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OS DOMÍNIOS DE MAQUIAVEL

Por:   •  20/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  258 Visualizações

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OS DOMÍNIOS DE MAQUIAVEL

Segundo Luckmann e Berger (2005) a realidade é construída pelo homem e a sociedade de forma exteriorizada, entretanto com um objetivo interior. Desta forma era vista a realidade nos tempos de Maquiavél, em um “cenário de instabilidade política e econômica na Itália” (Silva, 2007).

DOMÍNIO POLÍTICO

Em sua mais famosa e importante obra, “O Príncipe” de 1513, Maquiavel procurava explicar ao povo como funcionava o sistema político dominador da época, buscando assim resgatar o sentimento patriota do povo italiano.

Ainda nesta obra Maquiavel aconselha os governantes quanto aos perigos existentes a respeito de separar-se politicamente, ficando exposto às grandes potências europeias, ou seja, aconselha os governantes sobre como governar mantendo o poder absoluto em suas mãos.

Assim sendo “O Príncipe” remete a ideia de que não importa o que o governante faça em seus domínios, tudo é válido para manter-se como autoridade suprema.

 

“O Príncipe é um tratado político que serviu como base para modelar a estrutura governamental dos tempos modernos. Esse tratado possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lourenço de Médici, e foi escrito a partir de reflexões sobre o passado político, reunindo conselhos e sugestões com o objetivo de conquistar a confiança de Médici.” (Copyright © 2015 Nicolau Maquiavel e Sua Política Revolucionária)

Em outras palavras, “O Príncipe”, contém ensinamentos de como conquistar Estados e conservá-los sob domínio; ou seja, um manual para governantes.

DOMÍNIO ECLESIÁSTICO E TEMPORAL

Neste domínio Maquiavel afirma que os Estados mantem-se única e exclusivamente por um poder supremo. Uma força maior e de ordem religiosa que sustenta todo o principado de forma supra-racional ao qual a razão humana não consegue entender e explicar.

“E sendo eles regidos por poderes superiores, aos quais a razão humana não atinge, deixarei de falar a respeito; estabelecidos e mantidos por Deus tais Estados, seria de homem presunçoso e temerário agir de outra forma” (Maquiavel, 1996)

DOMÍNIO, CONTROLE E DEPENDÊNCIA

O domínio defendido aqui por Maquiavel trata-se de estabelecer controle sobre o povo fazendo com que torne-se dependente de seu líder.

“Conclui-se daí que, um príncipe prudente deve cogitar da maneira de fazer-se sempre necessário aos seus súditos e de precisarem estes do Estado; depois, ser-lhe-ão sempre fiéis” (Maquiavel, 1996)

MEIOS E FINS

O domínio descrito a seguir afirma que “os fins justificam os meios”, passando a ideia de que o governante deve fazer de tudo em seus domínios, e tudo é válido para manter-se como autoridade. Ou seja, os governantes precisam estar acima da ética e da moral para realizar seus planos.

Como descrito por Maquiavel (1996) o princípio de manipulação dos meios e fins é apreciado como uma forma do Príncipe manter-se no domínio, agradando em especial ao povo.

LEI NATURAL

Uma necessidade natural, ordinária, que torna inevitável ao príncipe ofender aos novos súditos com sua tropa (Maquiavel, 1996). Não serão censurados aqueles homens que, por natureza desta lei, tendo o desejo da conquista, tomem domínios (Skinner,1999).

Desta forma, depois de Maquiavel, Guillaume du Vair, em 1590, escreve que, em momentos de desespero, pode-se considerar a auto-conservação como a primeira lei natural (Silva, 2007)

DOMÍNIO E FORTUNA

Maquiavel (1996) reconhecia que “o governo do mundo transitava nas mãos de dois seres: Fortuna e Deus, de maneira que aos homens pouco restava a fazer”. Entretanto por outro lado Maquiavel passa a observar “não o Ser Divino no controle, mas, a Fortuna e os homens”.

Esta opinião é grandemente aceita nos nossos tempos pela grande variação das coisas, o que se vê todo dia, fora de toda conjectura humana. Às vezes, pensando nisso, me tenho inclinado a aceitá-la. Não obstante, e porque o nosso livre-arbítrio não desapareça, penso poder ser verdade que a fortuna seja árbitra de metade de nossas ações, mas que, ainda assim, ela nos deixe governar quase a outra metade (Maquiavel,1996)

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