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Resenha Nicolau Maquiavel

Por:   •  26/5/2015  •  Resenha  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  1.251 Visualizações

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SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù. In: WEFFORT, Francisco (Org). Os Clássicos da Política. São Paulo: Ática, 1995.[pic 1]

RESENHA

Sadek (1995) é autora da obra “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù” é Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Fez seu Pós-Doutorado na University of Califórnia em San Diego e na University of London, Londres. Atua como docente no curso de Pós-Graduação do Departamento de Ciência Política na Universidade de São Paulo e é Diretora Científica do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais (CEBEPEJ), além de ser professora do Programa de Capacitação em Poder Judiciário.

A obra de Sadek (1995), “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù” apresenta como foco principal o esclarecimento sobre a interpretação de que os pensamentos de Maquiavel referem-se à traição e de cunho ruim que tem sido sustentada até mesmo após sua morte.

O problema é descrito por meio de uma abordagem clara e direta em que é especificado que os pensamentos de Maquiavel se devem ao fato dele ter crescido e vivido no meio da política e em uma sociedade confusa. Desta forma, o conteúdo desta obra apresenta como objetivo analisar o príncipe como uma pessoa capaz de manter o poder político, conquistar territórios e colocar em prática a sua soberania. E, para tanto, não teria como Maquiavel se limitar à moralidade e costumes que vigoravam na época. Por considerar os homens como seres ruins, ele acabava enxergando a humanidade de modo frio e pessimista. Por tal motivo, Maquiavel não deveria ser diferente dos demais homens, mas ele não traía e sim, apenas acompanhava o raciocínio cruel dos homens da época. A referida obra de Sadek (1995) enumera, diante deste contexto, o conceito de virtù e fortuna.

Quanto às temáticas, a obra enfatiza, a autora enfatiza que toda a bagagem política que Maquiavel adquiriu pode ser sido reflexo da sociedade em que vivia e, em meio à convivência e experiência, foi desenvolvendo seus pensamentos políticos que, ao logo dos anos, foi sendo adaptada à realidade, sem considerar o tipo de sociedade da época.

Uma crítica pode ser, entretanto, feita, pois, observa-se que no decorrer da obra, que Sadek (1995) penetra no pensamento verdadeiramente "antimaquiavélico", fundamentada na realidade, pois, apenas por meio da verdade efetiva que realmente o poder pode se sustentar, ainda que não para sempre. Aqui, nota-se que, para a autora, Maquiavel acreditava que sua vida girava em um mundo cíclico e que este era unicamente regido pela política, consequencia das relações humanas. Em análise a obra de Sadek (1995), pode-se afirmar que tais relações jamais seriam ensinadas conforme um pensamento, mas, sim controladas por meio do poder ou da força bruta. É com base neste contexto que acredita-se ter Maquiavel adotado tantas vezes o tom maligno para muitos e, por isso, talvez ele tenha conseguido a fama de malvado, onde há a relação dominante e dominado. Neste contexto, verifica-se que Sadek (1995) se depara com um questionamento de Maquiavel sobre dos modos institucionais aplicados na sua época, os quais seja, o Principado ou República?

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