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RESENHA FORDISMO, TOYOTISMO, VOLVISMO

Por:   •  29/4/2015  •  Resenha  •  3.031 Palavras (13 Páginas)  •  2.905 Visualizações

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Cremilda A. Sotero

Resenha do Artigo: Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os caminhos da indústria em busca do tempo perdido

Belo Horizonte

2015

Resenha do Artigo: Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os caminhos da indústria em busca do tempo perdido

Thomaz Wood Jr, graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (1982), mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1992) e doutorado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1998). Atualmente é professor titular da Fundação Getúlio Vargas - SP, onde coordena o GV pesquisa. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Estratégia e Planejamento, atuando principalmente nos seguintes temas: mudança organizacional, identidade organizacional e indústrias criativas. Publicou este artigo pela Revista de Administração de Empresas no ano de 1992, onde aborda, três métodos de produção da indústria automobilística, o Fordismo (produção em massa) 1922, o Toyotismo1945 (ascensão da produção flexível) e o sistema de produção Volvismo1960, (com a flexibilidade criativa).

Introdução: Os sistemas Gerenciais e suas imagens

A partir da década de setenta, a liderança industrial até então incontestável dos Estados Unidos e da Europa Ocidental passou a ser desafiada pelo Japão.

O modelo de produção fordista estaria, por isso, sendo substituído na indústria manufatureira em todo o mundo por novos conceitos e princípios.

Este artigo aborda este tema a partir de três metáforas: o Fordismo 1922, a imagem da organização como máquina e, em seguida a aborda a produção em massa. O Toyotismo1945, a organização como organismo “ascensão da produção flexível”, e o sistema de produção Volvismo1960, com a flexibilidade criativa, metáfora do cérebro.

Organizações como máquinas: Ford e a produção em massa.

De acordo com o autor, a palavra organização origina-se do grego organon, que significa instrumento, logo organizações é uma forma de associação humana destinada a viabilizar a obtenção de objetivos predeterminados. Wood Jr associou o Fordismo à metáfora da máquina, conceito utilizado a partir de certo estágio do processo de industrialização. Através desta metáfora passou-se a usar as máquinas para as pessoas e a moldar o mundo de acordo com processos mecânicos.

A produção manual deu lugar á produção em massa; a sociedade rural deu lugar à urbana e o humanismo cedeu ao racionalismo.

Max Weber observou o paralelo entre a mecanização da indústria e a proliferação das formas burocráticas de organização. Segundo ele, a burocracia rotiniza a administração como as máquinas rotinizam a produção.

As organizações burocráticas são capazes de rotinizar e mecanizar cada aspecto da vida humana, minando a capacidade de uma ação criadora.

O desenvolvimento conceitual foi marcado pelos trabalhos, do frances Fayol, do americano Mooney e do inglês Urwick, partindo dessa ideia Frederic Taylor desenvolveu princípios baseados na separação entre trabalho mental e físico e na fragmentação das tarefas. A aplicação desses princípios resultaram em uma nova força trabalho, marcados pela perda das habilidades genéricas manuais e um aumento brutal da produtividade. Uma das chaves do sucesso da indústria americana por muitos anos foi a utilização desses princípios na expansão da industrialização.

Administrar a organização como maquina significam fixar metas e estabelecer formas de atingi-las; organizar tudo de forma racional, clara e eficiente; detalhar todas as tarefas e, principalmente controlar. No  inicio o gerenciamento científico foi visto como uma solução para vários problemas, porém, organizações orientadas pelo enfoque gerencial mecanicista após algum tempo tendem a gerar um comportamento caracterizado pela acefalia, falta de visão critica, apatia e passividade.

O mecaniscismo baseia-se na racionalidade funcional ou instrumental, que indica o ajuste das pessoas e funções ao método de trabalho ou a um projeto organizacional predefinido.

Pode-se dizer que o enfoque mecaniscista tornou-se muito popular por razões justas. Os principios articulados por esta visão passaram a integrar os modelos de poder e controle existentes.

Vivemos, entretanto, um novo período, caracterizado pela alteração acelerada do ambiente. A realidade é diferente daquela que gerou a visão mecanicista.

Henry Ford e a produção em massa.

O conceito de produção e consumo em massa, focalizando a indústria automobilística está diretamente ligada ao desenvolvimento do pensamento gerencial e das escolas administrativas.

O ciclo de produção em massa caracterizou-se fundamentalmente pela separação do trabalhador dos meios de produção.

Na indústria automobilística, durante o período de produção manual, as organizações eram descentralizadas, o sistema coordenado pelo dono, volume de produção baixo, o projeto variava quase que de veículo a veículo, ás máquinas-ferramentas era de uso coletivo, trabalhadores altamente especializados, os custos de produção altos  e não baixavam com o aumento do volume.  

Quando Henry Ford no final do século XIX introduziu seus conceitos de produção, reduzindo drasticamente custos e melhora significativa da qualidade, a indústria estava atingindo um patamar tecnológico e econômico.

O conceito chave da produção em massa é a completa, e consistente intercambialidade de partes, e a simplicidade de montagem.

Em decorrência das mudanças foi possível à redução do esforço humano na montagem, aumento da produtividade e diminuição dos custos proporcionalmente à elevação do volume produzido. Ford projetou carros para uma facilidade de operação e manutenção sem precedentes na história.

As máquinas eram colocadas em sequência lógica, o tempo de preparação das foi reduzido drasticamente, fazendo com que executassem uma tarefa por vez. O único problema era a falta de flexibilidade.

A Ford foi elevada a condição de maior indústria automobilística do mundo e sepultou a produção manual com esta combinação de vantagens competitivas.

Ao contrário do sistema da  produção manual , o trabalhador da linha de  montagem tinha apenas uma tarefa, nem mesmo sabia o que seu colega ao lado fazia, não tinha perspectiva de carreira e tendia a uma desabilitação total. Para pensar em tudo isto, planejar e controlar as tarefas, surgiu a figura do engenheiro industrial.

Ford procurou verticalizar-se totalmente dentro da própria empresa, em virtude das necessidades imediatistas, depois de algum tempo Ford estava apto a produzir em massa praticamente tudo o que precisava.

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