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Paper do Livro Virando a Própria Mesa

Por:   •  25/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  729 Visualizações

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Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Cerro Largo

Curso de Administração- 6ª fase

Disciplina de Desenvolvimento de Recursos Humanos

Acadêmica: Fabiane Reis

Virando a Própria Mesa

 Virando a Própria Mesa, de Ricardo Sember surge como uma contribuição para repensarmos os conceitos aplicados à Administração. Para tanto, o autor relata sua experiência de vida, partindo de sua formação escolar e universitária até à dianteira da empresa familiar.

O próprio autor confessa não ter sido bom aluno durante o período escolar. Distraído e com mau desempenho, o espaço de observações em seu boletim estava sempre preenchido. Conta que seu grande sonho na adolescência era montar uma banda de rock. Para tanto chegou a comprar um violão eletrificado e uma bateria. Quando ele e seus amigos chegaram em casa não sabiam nem sequer montar a tal de bateria. Como solução, foram se inspirando em um astro famoso na época e finalmente conseguiram montar a tal bateria. Passaram anos ensaiando para no final descobrir que o baterista na qual tinham se inspirado era canhoto e que durante todo esse período estavam tocando com a bateria montada ao contrário. Surge daí a primeira grande lição do livro: o perigo da cópia. Isso é muitas vezes refletido na realidade. Muitos empresários, donos de negócios acreditam que se deu certo com algum negócio semelhante dará certo também com o seu negócio. Porém cada negócio apresenta características próprias e inerentes e assim, o que deu  certo em outro negócio pode não dar certo na sua empresa. Outro ensinamento é o de que a paciência, a perseverança e a atenção aos pequenos detalhes no caminho para o objetivo final são essenciais e que alguns segundos podem ser decisivos.

Relata também que sair com grande velocidade e ser líder em oitenta por cento do percurso não é difícil, o difícil é ser um dos primeiros a chegar, ou ao menos chegar.  É de suma importância criar uma lista de objetivos e metas de vida. Para ele, o grande objetivo era ser aceito em Hardward, para o qual teve que manter a persistência e dar o seu melhor.

Já dento da empresa do pai, Semler começa a observar algumas coisas que em sua opinião deveriam funcionar diferentes. Uma das coisas com a qual não concordava era o fato de os funcionários serem revistados ao final do expediente. Reflete a importância da confiança em seus funcionários. A motivação faz com que os funcionários sejam capazes de se sentirem orgulhosos das tarefas que executam e diminui significativamente os furtos no trabalho. No livro também é relatada a necessidade de quebrar um pouco a formalidade do ambiente de trabalho e como o trabalho fora da fábrica é importante para repor as energias e trabalhar com mais motivação.

O livro é dedicado a repensar a vida profissional. Nesse sentido é ressaltada a importância de separar o lado pessoal do lado profissional (da empresa). É indispensável não confundir as coisas (e principalmente o dinheiro). Não devemos nós tornar escravos do tempo e sempre que possível evitar levar trabalho para casa. O aprendizado contínuo tem um peso muito grande para o sucesso de qualquer negócio. Não podemos ficar parados no tempo. O mundo muda e com ele devemos mudar também. Não reagindo literalmente, mas adaptando-se ao ambiente.

É importante também termos consciência que não podemos abraçar o mundo, que devemos reconhecer nossos limites.

Também devemos ficar atentos aos passos vagarosos e silenciosos da obsolescência. Como afirma o autor, “os gigantes de ontem e de hoje estão se transformando nos dinossauros de amanhã”. Com base nisso nota-se a importância de acompanhar as mudanças do mundo moderno e se adaptar a elas. A fase transitória de um modelo de gestão nem sempre ocorre pacificamente. Muitas dificuldades são enfrentadas no princípio, mas se as mudanças forem para melhor, todos os esforços valerão a pena.

Os sindicatos têm um papel fundamental durante a história da indústria, apresentando-se como uma das forças mais dramáticas e importantes. Uma silenciosa revolução começou a acontecer nas empresas: mudança de comportamento dos trabalhadores. A partir disso, as empresas mais modernas e renovadoras começaram a adaptar sua estrutura organizacional para fazer frente com essa revolução.

 Precisamos saber prever mudanças para podermos nos adaptar a elas. O grande problema brasileiro é o de que muitos empresários não enxergam a necessidade de mudança. Mesmo sabendo que elas podem acontecer, não veem o seu papel nessa mudança nem enxergam a rapidez com elas podem acontecer.

Semler relata três aspectos que considera indispensáveis para a sobrevivência de uma empresa em longo prazo. A primeira é a necessidade de enxergar mudanças e ter coragem para implementá-las, a segunda, ter uma participação efetiva de seus funcionários, e para finalizar, ter uma cultura própria e definida, que não seja adaptada as condições do momento, mas sim perene em suas crenças básicas. É essencial a construção de uma gestão participativa, quando os funcionários são ouvidos e podem participar de algumas decisões sentem-se mais importantes e motivados, refletindo diretamente no desempenho.

O empresário brasileiro é bastante conservador, tem medo de perder o que já conquistou e por isso não é muito receptivo à mudança.

Na maioria das empresas existe um grande contraponto: a maioria dos empresários considera que seus funcionários são participantes da gestão da empresa. Por outro lado, a maioria dos funcionários acha que não são tratados com atenção e respeito suficientes, que não têm espaço para falar o que pensam. Nesse ponto de vista nota-se o quão importante é a opinião dos funcionários à respeito da empresa. Assim, uma forma para saber o que seus funcionários de fato estão pensando é a distribuição de questionários anônimos.

Copiar a cultura de uma empresa bem sucedida é dar um passo em direção ao fracasso. Empresas sem cultura própria raramente sobrevivem ao tempo.  Uma organização não deve adaptar sua cultura as pessoas, mas sim atrair pessoas que se adaptem ao estilo da organização.

Existem muitas dificuldades para fazer a transição de uma empresa familiar para uma empresa que tenha vida e objetivos próprios. A grande dificuldade das pessoas ligadas a empresas familiares está no fato de que são poucas as pessoas que conseguem tomar decisões empresariais sem um forte contento emocional.

A Declaração de Princípios de uma empresa é muito importante, pois através dela é definido o modo de pensar da empresa.

O autor defende de que a importância da aparência no trabalho é balela. Que é ideia de gestor que não se sente seguro e isso acaba se enraizando na empresa sem que ninguém conteste. Acredito que a formalidade e rigidez no ambiente de trabalho devam sim ser quebradas, mas que é preciso saber o limite de liberdade dada aos funcionários em relação à maneira de se vestir. Mas a aparência não deve de fato subestimar as qualidades de um indivíduo.

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