TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Programa 5S e Ciclo de Controle de Qualidade

Por:   •  9/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.826 Palavras (12 Páginas)  •  265 Visualizações

Página 1 de 12

Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quimica

Disciplina de Sistema de Qualidade - I

Prof. Marcio Burger Mansilha

Programa 5S e Ciclo de Controle de Qualidade

Igor de Lima

Mikael Maraschin

Pedro Limberger

Renan Rorato

SUMÁRIO

  1. Sumário                                                                                                   1

RESUMO

   

 Após o término da segunda guerra mundial, o mundo viveu um período de inovações referentes ao modo de organização empresarial. Vários sistemas de qualidade foram conceituados e aplicados, visando aprimorar a relação entre empregado e o bom andamento das atividades industriais. Dentro desse contexto, o Japão se destaca no que tange a origem desses grupos, tendo sido o berço do sistema 5S e do Círculo de Controle de Qualidade (CCQ).

    Nas organizações, o emprego dos 5s e dos CCQ’s permite desenvolver uma melhoria contínua na destinação dos materiais, melhorando o clima organizacional, a produtividade, a motivação dos funcionários e, consequentemente, a qualidade final do produto ofertado.

       

Palavras-Chave: Sistema de qualidade, organização e produtividade

Introdução

 

Atualmente, com o avanço das tecnologias e da velocidade de troca de informação, as estratégias de organização dos ambientes de trabalho coletivo, se tornaram extremamente úteis e imprescindíveis para o bom desenvolvimento de uma empresa. Após o término da segunda guerra mundial, durante o processo de reestruturação do Japão, especialistas norte-americanos orientaram empresas japonesas a fazerem um processo de controle de qualidade esquematizado, o qual foi aperfeiçoado, se tornando a ferramenta de pensamento denominada 5S.

Os 5S se tratam de 5 palavras japonesas que iniciam com a letra S e orientam um convívio pleno e natural com as novidades que nos surpreendem. Esse pensamento tende a ajudar na manutenção de uma ordem saudável dentro de um ambiente coletivo, promovendo um desenvolvimento mútuo, tanto pessoal como profissional. Originalmente, as 5 palavras são Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke e como não existe uma tradução exata para esses termos na língua portuguesa, no Brasil, os 5S são traduzidos como 5 sensos, são eles: Senso de Utilização, Senso de Ordenação, Senso de Limpeza, Senso de Saúde e Senso de Autodisciplina, respectivamente.

A tradução dos termos japoneses para “senso” foi muito divulgada no Brasil nos anos 90, se tornando extremamente popular pois, além de começar também com a letra “S”, o que facilita o entendimento do nome original da estratégia, o termo remete à expressão “bom senso”, propondo o entendimento de que a sensatez é algo essencial ao homem, principalmente, quando este se relaciona coletivamente. Assim, o 5S pode ser aplicado à qualquer indivíduo, de modo a que se torne uma espécie de reaprendizagem da pessoa àquilo que seria natural a ela.

Entre os vários programas de qualidade existentes há também os chamados “Círculos de Controle de Qualidade (CCQ)”, que são pequenos grupos formados por colaboradores que se reúnem voluntariamente e com regularidade para analisar e propor soluções para problemas de qualidade e de produção. Esse sistema de qualidade originou-se em 1962, também no Japão, pelas mãos do engenheiro químico Kaoru Ishikawa que, observando a péssima qualidade da indústria pós guerra no Japão, introduziu o conceito às empresas do país.
         Os grupos de CCQ além de resolverem problemas ligados ao cotidiano do colaborador têm como objetivo também o crescimento individual, já que cada atividade desenvolvida pelo grupo requer um nível de conhecimento. Há a necessidade de conhecer e saber aplicar, por exemplo, as ferramentas da qualidade no momento certo, com isso estimula-se o crescimento pessoal do colaborador. Com o crescimento das habilidades individuais, cada colaborador consegue analisar, planejar e efetuar as mudanças no seu local de trabalho participando ativamente do processo produtivo.

Esse conceito foi introduzido no Brasil em 1971, com a implementação do modelo nas indústrias da Volkswagen, Johnson & Johnson e Embraer. Porém, foi só na década de 90 , devido à introdução do conceito de Controle Total da Qualidade, que os CCQ’s foram realmente difundidos nas empresas brasileiras e, desde então, tem-se tornado uma prática frequente no desenvolvimento delas.

Assim, esses sistemas têm extrema importância dentro do cenário de organização empresarial, tanto para o desenvolvimento da empresa quanto para a humanização de seus empregados. Por isso, o estudo detalhado desses conceitos se faz importante, para que a sua implementação seja clara e facilmente aplicada.

Desenvolvimento

A Gestão da Qualidade possui múltiplas interpretações do seu significado e diferentes programas que buscam atingir a qualidade total, baseando-se na interpretação do que seria a gestão da qualidade. Para Paladini (2012) às abordagens podem ser divididas em uma filosofia, um conjunto de métodos, o processo de melhoria contínua, um serviço e o esforço pelo envolvimento da mão de obra. O programa 5S e os Círculos de Controle da Qualidade se enquadram na abordagem da gestão da qualidade como melhoria processo de melhoria contínua, sendo esse tipo de abordagem para Paladini (2012, p. 198) compreendido como “Enquanto melhoria contínua, a Gestão da Qualidade abrange estratégias que visam definir a melhor maneira de executar ações produtivas. Parte-se, para tanto, de situações existentes, procurando-se sempre melhorá-las”.

As técnicas da metodologia 5S e os círculos de controle da qualidade foram criados, no Japão na década de 60, por Kaoru Ishikawa, engenheiro químico e criador de uma ferramenta do controle da qualidade o diagrama de Causa-Efeito conhecido também como diagrama de Ishikawa e diagrama espinha de peixe. O Dr. Ishikawa era membro da JUSE (Union of Japanese Scientist and Engineers), organização que desde a década de 50, época pós Segunda Guerra Mundial e que os produtos japoneses eram associados a baixa qualidade, até atualmente é tem seus estudos focados no controle da qualidade, essa organização define círculos de controle da qualidade como grupos pequenos de trabalhadores do chão de fábrica que continuamente controlam e aprimoram a qualidade dos produtos e serviços. As característica de um círculo de controle da qualidade são: atuam autonomamente, utilizam ferramentas e conceitos do controle da qualidade, promoção da criatividade dos empregados, além do desenvolvimento individual e do grupo. Na própria definição de Círculo de Controle da Qualidade está a idéia de melhoria contínua da qualidade, mas é perceptível a abordagem de gestão da qualidade de envolvimento da mão de obra, pois essa metodologia busca a participação dos empregados do chão de fábrica no controle da qualidade e a proatividade da ação autônoma deles.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (18.8 Kb)   pdf (132.2 Kb)   docx (20.1 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com