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RESSENHA DA OBRA: Reforma(s) e Estruturação do Sistema de Saúde Britânico: lições para o SUS

Por:   •  3/10/2018  •  Resenha  •  784 Palavras (4 Páginas)  •  266 Visualizações

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UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

CEAD – Coordenação de Ensino a Distancia

CURSO – Especialização em Gestão de Organização Pública de Saúde

DISCIPLINA: Estado, Governo e Mercado

POLO: Itaperuna

RESSENHA DA OBRA: Reforma(s) e Estruturação do Sistema de Saúde Britânico: lições para o SUS

AUTOR DA RESENHA: Lucienilda Nogueira Neves

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA:

Artigo científico de autoria de Oswaldo Yoshimi Tanaka (Professor titular da Faculdade de Saúde Pública USP, São Paulo, SP.) e Vanessa Elias de Oliveira (Doutoranda em Ciência Política - USP, São Paulo, SP), publicado na revista Saúde e Sociedade. São Paulo, v. 16, n. 1, p. 7-17, em jan-abr/2007. 

A obra apresenta o Sistema de Saúde Inglês (National Healthcare Service - NHS) e as reformas pelas quais o sistema passou durante uma década, apresentando resultados; ao mesmo tempo em que o compara com o Sistema de Saúde Brasileiro (SUS), pois são sistemas gratuitos e universais, apesar de formações diferentes. Levando-nos a reflexões a cerca dos desafios da gestão de um sistema público de saúde, universal e a política neoliberal.

Os autores fazem um diagnóstico situacional das reformas do NHS num período de 10 anos, descrevendo os problemas enfrentados e as mudanças na organização política e administrativa que ocorreram com objetivo de melhorias do sistema; buscando eficiência dos serviços sem perder o foco dos princípios de universalidade, integralidade e equidade. Como estratégias de fortalecimento do NHS, houve expansão na cobertura da atenção primária em saúde, seguida de definição do nível de atenção secundária e os procedimentos de alta complexidade; criação e implementação de protocolos clínicos foram importantes na questão da eficiência e incorporação de novas tecnologias; criação de instituições capazes de garantir qualidade na atenção e eficiência nos gastos – quesitos fundamentais na gestão da saúde pública a meu ver – diminuindo assim as desigualdades sociais. Talvez o aspecto mais importante de um sistema público de saúde, financiamento, não está muito aprofundado na obra, mas deixa claro que é essencialmente público o financiamento do NHS e que a maior parte dos gastos público é com saúde (cerca de 82%), apesar do país possuir um dos menores gastos toais em saúde per capita.

CRÍTICA: O NHS surge pós Segunda Guerra, em 1948, período em que o país renascia da destruição. Os ingleses aprenderam a cuidar de infraestrutura básica das cidades, principalmente escolas e hospitais, com apoio financeiro local. Doar para o sistema de saúde baseava-se (e continua se baseando) no conceito de que a soma doada seria utilizada para o bem comum. Esse pano de fundo permitiu que a população acreditasse no sistema, permitindo que o sistema funcionasse da melhor forma possível para os usuários.

No Brasil, o SUS nasceu seguindo uma ideia brilhante de universalização de serviços, mas pouco se apoiou (ou se apoia) na experiência dos profissionais de saúde. O resultado é um sistema com mais de 20 anos que ainda engatinha em vários aspectos, tais como financiamento, estrutura, metas e qualidade, apesar de avanços significativos, como o programa de atenção básica à saúde, em especial a estratégia de saúde da família, algo similar ao sistema de GENERAL PRACTITIONER britânico. Mesmo a atenção básica no SUS está necessitando urgente de qualificação, pois há a cobertura, porém a qualidade deiza a desejar.

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