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Resumo do artigo Fatores Associados à Mortalidade Precoce de Micro e Pequenas Empresas da Cidade de São Paulo .

Por:   •  27/10/2017  •  Resenha  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  522 Visualizações

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Resumo artigo: “Fatores Associados à Mortalidade Precoce de Micro e Pequenas Empresas da Cidade de São Paulo” de Luis Fernando Filardi Ferreira, Silvio Aparecido dos Santos, Fábio Lotti Oliva, Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi, 2008

A economia de países emergentes depende do sucesso de novas empresas para crescer e isso acontece, pois elas são geradoras de trabalho, renda e são responsáveis pela produção de bens. No Brasil, segundo o SEBRAE (2004), 99% das empresas são de micro e pequeno porte, garantem 70% dos postos de trabalho e 20% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o IBGE (2001), a região sudeste é onde se encontra o maior número de empresas do país (51,3%), sendo que dessas 58,6% estão localizadas no estado de São Paulo.

Porém, a mortalidade precoce das empresas é uma realidade comum aos empresários brasileiros, sendo que de cada 100 empresas abertas, 31 não ultrapassam o primeiro ano de atividade e a proporção aumenta para 60% após cinco anos da abertura (SEBRAE 2004). Assim, o artigo tem como objetivo “o estudo da problemática acerca da extinção precoce das novas empresas destacando os fatores associados à mortalidade, associados ao empreendedor, à empresa e ao ambiente no qual ela se insere“ (Ferreira, Santos, Oliva, Grisi, 2008).

A importância da atividade empreendedora tem sido evidenciada pelo aumento dos programas de incentivo à criação de novas empresas criados pelos países em desenvolvimento. Nos Estados Unidos, de 1989 a 1999, as 500 maiores empresas (segundo a revista Forbes) eliminaram mais de 5 milhões de postos de trabalho, enquanto nas pequenas empresas, mais de 34 milhões desses foram criados.

O artigo enfatiza que o empreendedorismo não é apenas uma moda e que representa um reflexo da necessidade de autonomia profissional presenta na sociedade, além disso a preocupação de disseminar conhecimento a respeito do tema se tornou algo presente no ambiente acadêmico.

No Brasil o empreendedorismo passou a receber maior atenção do governo e da iniciativa privada devido ao seu papel no desenvolvimento da economia. O Estado tem auxiliado os empreendedores através das grandes empresas privadas, com leis de incentivo e isenção de impostos, sendo que parte do que viraria tributos passa a ser usado em iniciativas para os novos empreendedores. Nas décadas de 60 e 70, o ideal para os jovens era conseguir um emprego em uma multinacional ou então passar em concursos públicos. Porém, a partir das décadas de 80 e 90 a mentalidade mudou e abrir o próprio negócio já não era visto mais como algo tão arriscado e distante da realidade.

A mortalidade das pequenas empresas é um assunto muito presente na literatura, sendo que já na década de 30, Davis (1939) identificou fatores responsáveis pela falência: a falta de mão de obra especializada, a falta de infra- estrutura, a instabilidade política e econômica, dentre outros.  Em 1972, Edmister utilizou de técnicas estatísticas para comprovar que a má gestão contribui para a mortalidade das empresas, além disso, ele também concluiu que é possível prever, com certa margem de erro, a falência de uma empresa com até 5 anos de antecedência.

Cochran (1981) foi o responsável por revisar a literatura existente na época e determinar 5 definições de falência. Um desses conceitos é o empregado na pesquisa: falência formal (empresas que deram baixa formal junto aos órgãos oficiais). Cochran identifica a falta de competência gerencial e a falta de experiência no ramo de negócio como os fatores de mortalidade das empresas mais citados pelos autores pesquisados.

Para Adizes (1990) um negócio deve ser formado com o objetivo de suprir uma real necessidade dos clientes e que a falta desse fator é o motivo da mortalidade de várias novas empresas. Barrow (1993) mostra os motivos que levam as empresas britânicas a fechar, que vão desde falta de experiência do empreendedor, falta de estratégia de marketing até seleção de pessoas sem competência para o negócio. Birley e Niktari (1996) identificaram 4 fatores responsáveis pela mortalidade das empresas e que estão ligados ao perfil do empreendedor (perfil inflexível, contratação de profissionais incompetentes, falta de planejamento e organização da empresa).

Existem poucas fontes de pesquisa, no Brasil, sobre o tema aqui relatado, mas o artigo cita exemplo de autores como Azevedo (1992) que em seu estudo afirma que a falta de habilidade administrativa, financeira, mercadológica ou tecnológica do empreendedor, a instabilidade econômica e a falta de crédito do mercado são causas do insucesso das empresas. Santos e Pereira (1995) dividem os fatores que causam a mortalidade dos empreendimentos em categorias como: aspectos técnicos do empreendedor, relacionados à área mercadológica ou técnico-operacional, relacionados à área jurídica ou então financeira. O SEBRAE (out/1999) afirma que o êxito do negócio depende do nível de escolaridade e da renda do empreendedor e que a legislação é um entrave para os pequenos empreendedores, já que a empresa deles é tratada de forma semelhante às grandes companhias.

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