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Novas Economias e Novos Modelos de Gestão

Por:   •  5/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  794 Visualizações

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Novas Economias e Novos Modelos de Gestão

INTRODUÇÃO

A temática norteadora deste projeto está ligada à tecnologia, inovação, globalização, empreendedorismo e sustentabilidade, pois trata de “novas economias” e “novos modelos de organização”, com destaque e relevância no cenário econômico mundial.

Nesse contexto, surge a “economia compartilhada”, com intuito de amenizar os impactos ambientais causados pelos modelos tradicionais, e nos fazer repensar sobre a relação entre consumo e meio ambiente.

Segundo a pesquisa The Sharing Economy, realizada pela PwC nos Estados Unidos, 44% dos consumidores norte-americanos já estão familiarizados com a economia compartilhada, especialmente nos setores de mídia, transporte e hospedagem, 86% dos entrevistados afirmam que esse modelo econômico torna a vida mais acessível, prática e eficiente.

A empresa Airbnb, é um exemplo de negócio que segue está linha de empreendedorismo, que vem ganhando força e adquirindo papel central na recuperação e reinvenção do mercado. Estas mudanças no cenário econômico, traz à tona a necessidade de introduzir novas formas de empreender e consumir.

Contudo, este projeto tem por objetivo explorar e compreender o conceito de “economia compartilhada” e como se dá sua aplicabilidade, usando como referência a empresa Airbnb. Bem como, identificar semelhanças e diferenças entre os novos modelos e os tradicionais, e sua importância no mercado.

A metodologia utilizada consiste na pesquisa bibliográfica, acerca do tema proposto e da empresa escolhida como exemplo.

DESENVOLVIMENTO

O termo economia compartilhada foi citado pela primeira vez, pelo professor Lawrence Lessig da Universidade de Harvard, seu surgimento foi impulsionado pela crise financeira de 2008 nos Estados Unidos, que afetou a economia mundial. Devido este ocorrido houve uma expressiva redução no poder aquisitivo da população, ocasionado pela inflação nos preços dos imóveis, em decorrência da alta procura de credito, desvalorização imobiliária e inadimplência. Houve a necessidade de investimentos governamentais maciços, para que a economia pudesse se restabelecer.

Após este acontecimento, começou a se ouvir falar sobre a “economia compartilhada”, o mercado precisou se reinventar para atender os novos hábitos dos consumidores, que encontraram no compartilhamento uma alternativa para reduzir custos.

De acordo com Koopman, Mitchell e Thierer (2015, p. 531), a economia compartilhada constitui um mercado onde se reúnem pessoas dispostas a compartilhar ou trocar ativos. Que inclui bens ou serviços, passiveis ou não de transação financeira, rompendo com a tradicional forma de se fazer negócios e criando novos mercados. É importante ressaltar que, a ascensão de tal modelo de negócio só se tornou possível por conta da tecnologia aplicada, com o uso da internet e aplicativos. Com essas ferramentas, compartilhar se tornou algo fácil, rápido e seguro, pois conecta as partes interessadas, possibilitando que usufruam dos benefícios compartilhando, trocando ou locando, sem a necessidade de aquisição por meio de compra.

A economia compartilhada ocorre em maior incidência nas chamadas startups, palavra originada do inglês start que significa “começar”, ou seja, surge quando o empreendedor reconhece a possibilidade de inovar, em um nicho de mercado em defasagem ou pouco explorado. Esse modelo é o futuro do mundo dos negócios, pois conforme a tecnologia avança, ele vai se consolidando através dos benefícios proporcionados aos clientes pelas soluções inovadoras, intermediadas por plataformas e aplicativos, que ampliam o acesso aos serviços, por meio de um modelo de consumo consciente e sustentável.

Para contextualizarmos melhor esse conceito, vamos conhecer uma das primeiras e principais empresas a utiliza-lo, a Airbnb, que surgiu no final de 2007 prestando serviços online, no ramo da hospedagem e turismo colaborativo, para as pessoas reservarem e/ou anunciarem acomodações.

Porém, ela só conseguiu alcançar reconhecimento e difundir sua proposta de negócios internacionalmente em 2011, através de um aplicativo no qual era possível fazer uma reserva instantânea, conectando viajantes, por meio de uma plataforma de hospedagem que oferecia apartamentos, casas, hotéis e até lugares improváveis como trailers, iglus e castelos.

Segunda a revista eletrônica Forbes, a empresa que começou como uma startup vale aproximadamente US$ 30 bilhões, e já superou em oferta de estadias nos últimos quatro anos, grandes redes de hotéis como Marriot, Hilton e IHG. Atualmente a empresa disponibiliza em sua plataforma 5,4 milhões de anúncios para aluguel. De acordo com as projeções, com a chegada da rede 5G no Brasil nos próximos meses, cuja estimativa é de uma internet 20 vezes mais rápida do que a atual rede disponível 4G, esse novo modelo de negócio tende a crescer na mesma velocidade.

Sendo assim, podemos dizer que a principal diferença entre o negócio da Airbnb e o das grandes redes hoteleiras, que ainda utilizam modelos de gestão tradicionais, é a capacidade de expansão. Essas grandes redes tradicionais precisam realizar altos investimentos financeiros para ampliar seus negócios, ou seja, à medida que a empresa cresce, aumentam os custos para sua manutenção, na contramão disso está a Airbnb, que pode expandir rapidamente suas locações em qualquer lugar do mundo, cobrando apenas uma taxa de serviço entre 3% e 20% no valor final do contrato dos hóspedes e anfitriões.

Outro aspecto interessante, é a possibilidade de fazer avalições online sobre a qualidade do serviço prestado, no qual todos podem ter acesso ao feedback, isso ajuda muito o consumidor a tomar uma decisão. E também auxilia a empresa na busca pela melhora constante na qualidade dos serviços prestados, para se manter competitiva. Neste quesito é fundamental que os gestores desempenhem seu papel com muita responsabilidade visando não somente ganhos financeiros, mas conquistar a confiança de seus consumidores e do mercado, pois a moeda principal destes novos modelos de negócio, é a confiança.

CONCLUSÃO

Diante das pesquisas bibliográficas realizadas neste projeto, foi possível concluir que a “economia compartilhada” é um novo modelo econômico que veio para ficar, sua proposta é nos fazer repensar nossos conceitos de consumo, a partir do ato de compartilhar bens ou serviços. A empresa que selecionamos para desenvolver o projeto,

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