O FLUXO DE CAIXA E SEU EMPREGO PARA A GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS

O FLUXO DE CAIXA E SEU EMPREGO PARA A GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS

                                                                    FIGUEIRA, Kedley Morais^[1]* 

                                                                           MAZZAROTTO, Sergio de Sá^[2]** ^[a]

RESUMO

O avanço tecnológico e as agitações da economia trazem uma nova conjuntura desafios, empresas de todos os segmentos se deparam com momentos de dificuldades e incertezas, a estabilidade financeira depende de uma gestão financeira eficaz. O mercado demanda das organizações uma maior eficácia no domínio de seus recursos financeiros, para tanto as empresas necessitam cada vez mais de um alto entendimento da sua saúde financeira. Esse artigo tem o objetivo de explanar um estudo sobre a aplicação do fluxo de caixa como uma ferramenta na gestão financeira capaz de identificar a necessidade da empresa em gerar receitas suficientes para honrar seus compromissos e responsabilidades, e ainda analisar o grau de conhecimento dos gestores acerca de sua elaboração. Tendo em vista essas necessidades, procurou-se com essa pesquisa evidenciar a necessidade de um planejamento financeiro, como um instrumento apropriado capaz de produzir com antecedência as decisões a serem adotadas e medir os recursos a serem utilizados. Esse trabalho tem como objetivo informar a importância do fluxo de caixa como instrumento do planejamento financeiro, afim de promover uma visão abreviada dos excessos ou escassez de caixa, situação de endividamento, evidenciando a importância do planejamento financeiro como ferramenta imperativa, para o controle de qualquer organização.

Palavras-chave: Fluxo de Caixa, Necessidades, Planejamento Financeiro.

1. INTRODUÇÃO^[b]

As alterações na Lei n.11.638 (Lei das Sociedades Anônimas) de 28 de dezembro de 2007 traz a obrigatoriedade da elaboração da Demonstração do Fluxo de caixa (DFC) que é objeto desta pesquisa. A DFC é considerada uma ferramenta essencial na análise e controle financeiro e agora uma demonstração obrigatória para as Sociedades Anônimas juntamente com os demais relatórios exigidos pela lei.

Mesmo não sendo obrigatória a elaboração da DFC pelos demais tipos de empresas, a sua aplicação torna-se fundamental, pois é uma ferramenta que possibilita a identificação das entradas e saídas de recursos financeiros, possibilita uma visão antecipada do que pode ocorrer no caixa em determinado período de tempo.

A volatilidade do mercado e o momento econômico mundial têm exigido as empresas uma busca eficiente dos controles administrativos, nesse cenário o administrador e desafiado a utilizar de todas as ferramentas possíveis para a cumprimento dos objetivos da entidade.

Todavia faz-se necessário ter uma administração adequada e segura dos recursos financeiros disponíveis nas empresas.

A finalidade é evidenciar a existência de ferramentas competentes na gestão dos recursos financeiros nas empresas. Elucidando, temos o planejamento, o controle financeiro e o fluxo de caixa, tais ferramentas colaboram para o acompanhamento e a boa gestão da saúde financeira das empresas.

Para a elaboração do planejamento financeiro em conjunto ao fluxo de caixa de uma organização necessita-se da utilização de metodologias gerenciais para a projeção das entradas e saídas dos recursos financeiros, de forma que não existam saídas excessivas dos os caixas das empresas.

Assim, o fluxo de caixa torna-se cada vez mais solicitado no meio empresarial, essa ferramenta, que possibilita à empresa uma visão ampla de suas finanças a fim de analisar os fatos ocorridos para a tomada de decisões, bem como proporciona à entidade a possibilidade de projetar suas finanças para o futuro, proporcionando ao administrador a capacidade de realizar a execução de aplicações ou captações de recursos com a maior vantagem possível.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

           

   2.1 Administrações financeiras 

A administração financeira é um componente importante para o crescimento e desenvolvimento de toda empresa.  Por meio dela é possível aumentar os lucros, controlar os fluxos de entrada e saída de caixa e ainda ter uma previsão da quantidade de recursos financeiros disponíveis na empresa.

Para se manter uma gestão financeira eficiente faz se necessário um bom planejamento e controle dos recursos financeiros, seus ingressos e desembolsos.

Sustentar um controle financeiro é de extrema importância e essencial para a sobrevivência das empresas, bem como a seu desenvolvimento e permanência no mercado. O fluxo de caixa surge como uma ferramenta peculiar, pois possibilita ao administrador planejar, controlar e analisar as receitas, despesas e investimentos em determinado período de tempo (SILVA, 2008, p.18).

Essa visão pode ser ainda antecipada através da projeção do fluxo de caixa, o qual será abordado no decorrer do estudo.

   2.2 Conceitos

  O fluxo de caixa compõe o movimento de entradas e saídas de caixa, bem como as alterações no saldo dessa conta.

Allemão (2009, p.2) sintetiza o Fluxo de caixa em uma “[...] movimentação entre a origem de todo o dinheiro que entra na empresa, ou seja, no caixa; e a aplicação de todo o dinheiro que sai em um período de tempo”.

Assaf Neto e Silva (1997, p.35) expõem o Fluxo de caixa em:

[...] um instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo.  A partir da elaboração do fluxo de caixa é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas.

Dolabela (1999, p.237) considera o Fluxo de caixa como “a ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto prazo [...], ou seja, um acompanhamento das entradas e saídas de recursos financeiros no caixa da empresa”.

Zdanowicz (1998, p.35) define o Fluxo de caixa como “[...] é o instrumento de programação financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo projetado”. O autor afirma que o fluxo de caixa é uma reprodução ativa da circunstância financeira da empresa, visto que, corresponde a todas as fontes de recursos e todas as aplicações.