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Resenha de Formação do Pensamento administrativo

Por:   •  28/4/2021  •  Resenha  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  144 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Formação do Pensamento Administrativo – PLE

Professor Luciano Coutinho
Aluno Andre Remos Pinto DRE 114156343

 

Resumo expandido como parte da composição de nota para aprovação na disciplina Formação do Pensamento Administrativo – PLE

A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO SEGUNDO AS TEORIAS ORGANIZACIONAIS E SEUS IMPACTOS NA PRÁTICAS EDUCACIONAIS – Administração Científica versus Escola das Relações Humanas influenciando as práticas e ideologias organizacionais

UFRJ

2020


Resumo

Dentro do ambiente organizacional, existiram várias teorias que orientavam a forma com que se deveria proceder no exercício da função. E o impacto que esses discursos tecnicos/científicos precisam ser mensurados a fim de que se possa compreender o quanto esse métodos e técnicas influenciam na eficácia operacional de modo a fortalecer valores ideológicos distintos em cada momento da trajetória trabalhista dentro da organização. Tendo por base o trabalho de Gurgel (2005), buscar-se-á discorrer sobre as diferenças percebidas entre as diferentes teorias para chegar a uma melhor percepção acerca do que representam essas teorias no funcionamento e exercício do trabalho e fora dele, uma vez que essas ideias extrapolam o ambiente empresarial e encontra palco nos debates promovidos pela sociedade civil. Esse trabalho não pretende apresentar juízo sobre as teorias, mas tão somente apresentar suas diferenciações e assim jogar luz em cada teoria.

Introdução

Os aspectos inerentes ao trabalho sempre despertaram curiosidade e inúmeros estudos sobre as formas como ele se impõe aos indivíduos. A partir da mudança do trabalho artesanal para o industrial, em que as pessoas passaram a trabalhar com uma escala que visava maior volume de produtos produzidos, surgiram várias teorias que justificavam e orientavam o trabalho humano. Tendo início entre o final do século XVIII e começo do século XIX, o processo de desenvolvimento industrial observou a necessidade de encontrar formas eficientes de controles dos gastos, aumentar a produtividade, melhorar o desempenho do trabalhador e de obter maior retorno financeiro. Sob essa demanda, surgiram modelos es sistemas de produção para a indústria de modo que eles se substituiam por conta do momento histórico da sociedade e as necessidades percebidas. É então que surgem as teorias que passaram a ser chamadas de Taylorismo, Fordismo, Toyotismo e, mais recentemente, Volvismo.

Observando esses modos de produção, constata-se que eles se apresentam como alternativas de organização da produção industrial e, apesar de objetivar o mesmo fim – produzir muito ao menor custo – dentro do processo operacional, eles divergem na visão sobre o processo produtivo, o ritmo de trabalho, a função do funcionário e nos objetivos, dentre outros.

Gurgel (2005) faz uma série de questionamentos sobre esse discursos, de modo a compreender o poder de persuasão destes na gestão contemporânea e, consequentemente, nos gestores ainda em formação. Mas além da busca por encontrar respostas sobre o impacto nas operações, ele buscas perceber o impacto em aspectos éticos, sociais e políticos destes métodos e técnicas inerentes ao modelo de gerencia utilizado. Ou seja, o autor pretende estabelecer confirmação ou rejeição da hipótese de que o discurso promova o fortalecimento e credibilidade a questões como livre comércio, isonomia, competição que proporcione progresso, fim de empregos e uma sociedade sem patrão.

O autor aborda a importância desses métodos e técnicas uma vez que eles se mostram essenciais em programas que formam gestores, seja em cursos de graduação, mestrados, doutorados e pós-graduações, saindo do interior das fábricas e fomentando debates na sociedade civil. Gurgel busca, assim, um exame sobre o impacto da formação pautada nesses modelos na ideologia e consequente entendimento da consciência social que domina a discussão e prática e percepção na forma com que isso se caracteriza como desafios para os educadores.

Os modelos e suas diferenciações

Para melhor compreensão do que são esses modelos e técnicas, devemos fazer uma parada e voltar aos primórdios industriais e assim entender melhor cada teoria organizacional, estabelecendo diferenciações entre as mesmas e jutificando o discurso de Gurgel (2005) e sua tentativa de problematização sobre o tema.

Após o surgimento da produção industrial, criou-se formas de entendimento do sistema que visavam o melhor funcionamento das fábricas. Iniciou-se com o Taylorismo – ou Administração Científica –, sistema produtivo idealizado por Frederick Taylor, que defendia o que se chamou de especialização de tarefas – trabalhador era responsável por uma única atividade, sem ter conhecimento do processo como um todo, e que podia, assim, controlar o tempo que gastava no exercício da função, além de instituir premiação aos funcionários com maior rendimento.

O fordismo se caraterizou como uma melhora da ideia de Taylor. Pensado por Henry Ford, na década de 1920, e praticado em sua fábrica de automóveis, tinha como base a especialização da função e instalação de esteiras na linha de montagem, de modo que o produto se deslocava sobre ela e o funcionário exercia seu trabalho. Tudo isso a fim de minimizar o tempo gasto na produção, aumentando a produtividade e dimnuindo seuss custos, além de instituir a produção em massa objetivando o consumo em massa.

Já o toyotismo é uma sistema de produção japonês fundamentado na tecnologia da informática e robótica. Ocorrido na década de 1970 e utilizado na fábrica da Toyota, esse modelo definia que o trabalahdor não estava limitado a uma única tarefa, desenvolendo várias funções no processo produtivo, e criando o just-in-time, ou seja, produzindo em um tempo estipulado objetivando a regulação entre estoques e matéria-prima.

Em suma, pode-se entender, segundo Bezerra (2018), que Taylorismo e Fordismo enfatzavam os princípios de fabricação, sendo o primeiro aquele que organizou o trabalho visando maior produtividade em menor custo. Já o segundo, manteve o que Taylor instituiu e inclui a esteira rolante, o que ditou novo ritmo ao trabalho. O Toyotismo abraçou o aspecto da cultura organizacional e sua importância para adquirir vantagem competitiva para uma empresa.

Após décadas oscilando entre os três modelos anteriormente mencionados, surgiu mais um sistema. No fim do século passado, um sistema de produção, baseado em investimento maciço no treinamento e aperfeiçoamento do funcionário, de modo que se conseguisse produzir um produto completo seguindo todas as etapas, com a valorização da criatividade, do trabalho coletivo e preocupação organizacional com o bem-estar físico e mental do trabalhador, foi criado e desenvolvido na fábrica da Volvo. Conciliando automação e execução manual, era o chamado Volvismo.

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