

1.2 - A empresa como sistema

Uma empresa reúne capital, trabalho, normas, políticas, natureza técnica, entretanto, não objetiva somente gerar bens econômicos, mas também desempenhar papel significativo no tecido social, o qual forma a empresa e a faz progredir. Uma empresa se viabiliza graças à produção de bens e serviços e para ser idealizada, tem que conciliar os aspectos sociais e econômicos.

Na administração moderna o apoio está na Teoria de Sistemas, onde a empresa, posicionada como uma unidade dentro de um vasto e complexo espectro das organizações, impregna-se do conceito de organização, em que o sistema é uma entidade concreta ou abstrata, que reúne componentes que se relacionam mutuamente e tem como característica fundamental o elemento organizacional.

As características do sistema aberto, do qual estamos tratando, são as formas de encadeamento e intercâmbio entre as partes e o todo, circuitos de realimentação, direção para metas, mecanismos de mediação e controle, que os fazem evoluir acompanhando a dinâmica social. A organização de uma empresa está no ajuste de seus circuitos internos e externos , promovendo seu intercâmbio com outros sistemas.

Na cooperação por meio de várias situações, se apóia a empresa, através de categorias variadas como aspectos relacionados ao meio ambiente físico, social, comportamental dos indivíduos dentre outras questões como recursos tecnológicos, políticas de remuneração etc.

Já a burocracia, segundo M. Weber, confere à organização rigidez e falta de maleabilidade obstruindo o avanço organizacional.

Etzioni estuda a legitimidade das organizações face a três poderes – remunerativo, que legitima a organização pela remuneração pecuniária; normativo, que cria a legitimação pela obediência à norma; e coercitivo, responsável pelas coerções e castigos.

1.3 - Comunicação como sistema

A comunicação é um sistema aberto, organizada pelos elementos fonte, codificador, canal, mensagem, decodificador, receptor, ingredientes que vitalizam o processo, o qual se divide em transmissão de mensagem e recuperação, ou ainda, codificadores, decodificadores e receptores, fatores disponíveis às organizações para o cumprimento de metas e objetivos.

O equilíbrio da organização resulta da disposição ordenada entre as partes, graças ao processo organizacional e ao sistema de comunicação que recebe mensagem do sistema sociopolítico; sistema econômico-industrial e sistema inerente ao microclima interno das organizações; os quais trazendo ou enviando informações, gera condições para o aperfeiçoamento organizacional.

O processo organizacional está ligado a sociocultura organizacional, no qual o diagnóstico das situações internas sob as perspectivas sociológicas e antropológicas torna-se imprescindível para a implantação de projetos comunicacionais.

A comunicação é uma área multidisciplinar, mediando os interesses da empresa e da administração, grande característica do fenômeno comunicacional., que ajusta a identidade empresarial ao meio social através das Relações Públicas, Jornalismo, Editoração, Identidade Visual e os modelos de sistemas de informação.

1.4 - Comunicação como poder expressivo

A comunicação é capaz de gerar influências, exercer poder expressivo e fundamenta-se nos conteúdos de diversas disciplinas do conhecimento humano, promovendo maior aceitabilidade da ideologia empresarial. O poder expressivo viabiliza o processo burocrático, interfere nas posturas rígidas hierárquicas, tornando o ato de administrar em uma relação social positiva o que aperfeiçoa os contatos com públicos diferenciados.

2 – Comunicação de massa e comunicação empresarial

Raros são os autores, que ainda encaram a audiência de jornais e revistas, rádio, televisão e cinema como coleções passivas de indivíduos que pouco interagem sobre si, como requer a definição dada por Blumer onde “a massa é destituída de características de uma sociedade ou de uma comunidade (...)” .

Os autores, a princípio, influenciados pela magnitude das audiências, imaginaram que os efeitos das mensagens poderiam provocar efeitos similares aos comportamentos de massa, mas depois chegaram a conclusão que a audiência deve ser vista como uma entidade ativa, que procura o que quer, rejeita e aceita idéias formuladas, interage e compara seus conteúdos uns com os outros.

Numa empresa, principalmente, os temas tendem a serem discutidos pelos membros de diversos grupos que interagem a organização, nascendo daí a opinião da maioria dos indivíduos.

A leitura, no caso, está entre as atividades menos ativa dentro das diversas possibilidades de comunicação, e se o leitor não concordar com o que leu, no caso do jornalismo empresarial, ele pode responder com desinteresse da pelo veículo e abandono do hábito da leitura, levando a audiência a ser mais ou menos ativa, porém, nunca ela será totalmente passiva.

Portanto, através de um novo conceito, onde Wright apenas diferencia os meios de comunicação de massa daqueles utilizados para veiculação de mensagens endereçadas para indivíduos específicos, percebe-se que as publicações empresariais são perfeitamente enquadráveis na designação “meios de comunicação de massa” .

Modelo mais recente a respeito da comunicação de massa é a teoria do “fluxo em duas etapas”, onde a mensagem transmitida através dos meios de comunicação de massa não chegaria diretamente ao indivíduo, mas sim através de um “líder de opinião”, os quais seriam primeiramente influenciados, para assim exercer influência sobre a audiência de um modo geral; e o outro modelo é da teoria da “exposição seletiva”, baseado na teoria da “dissonância cognitiva”, onde as pessoas tendem a sempre evitar, de algum modo, a existência de incoerências em sua estrutura de pensamento.

O processo de seleção, como se viu, existe e os meios de comunicação de massa podem facilitar

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