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Economia Brasileira Década de 90

Por:   •  11/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.728 Palavras (7 Páginas)  •  591 Visualizações

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Roteiro de estudos:

Década de 1990 aos dias atuais

 

 

1.Caracterize o início da década de 1990, resgatando o conturbado contexto político e econômico vivenciado na década anterior.

 

2. Sobre o Plano Collor I, explique o Plano, as suas principais medidas e objetivos.  

 

3. Sobre o Plano Real, explique:

 i) o contexto no qual o plano foi implementado;

ii) suas fases e medidas de cada fase; 

iii) seus diferenciais com relação aos planos de estabilização anteriores;

 

4- De que forma foi operacionalizada a política econômica após a implementação do Plano Real? Analise principalmente os principais instrumentos e objetivos (âncoras cambial e monetária)

 

5) Discuta o desempenho das variáveis: consumo, crescimento econômico, endividamento, oferta de crédito, investimento, balanço de pagamentos.

 

6). Caracterizar os dois mandatos do Governo FHC (1995-1998) e (1999-2002), no que tange a: (i) política econômica, (ii) política social, (iii) crescimento econômico, (iv) choques externos e impactos na economia brasileira. Saliente as diferenças nos dois mandatos.

 

7. Caracterizar os dois mandatos do Governo Lula (2003-2006) (2007 - 2010), no que tange a: (i) política econômica, (ii) política social, (iii) crescimento econômico, (iv) choques externos e impactos na economia brasileira. Saliente se podem ser percebidas diferenças nos dois mandatos. 

 

Respostas

  1. No início dos anos 90, o país passava por um período de profunda recessão, com a inflação chegando à casa de 80% mensais e uma estagnação econômica que se arrastava desde meados da década de 80.

Isso ocorreu porque o Brasil e outros países em desenvolvimento passavam por sérias dificuldades relacionadas ao pagamento da dívida externa, pois após passarem por um vigoroso crescimento nas décadas de 60 e 70 (proporcionado pelos empréstimos facilitados no exterior), os juros relativos à dívida com os credores estrangeiros aumentaram exponencialmente, sendo impossível quitá-las a curto prazo. Para saldar essa dívida, o Brasil pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiu em troca um rigoroso programa de ajuste econômico, onde houvesse corte de gastos públicos; priorização em exportar e redução da demanda interna.

Porém, mesmo o país se adequando à essas exigências e “exportando capital líquido para o resto do mundo”, o contexto da economia interna ao longo dos anos não era nada favorável, pois houve uma queda no poder aquisitivo da população, mas em contrapartida, não houve queda na inflação, sendo que o Brasil continuava sendo um país altamente inflacionário.

Com isso, ao longo da década de 90 foram elaborados vários planos de estabilização monetária com o intuito de conter a inflação, pois a inflação brasileira exibia um comportamento peculiar que fazia com que nenhuma fórmula ortodoxa funcionasse aqui: havia uma altíssima indexação da economia, que foi gerada ao longo de várias décadas de convívio com a inflação crônica.

  1. O Plano Collor I era um plano de estabilização que tinha como objetivos conter a inflação e cortar gastos desnecessários do governo, sendo que através deste plano, o cruzeiro foi reintroduzido como padrão monetário.

As principais medidas de ordem econômica que foram implementadas pelo plano foram:

  • Bloqueio de liquidez: O governo tinha intenção de derrubar a inflação por meio de um esfriamento radical da demanda e, ao mesmo tempo, poder decretar uma verdadeira moratória da dívida interna pública;
  • Ajuste fiscal: Foi elaborado um ambicioso ajuste que aumentaria a arrecadação tributária, além de aumentar a privatização e corte de despesas;
  • Congelamento dos salários e adoção de um câmbio flutuante: Tinha como principal objetivo a tentativa de aumentar a entrada de insumos e bens no país.

O Plano Collor I teve essas medidas e como resultado conseguiu apenas evitar a hiperinflação. Porém, esta voltaria a acelerar após um período, devido ao afrouxamento na restrição da liquidez; à insuficiência do ajuste fiscal e à desvalorização do cruzeiro diante o dólar.

  1. I – No final da década de 80 e início da década de 90, o Brasil sofria economicamente devido aos fracassos dos planos de estabilização criados para conter a inflação, como o Plano Cruzado (1986); o Plano Bresser (1987); o Plano Verão (1989) e o Plano Collor (1990).

Todavia, as reservas internacionais exibiam um saldo positivo e a abertura comercial promovida pelo governo Collor proporcionou uma concorrência estrangeira ao empresariado nacional, na qual eles não podiam elevar os preços por livre e espontânea vontade, como fazia no passado.

Assim, havia a necessidade de implementação de um plano de estabilização mais arrojado, que combatesse fortemente a inflação que dominava o país há décadas. Nesse contexto, foi criado o Plano Real, cujo principal foco era eliminar a inflação elevada e atenuar essa inflação da economia brasileira para níveis toleráveis.

II - O Plano Real foi concebido em três fases, que tinham como objetivo realizar um reajuste fiscal, implementar uma unidade referencial de valor que foi importantíssima para realinhar a nossa economia, além da realização da reforma monetária. O ajuste fiscal teve suma importância pela implantação do Programa de Ação Imediata (PAI) e do Fundo Social de Emergência (FSE), que reorganizaram o país financeiramente, com corte de gastos, além de proporcionar manobras para gerenciar o orçamento público.

Já a URV, teve grande importância pois era um super indexador que corrigia os preços, mas não substituía a moeda antiga, sendo um tipo de correção obrigatória, barrando assim, o componente da inflação inercial.

Por fim, a reforma monetária proporcionou as âncoras monetárias e cambiais, tornando a nossa moeda forte, fortalecendo o preço dos bens importantes da nossa economia.

III – Em comparação aos planos de estabilização que passaram a ser implementados a partir de 1986, a equipe de economistas que elaborou o Plano Real tinha uma nítida compreensão do papel que a crise fiscal exercia no processo inflacionário. Isso contribuiu para que este fosse o plano de estabilização fosse o mais bem elaborado, que conseguiu frear e reduzir a hiperinflação que assolava o país.

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