Resenha Tecnologia da Informação e Infraestrutura

Capítulo 1 e 2

Será que tudo é TI?

Nicholas G. Carr expõem de forma clara uma visão diferenciada a respeito da relevância da tecnologia na esfera empresarial.  O livro tem início com a apresentação  de como se deu  a criação dos microprocessadores e como os mesmos revolucionaram o uso da computação, transformando uma ferramenta opcional no principal instrumento de trabalho contemporâneo. O que antes possuía um uso limitado passou a ser aplicado na gestão, no controle, na ampliação e no desenvolvimento dos negócios ao redor do mundo.

 No capítulo 2, o autor faz uma abordagem semelhante, porém a respeito da importância da tecnologia de infraestrutura no meio empresarial. É apresentado o contexto histórico do início do século XIX na Europa, mostrando a dificuldade e a consequência do aumento da eficiência ferroviária que, na época, possibilitava uma velocidade de deslocamento máxima de 16 km/h.

O autor promove uma reflexão sobre o paralelismo entre o desenvolvimento das linhas ferroviárias em meados de 1800 e a expansão da tecnologia da informação no final dos anos 1900.

Procurando o enfoque na questão das vantagens concorrenciais,  foi mostrado que a história é basicamente a mesma. Um ciclo inicial de expansão devido ao pioneirismo, seguido da falência devido à capacidade de absorção do mercado. Isto se dá pois existe um período após a inovação em que a mesma é uma tecnologia proprietária, ou seja, ainda não foi aberta ao mercado. Tanto a tecnologia de informação quanto a de infraestrutura assumem inicialmente a forma de tecnologia proprietária, podendo ser usadas como um diferencial contra a concorrência. Porém, é inevitável que, em algum momento, tal tecnologia seja compartilhada amplamente tornando-se parte da estrutura comercial geral. Principalmente no caso da tecnologia de infraestrutura, que oferece uma rentabilidade muito maior quando compartilhada do que quando usada isoladamente.

Devido a isso, o investimento e a inovação tecnológica não podem ser considerados os principais fatores de destaque no mercado, pois não expressarão nenhuma vantagem relevante ao longo prazo sobre a concorrência.

Os textos  fazem questão de alarmar quanto à dificuldade de obtenção de market share. Mesmo investindo e inovando em dois setores como “tecnologia de informação” e “tecnologia de infraestrutura”, fundamentais na atualidade para qualquer empresa, ainda não é o suficiente. O mercado sempre está atrás de novidade, e qualquer inovação útil, se não protegida, será  incorporada.

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