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PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Por:   •  13/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.892 Palavras (12 Páginas)  •  4.485 Visualizações

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 UNIVERSIDADE  LUTERANA  DO  BRASIL      

  1.  CURSO:  ADMINISTRAÇÃO  -  2015/2

Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis

 Prof. Me.Jucelaine Bitarello

ALUNO

                                                                                                   

  1. PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Antes da análise, devem-se examinar detalhadamente as demonstrações financeiras. Este trabalho é chamado de padronização e consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido.

A padronização é feita pelos seguintes motivos:

  • SIMPLIFICAÇÃO: Um balanço apresentado segundo a Lei das S/A, compreende cerca de 60 contas. Isso dificulta a visualização do balanço como um todo. O modelo utilizado reduz para cerca de 20 números de contas do balanço.
  • COMPARABILIDADE: Com exceção  das companhias que operam em ramo onde existe um plano de contas legal obrigatório, toda a empresa tem seu plano de contas, com maior ou menor grau de detalhes e com títulos de contas em que é difícil descobrir a origem. Como o analista se baseia em comparação, só faz sentido analisar um balanço após seu enquadramento num modelo que permita comparação com outros balanços.

  • PRESIÇÃO NAS CLASSIFICAÇÕES DE CONTAS: é freqüente encontrarem-se balanços e demonstrações de resultados com falhas nas classificações de contas, e, sendo assim, é preciso corrigir tal equivoco.
  • DESCOBERTA DE ERROS: há casos, intencionais ou não, verificados nas demonstrações contábeis.
  • INTIMIDADE DO ANALISTA COM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA EMPRESA: a padronização obriga o analista a pensar em cada conta da demonstrações financeiras e a decidir sobre sua consistência com outras contas, sobre a classificação que deve das a ela, enquanto a transcreve para o modelo predefinido de padronização. Ao terminar esse trabalho, o analista adquire grande familiaridade com os números da empresa e, em conseqüência, poderá enxergar detalhes que, de outra forma, não conseguiria.

As principais características do modelo de padronização são:

  1. o ativo apresenta apenas as contas essenciais;
  2. o ativo e o passivo circulante são divididos em financeiro e operacional;
  3. no passivo, acha-se um subtotal representado por capitais de terceiros;
  4. no patrimônio líquido  aparecem apenas o capital social já deduzido de eventuais “capital a realizar” e somados às “reservas”;
  5. a DRE evidencia apenas os valores fundamentais para a análise;
  6. a receita líquida de vendas está deduzida das “deduções da receita bruta de vendas” (impostos + devoluções e abatimentos).

A seguir um modelo de padronização:

  1. RECLASSIFICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A reclassificação das demonstrações contábeis é a primeira etapa a ser feita na padronização. Ela significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas demonstrações contábeis, sobretudo no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. São alguns ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise.

  1. Duplicatas Descontadas

Duplicatas descontadas deverão ser reclassificadas no Passivo Circulante, pois, pelas peculiaridades da operação, ainda há risco de a empresa reembolsar o dinheiro obtido se seu cliente não liquidar a dívida no banco.

Um bom motivo para a reclassificação no Passivo Circulante é a padronização de critérios de tratamento para todas as empresas por parte do analista. Assim, se a empresa A opera com duplicatas descontadas e a empresa B com empréstimos bancários (com depósito de duplicata em garantia), ambas as empresas terão no Passivo Circulante uma dívida com terceiros, embora, no caso de duplicatas descontadas, haja apenas uma coobrigação.

Exemplo:

EMPRESA A

EMPRESA B

AC                           2.000

(+) entrada                 200

(-) Duplic. Desc.       (200)

PC                           1.000

AC                           2.000

(+) entrada                 200

PC                           1.000

(+) Empréstimo          200

2.000

1.000

2.200

1.200

Relação Empresa A = 2.000/1.000 = 2,00

Relação Empresa B = 2.200/1.200 = 1,83

EMPRESA A (reclassificada)

EMPRESA B

AC                           2.000

(+) entrada                 200

PC                           1.000

(+) Duplic. Desc.        200

AC                           2.000

(+) entrada                 200

PC                           1.000

(+) Empréstimo          200

2.200

1.200

2.200

1.200

Relação Empresa A = 2.200/1.200 = 1,83

Relação Empresa B = 2.200/1.200 = 1,83

O MESMO ENDIVIDAMENTO

  1. Despesa do Exercício Seguinte

No grupo do Ativo Circulante, ele é o único grupo de contas que não se converterá em dinheiro, portanto não servirá para pagar as dívidas da empresa.

Por se tratar de uma despesa antecipada que será consumida pela empresa no próximo ano, ela é classificada no Ativo Circulante. No entanto não se transformará em dinheiro.

Essa despesa reduzirá o lucro no próximo exercício e, conseqüentemente, o patrimônio líquido. Pro isso, os analistas preferem, na ocasião da análise, já deduzir do PL aquela despesa futura.

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