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Gestao de produção

Por:   •  10/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.418 Palavras (22 Páginas)  •  333 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE SÃO BERNARDO



CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MÓDULO

 PROCESSOS GERÊNCIAIS





ATIVIDADES PRÁTICA SUPERVISIONADA

FORMAÇÃO DE PREÇO E CUSTO




Turma 2º PG N – 2º SEMESTRE

        ALFIO LUIZ A SILVA                     RA 8830354439

DIEGO DA SILVA RISOLI              RA 8805334620

 PROFESSOR FRANCISCO CENTURION


SÃO BERNARDO – 08-06-2015

INTRODUÇÃO

No cenário econômico atual, o mercado consumidor está cada vez mais exigente. O ambiente competitivo em que as organizações estão inseridas, as mudanças no sistema de produção e a introdução de novas tecnologias conduzem às empresas a responderem de forma rápida aos apelos e necessidades do ambiente externo, em busca de aumentos de produtividade e redução de custos na gestão de seus negócios. Desta forma, os métodos de custeio são considerados fontes gerenciais de extrema importância para a tomada de decisões, para a obtenção de lucros e alcance dos objetivos previamente traçados. Atualmente, vários métodos de custeio são utilizados pelas empresas para a apuração de custos dos produtos/serviços: o custeio por absorção, o custeio direto/variável, o custeio baseado em atividades, o custeio padrão e o custeio meta. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo expor os tipos usuais de custeios nas estruturas organizacionais, destacando-se as suas características, vantagens, desvantagens e suas aplicações, assim como uma análise comparativa entre o custeio por absorção e o custeio variável, com vistas a apontar quais destes mecanismos possuem características adequadas para atender as necessidades gerenciais de controle dos elementos que compõem os seus produtos, análise de margens e de apoio às tomadas de decisões neste ambiente competitivo.

3.1 Custos Os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços, as medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma organização tem que arcar, a fim de atingir seus objetivos, esses são considerados como Custo. O custo é, portanto, fundamental em qualquer entidade com fins lucrativos, pois dele depende a empresa, para alcançar as conclusões a que se destina. O custo é o gasto necessário para se colocar um produto, uma mercadoria, ou um serviço à disposição dos clientes. É o sacrifício intencional de um ativo para a obtenção de receitas. Os custos por sua vez, são gastos que a empresa exerce com o objetivo de pôr o seu produto pronto para ser comercializado, fabricando-o ou apenas revendendo, cumprindo com os seus serviços contratados. Outra forma de identificar os gastos que podem ser classificados como custos é que esses, geralmente, ocorrem durante todo o processo produtivo, ou seja, incluem os insumos de produção consumidos desde a fase inicial de fabricação até a etapa em que o produto está completamente pronto, disponível para despacho aos clientes da organização. Os custos fazem parte do processo produtivo, ou seja, se não houver um custo não existe o produto. De uma forma ou de outra, estarão sempre presentes na composição de um produto ou serviço. No caso das empresas comerciais, os custos estão relacionados a todos os gastos necessários para sua aquisição. Os custos, porém, podem ser classificados sob duas óticas: Quanto à facilidade de identificação ao produto:  Diretos - São custos que podem ser identificados e relacionados com facilidade aos produtos/serviços gerados, o que se consumiu de fato. É tudo aquilo que puder ser medido, contado ou controlado na fabricação de um produto. Quando há um único produto em fabricação, todos os custos são diretos, portanto, a divisão em custos diretos ou indiretos só existe quando são considerados dois ou mais produtos. Exemplo: matéria prima.  Indiretos - São aqueles de difícil identificação e que para serem apropriados aos produtos/serviços necessitam de algum tipo de rateio como, por exemplo, aluguel do galpão industrial. São baseados no período de utilização, quantidade consumida, etc. independentemente da quantidade produzida. Quanto ao volume produzido no período, podem ser:  Variáveis - São aqueles cujos valores variam de acordo com o volume de produção, quanto mais se produz, maior a necessidade. Os mesmos acompanham diretamente o ritmo da produção, em relação a cada unidade produzida permanecendo constantemente os custos variáveis. Exemplo de Custos Variáveis: Energia Elétrica consumida na produção.  Fixos - São os custos que em determinado período permanecem invariáveis, quaisquer que seja o volume da atividade. Podem existir mesmo que nada seja produzido, independente do que seja produzido, os custos fixos permanecerão os mesmos, ou seja, quanto mais se produzir menor é o custo fixo, pois, não variam em relação a quantidade produzida. Exemplo de Custos Fixos: Aluguel.  As despesas, assim como os custos, foram ou são gastos. Porém, há gastos que, muitas vezes, não se transformaram em despesas, ou seja, são todos aqueles itens que diminuem o patrimônio líquido e que, consequentemente, têm características de ser um dispêndio no processo de aquisição das receitas. Igualmente, todos os gastos que influenciam na receita, de modo geral, são tudo aquilo que precisa ter, mas que apenas diminui na receita, aquele gasto com a atividade e não gera retorno financeiro, apenas propicia certo conforto ou funcionalidade ao ambiente. Segundo Megliorini (2007, p. 7), as despesas ‘’ correspondem à parcela dos gastos consumida para administrar a empresa e realizar as vendas’’. Ou seja, são os gastos incorridos externos ao processo produtivo. As despesas, contrárias aos custos, são confrontadas diretamente com o resultado do período, não devendo ser ativadas nos estoques. Exemplo: comissão de vendedores. Assim como os custos, as despesas também podem ser classificadas em fixas e variáveis:  Fixas - Não variam em função do volume de vendas, como por exemplo, aluguel de salas, da administração geral da empresa.  Variáveis - São aquelas que variam de acordo com as vendas, como por exemplo: a comissão dos vendedores, os gastos com fretes para entrega.

FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Estabelecer o preço de venda é um dos mais importantes momentos nas decisões a serem implantadas na empresa. Por quanto devem ser vendidas as mercadorias, produtos ou serviços. Esse fator pode representar o sucesso, a rentabilidade, a competitividade ou não da empresa e, consequentemente, sua evolução ou extinção. Segundo Santos (1995, p.4), pode se afirmar que: a fixação de preços de venda dos produtos e serviços é uma questão que afeta diariamente a vida de uma empresa, independentemente de seu tamanho, da natureza de seus produtos ou do setor econômico de sua atuação. Esta dificuldade de formar preço de venda pode atingir toda uma cadeia produtiva, desde o fornecedor da matéria prima, passando pelo fabricante, distribuidores, varejistas até o consumidor final. Assim sendo, inúmeros são os fatores que influenciam a determinação do preço de venda, tais como: mercado, custos, concorrência, entre outros. Partindo de tais fatores, surgem alguns modelos para determinação de preço de venda. A formação do preço de venda não visa o simples aumento do faturamento da empresa, mas a combinação de preço e volume mais lucrativo, pois faturamento maior nem sempre significa lucro maior. O preço de venda deve ser justo para o consumidor e adequado para garantir a sobrevivência da empresa. O preço de venda é, sem dúvida, a ferramenta que produz os efeitos mais intensos e imediatos. A resposta do cliente à redução de preços não deixa dúvidas quanto a isto. De acordo com o Sebrae (2003, p. 11) “Preço é mais do que o valor de um produto: é quanto o cliente pago para suprir uma necessidade!”. Na literatura, encontram-se diferentes métodos de formação de preço de venda e, alguns fatores devem ser levados em consideração para essa formação. Exemplo: conhecer o custo da mercadoria, embora necessário, não é suficiente. No caso das empresas comerciais, pode-se levar em conta as características do mercado, o segmento da economia que atua, a linha de produtos da empresa, etc. Outras informações também são importantes, tais como, conhecer os preços das mercadorias dos concorrentes, os preços de produtos similares ou substitutos, a estratégia de marketing da empresa, dentre outros subsídios que devem considerar. Com base nas informações obtidas, o preço de venda pode ser formado a partir dos custos, do mercado ou na combinação de ambos, devendo assim, proporcionar aos empresários a maximização dos lucros e o alcance das metas de vendas previstas. Wernke (2004) defende quatro métodos para a formação do preço de venda: a) Baseado no custo da mercadoria - Este é o mais comum na prática dos negócios, pois consiste em adicionar uma margem fixa a um custo base, conhecida como mark-up, suficiente para cobrir os lucros desejados pela empresa. b) Baseado no preço da concorrência – É qualquer método que determina os preços que devem ser comparados aos preços dos concorrentes, que existam no mercado. Esse método pode ser desdobrado em: Método do preço corrente (preços semelhantes em todos os concorrentes); Método de imitação de preços (preço semelhante de um concorrente específico); Método de preços agressivos (adoção de redução drástica de preços); e Método de preços promocionais (preços baixos para atrair clientes e compensação com a venda de outros produtos). Entretanto, ao adotar este método, pura e simplesmente, a empresa pode ter a lucratividade comprometida, uma vez que não se tem o conhecimento se a concorrência está tendo ou não lucro. c) Baseado nas características do mercado - Este método exige conhecimento profundo do mercado por parte da empresa. O conhecimento do mercado permite ao administrador decidir se venderá o produto por um preço mais alto para atingir os clientes de classe econômica mais alta, ou a um preço popular para que possa atrair a atenção das camadas da população mais pobre. d) Método misto - Consiste na combinação dos custos envolvidos, do preço dos concorrentes e na característica do mercado. A formação do preço de venda, sem levar em consideração, esses três fatores, pode ser perigosa, pois os métodos anteriormente citados adotam somente um ou outro desses fatores. Há uma tendência por parte de alguns autores na utilização da Margem de Contribuição, para política de preços. “A diferenciação na utilização dos custos é outra tendência dos autores, ou seja, custos diferentes para finalidades diferentes. Para finalidades contábeis, são os custos históricos e, para formação do preço de venda, são os preços atuais”. (CREPALDI, 2002). Basicamente, a formação do preço de venda pode ser simplificada pela equação Custo + Lucro + Despesas Variáveis = Preço de Venda. A apuração dos custos se faz pelos próprios elementos da contabilidade, com auxílio de informações extra contábeis, como controles de estoques, rateios de custos indiretos, horas de produção, etc. Desta forma, a contabilidade de custos pode ser definida como um conjunto de registros específicos, baseados em escrituração regular (contábil) e apoiada por elementos de suporte (planilhas, rateios, cálculos, controles) utilizados para identificar, mensurar e informar os custos das vendas de produtos, mercadorias e serviços. As despesas administrativas, apesar de não serem registradas habitualmente como custos contábeis, precisam ser mensuradas e acrescentadas à planilha de custos para a correta formação do preço, pois se tratam de encargos necessários e que devem ser remunerados pelas vendas. Quanto ao lucro, convém ressaltar que este pode ser fixado por produto, por hora de serviço ou atividade, ou ainda em termos de percentual sobre as vendas.

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