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Diagnóstico da Situação Financeira da Calçados ABC

Por:   •  16/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  543 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: Gestão do Capital de Giro

Módulo: 4

Aluno: Túllio Felipe Malerba Iazetta

Turma: 0319-9_1

Tarefa: Diagnóstico da situação financeira da Calçados ABC

Etapa 1 – Diagnóstico da situação financeira

Segundo GUIMARÃES (2018), o processo repetido em ciclos envolvendo aquisição de mercadorias, investimentos em estoques, vendas e recebimento dos clientes que viram caixa, recursos esses utilizados no pagamento daqueles que forneceram as mercadorias, é essencial para que a empresa obtenha receita, lucros e caixa.

Com isso, apresentamos o quadro de indicadores a seguir que caracteriza uma análise dos números que envolvem a gestão do capital de giro da empresa “Calçados ABC”:

Indicador

Fórmula

20X2

20X1

20X0

Capital de Giro Líquido (CGL)

AC – PC

6.114

3.592

2.598

Necessidade de Capital de Giro (NCG)

ACO – PCO

17.333

6.301

2.198

Saldo de Tesouraria (ST)

CCL – NCG

-11.219

-2.709

400

Liquidez Corrente (LC)

AC/PC

1,35

1,45

1,88

Liquidez Seca (LS)

(AC - Estoques)/PC

0,55

0,70

1,03

Liquidez Imediata (LI)

Disponível/PC

0,17

0,32

0,53

Liquidez Geral (LG)

(AC + RLP)/(PC+PNC)

0,94

0,94

0,86

Prazo Médio de Estoque (PME)

(Estoque/CPV)x360

210

114

60

Prazo Médio de Recebimento (PMR)

(Contas a Receber/Receita Bruta)x360

60

34

26

Prazo Médio de Compra (PMC)

(Fornecedor/CPV)x360

50

51

43

Prazo Médio de Pagamento (PMP)

(PCO/Desembolsos Operacionais)x360

231

131

78

Ciclo Operacional (CO)

PME + PMR

270

147

86

Ciclo Financeiro (CF)

PME + PMR – PMP

220

96

43

Sendo assim segue a análise individual para cada indicador calculado:

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (CGL):

O CGL ou Capital Circulante Líquido representa o valor da operação de curto prazo que é financiado por recursos de longo prazo.

Percebe-se que há aumento de R$2.598,00 em 20X0 para R$6.114,00 em 20X2, representando assim que o passivo de longo prazo financia boa parte da operação de curto prazo da empresa.

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG):

A NCG mostra quanto a empresa precisa investir para manter a operação, ou seja, é o valor que a empresa necessita para que não ela tenha que fechar as portas.

Podemos notar, através dados apresentados, o aumento significativo do valor desse indicador. Sofreu aumento de R$2.198,00 em 20X0 para R$17.333,00 em 2X02, caracterizando assim, um valor bastante expressivo de investimento para o financiamento da operação (fluxo de compra, transformação, vendas, recebimentos e pagamentos).

SALDO DE TESOURARIA (ST):

O Saldo de Tesouraria indica se a empresa possui folga financeira ou não, mostrando assim se possui risco de insolvência.

Os valores para esse índice são bastante preocupantes. Em 20X0 a empresa possuía saldo positivo de R$400,00, porém em 20X2 apresentou um saldo negativo de –R$11.219,00, caracterizando aumente no risco de insolvência.

LIQUIDEZ CORRENTE (LC):

Esse tipo de cálculo explica quanto a empresa poderá disponibilizar de capital de giro (recursos de curto prazo) para que consiga pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos, obrigações sociais, etc.)

Podemos perceber pelos números que houve redução da liquidez corrente de 1,88 em 20X0 para 1,35 em 20X2, caracterizando, assim, piora do grau de solvência e a diminuição da folga financeira da empresa.

Dessa maneira, em 20X2 temos apenas R$1,35 para cada R$1,00 em dívidas de curto prazo.

LIQUIDEZ SECA (LS):

A liquidez seca tem por objetivo uma análise mais rigorosa da situação da empresa para honrar as dívidas de curto prazo, uma vez que desconsidera o estoque do Passivo Circulante.

De 20X0 a 20X2 podemos observar que houve uma redução de quase metade do valor desse índice. De 1,03 pulou para 0,55.

 

LIQUIDEZ IMEDIATA (LI):

Podendo ser chamada também de liquidez instantânea, a liquidez imediata tem como finalidade a medição da capacidade de determinada empresa de honrar suas dívidas de curto prazo tendo como base apenas seu disponível (caixa e bancos).

A empresa demonstrou uma liquidez imediata em 20X0 de 0,53, ou seja, para cada R$1,00 de dívidas a curto prazo precisa dispor de apenas R$0,53 de recursos disponíveis. Já em 20X2, o índice apresentou o valor de 0,17, demonstrando uma melhora da gestão do fluxo de caixa, visto que a empresa mantém menos recursos em tesouraria.

LIQUIDEZ GERAL (LG):

Também chamada de índice de solvência geral, a liquidez geral mede a capacidade que a empresa tem de honrar todas as suas obrigações de curto e de longo prazo se utilizando de todos os seus recursos realizáveis em curto e logo prazo.

Embora tenha tido aumento de 0,86 para 0,94 do índice liquidez geral entre os anos, ele ainda está abaixo da unidade. Ou seja, uma boa parte do endividamento da empresa ainda se encontra a longo prazo.

PRAZO MÉDIO DE ESTOQUE (PME):

O PME indica quantos dias a empresa precisa para renovar seu estoque.

Percebe-se que a empresa aumentou radicalmente esse prazo de 60 dias para 210 dias no período analisado, o que representa uma ela precisará de um período maior para girar seu estoque.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMR):

O PMR mostra de quantos dias a empresa necessita para receber suas vendas totais.

Pelos números, nota-se que houve aumento de 26 dias para 60 dias entre 20X0 e 20X2, gerando assim num aumento significativo de dias para a empresa receba o valor total da vendeu a seus clientes.

PRAZO MÉDIO DE COMPRAS (PMC):

O PMC representa o prazo que a empresa precisa para saldar a dívida com seus fornecedores.

Podemos perceber que os números desse índice aumentaram de 43 dias para 50 dias no período analisado, caracterizando assim que a empresa possui agora mais dias para honrar os compromissos com os fornecedores.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO (PMP):

Assim como o PMC, o PMP também calcula os dias que a empresa precisa para pagar sua dívida operacional, porém levando em consideração outras variáveis.

Há um aumento significativo de 78 dias para 231 dias no período analisado, mostrando uma piora nesse quesito.

CICLO OPERACIONAL (CO):

O CO indica o tempo decorrido entre a chegada das matérias-primas/mercadorias e o momento em que a empresa recebe o dinheiro relativo às vendas.

Podemos notar que há um aumento expressivo de 86 dias em 20X0 para 270 dias em 20X2, evidenciando assim, ineficiência na operação da empresa.

CICLO FINANCEIRO (CF):

O CF representa o tempo decorrido entre o momento de pagamento aos fornecedores pelas mercadorias e o recebimento pelas vendas efetuadas.

Percebemos que, assim como no caso do CO, também houve aumento radical no CF de 43 dias em 20X0 para 220 dias em 20X2, caracterizando aumento do período que a empresa precisará financiar o seu ciclo operacional.

Etapa 2 – Projeção dos resultados econômicos e financeiros

Com o objetivo de consolidar a sua posição e recuperar a situação financeira com a eliminação das dívidas de curto prazo, a Calçados ABC fixou algumas estratégias para a redução dos investimentos em necessidade de capital de giro, a saber:

  • Desempenho econômico (DRE) de 20X3 igual ao de 20X2;
  • Investimentos em capital (desembolso de capital) em 20X3 igual à depreciação;
  • Liquidação total da dívida de curto prazo;
  • Renovação integral da dívida de longo prazo;
  • Saldo de reserva de reavaliação igual a 20X2;
  • Geração de fluxo de caixa do ano de 20X3 distribuída totalmente como dividendo e
  • Diferença entre lucro líquido do exercício e dividendo distribuído destinada ao patrimônio líquido na conta de lucros acumulados;

Além disso, foi realizado um debate entre membros de diferentes áreas da empresa, a partir do qual ficou definida a implantação das seguintes ações corretivas:

  • Redução do PMR em 15 dias, como consequência da terceirização do processo de análise de crédito;
  • Redução do PME para os patamares de 20X0 e
  • Aumento do PMC em 10 dias, com a renegociação junto aos fornecedores.

Dessa maneira, podemos chegar nos resultados mostrados abaixo no Fluxo de Caixa Indireto e no Balanço Patrimonial para o ano de 20X3:

(i) Orçamento de caixa

20X3

saldo caixa (t=0)

2.881,

(+) receita bruta

40.000,

(-) deduções

-4.000,

receita líquida

36.000,

(-) cmv

-24.000,

lucro bruto

12.000,

(-) despesas comerciais e administrativas

-3.200,

(-) depreciação

-700,

(-) despesas financeiras líquidas

-3.000,

lucro antes de imposto de renda e contribuição social

5.100,

(-) impostos de renda e contribuição social

-1.500,

(=) lucro líquido

3.600,

(+) depreciação

700,

(-) desembolso de capital

-700,

(-) variação da ncg

12.334,

  (-)  contas a receber

1.667,

  (-)  estoque

10.000,

  (+)  fornecedor

667,

(-+) amortização/captação de dívida

-14.100

fluxo de caixa

1834,

(-) distribuição de dividendo

-1834,

fluxo de caixa após dividendos

0

saldo caixa (T=1)

2.881,

...

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