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Resumo - HILLMAN, A.; WITHERS, M.; COLLINS, B. Resource dependence theory: a review.

Por:   •  19/11/2022  •  Resenha  •  681 Palavras (3 Páginas)  •  48 Visualizações

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Resumo 1

HILLMAN, A.; WITHERS, M.; COLLINS, B. Resource dependence theory: a review. Journal of Management, v. 35, n. 6, p. 1404-1427, 2009.

        Artigo foi escrito em comemoração aos 30 anos da teoria da dependência de recursos, e os autores analisam os desenvolvimentos conceptuais, estudos empíricos e aplicação da teoria. A teoria da dependência de recursos é uma das principais justificativas para aquisições e fusões, oferecendo uma visão externa do porquê firmas adotam essa estratégia. Dentre os motivos, três são destacados: redução de competição, alteração da interdependência e diversificação. Os três motivos são suportados por estudos empíricos. Contudo autores ponderam que esses não são únicos predecessores para M&A. Mesmo assim reforçam que existem fortes evidências que fusões e aquisições acontecem com empresas com alguma dependência, como estratégia de independência. Muito parecido com M&A, as estratégias de joint-venture, possuem evidências empíricas, que são utilizadas para reduzir dependência e incertezas. Conselhos de administração também são formas de empresas reduzirem dependências. Evidências empíricas comprovam quatro benefícios dos conselhos apontados no texto original da teoria: (i) conselhos e informações, (ii) canais de informação com ambiente, (iii) acesso preferencial a recursos e (iv) legitimidade. Outra relevante contribuição da teoria de dependência de recursos que foi analisada pelos autores é a ação política. Como governo é um sistema social maior, relevante e causador de dependências, a teoria analisa como organizações lidam com isso. Uma estratégia é a influência para ambiente regulador favorável às intenções das companhias. Dado a natureza mais nebulosa das ações com governo, os autores afirmam que existem evidência empíricas da aplicação dessa premissa da teoria, contudo com resultados menos sólidos que as anteriores. Autores ainda destacam as evidências significativas entre resultado financeiro e conselheiros com carreira política, e as frequentes coalizões de empresas sob mesma influencia regulatória. A falta de alinhamento dos executivos com ambiente é apontada pela teoria como um precedente para baixa performance financeira. Esta baixa performance gera a demissão dos CEOs e consequente sucessão executiva. Evidências apontam que empresas mais dependentes do ambiente possuem maior volatidade de presidentes e que companhias com baixa performance trocam mais frequentemente de CEO, gerando reações positivas do mercado. Os estudos empíricos corroboram que empresas com dependência usam as cinco estratégias previstas pelos teóricos para reduzirem a dependência: M&A, joint-ventures, conselho administração, ação de políticas corporativas e sucessão executiva. Para futuras pesquisas, algumas sugestões são feitas pelos autores, dentre elas destaca-se  estudo entre as cinco estratégias definidas pelos teóricos, com objetivo de entender as semelhanças, complementaridades, ou se existe uma padrão de priorização das estratégias de cada firma. Ademais, seria interessante analisar como uma estratégia pode impactar a outra, por exemplo mudanças de CEO afetam o conselho de administração, ou formação de JVs impactam outras estratégias. Outras perspectivas de pesquisa seria estudar a teoria da dependência de recursos com outras teorias organizacionais para analisar a criação e as vantagens geradas pela redução de interdependências, exemplos seriam a teoria dos stakeholders e a teoria contingencial. Outra agenda para pesquisa futura seria explorar novas estratégias que companhias poderiam utilizar para reduzir sua dependência de recursos. Finalmente, os autores também recomendam mais pesquisas sobre os limites da teoria de dependência. Texto finaliza com reconhecimento que empresas são restritas e afetadas pelo ambiente e que a teoria da dependência de recursos é um sucesso. Artigo é muito eficaz em demonstrar como uma teoria com mais de 30 anos ainda é válida e presente em desafios atuais. Além disso, corrobora com exemplos empíricos robustos a aplicabilidade da teoria, gerando uma sensação de atemporalidade da teoria, característica fundamental para sua relevância. Contudo ao menos que a teoria esteja próxima da perfeição, faltaram críticas de quais espaços ou situações a teoria não estava correta. Ademais, a escassez de exemplos contraditórios as predições foram sentidas, as quais com certeza estão presentes na literatura, mesmo que esse contraditório fosse passível de críticas quanto a generalização ou método. Contudo a ausência de críticas ou falhas nas evidencias empíricas enfraquece essa revisão. Apesar desse pontos, o artigo apresenta uma contribuição significativa para o estudo da teoria de dependência de recursos.

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