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TRANSPARÊNCIA ADMINISTRATIVA NA PERSPECTIVA DE GESTORES DE STARTUPS DO NORTE DO PARANÁ

Por:   •  1/4/2022  •  Artigo  •  3.754 Palavras (16 Páginas)  •  67 Visualizações

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TRANSPARÊNCIA ADMINISTRATIVA NA PERSPECTIVA DE GESTORES DE STARTUPS DO NORTE DO PARANÁ, À LUZ DO ESG

Autores: Bianca Rodrigues Ercolin

Eduarda Peloi Fernandes

João Pedro Prado Bacca de Andrade

Raoni Coutinho Laureano

Orientador: Prof. Me. Aleksander Roncon

1 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

  1. OBJETIVO GERAL

Analisar a transparência administrativa na perspectiva de gestores de empresas do Norte do Paraná, à luz do ESG.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

(i) Verificar a transparência administrativa na comunicação dentro das empresas, sob a perspectiva dos gestores.

(ii) Identificar a transparência administrativa nos processos e mudanças das empresas sob a perspectiva dos gestores.

(iii) Constatar a transparência ao público e clientes das empresas sob a perspectiva de seus gestores.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

As questões ambientais, sociais e de governança conhecidas como Environmental, Social e Governance (ESG) tornaram-se importantes estratégias socioambientais e de gestão nas últimas duas décadas. Estas estratégias aumentaram a competitividade e geraram avanços socioeconômicos no ambiente organizacional (HALT; MILSTEIN, 1999; BANSAL, 2002; DYLLICK; HOCKERTS, 2002; PORTER; KRAMER, 2011).

O ESG possibilita as organizações a aumentarem a produtividade de seus recursos inovando para reduzir o impacto ambiental e, consequentemente, criando vantagens competitivas (PORTER; VAN DER LINDE, 1995). Questões essas que se tornaram essenciais para inovação, produtividade, crescimento de mercado e valor de marca. Na tomada de decisão, os investidores, legisladores e reguladores costumam considerar questões sustentáveis como fundamentais e importantes (SIDDY, 2009). Com isso, o ESG se tornou um indicativo de qualidade de gestão que reflete a capacidade de resposta a tendências de longo prazo e a manutenção de vantagens competitivas da empresa (LING et al., 2007).

A questão ambiental, primeiro pilar do ESG, visa a gestão dos recursos ambientais e sustentáveis, buscando conservar recursos não renováveis que são essenciais a vida, minimizando o impacto no meio ambiente (FERNANDES; LINHARES, 2017). As organizações globalizadas e nacionais têm discutido cada vez mais a sustentabilidade em suas decisões, sabendo o impacto gerado nas Bolsas de Valores. (COSTA; FEREZIN, 2021).

No quesito social, segundo pilar do ESG, o foco é direcionado para temas como igualdade e inclusão, direitos humanos, exploração humana e pobreza. (FERNANDES; LINHARES, 2017). Além desses enfoques, o social é ligado, também, ao desenvolvimento ambiental, é complexo de ser implantado e deve ser um processo contínuo suprindo as necessidades atuais e não afetando as sociedades futuras (COSTA; FEREZIN, 2021).

Então, a função social serve como sustentação e limite das atuações econômicas, que precisam ser executadas em conformidade com o interesse da comunidade, meio ambiente, clientes, colaboradores e outros do meio social (REDECKER; TRINDADE, 2021).

Em relação a governança, terceiro pilar do ESG, vale destacar que na década de 70 o termo governança era visto como o processo soberano e controlador de governar. Já nos anos 80 a governança se distanciou dos modelos autoritários e se refere a modernização entre gestão empresarial e atuação pública, implementando políticas públicas sociais e ambientais (JACOBI; SINISGALLI, 2012). Na atualidade, é possível considerar o papel da governança como sendo o de monitorar e prever quais impactos e repercussões podem acontecer nos âmbitos sociais e ambientais, buscando criar oportunidades igualitárias a todos (FERNANDES; LINHARES, 2017).

Além do mais, se for bem aplicada nas organizações, a governança, com o apoio do compliance, detêm de um maior desempenho em relação a imagem, relacionamentos e confiança, quando se fala em investimentos externos, isso a partir de métodos com o intuito de evitar as fraudes, seguindo de uma concepção transparente frente à sociedade (REDECKER; TRINDADE, 2021).

A formação do procedimento capaz de controlar os gestores a não usufruírem de seus recursos próprios, é o princípio por trás da governança corporativa, assim diminuindo futuros problemas de administração e assegurando a transparência das atividades empresariais (REDECKER; TRINDADE, 2021).

Entre os fundamentos apresentados pela governança, a transparência é um importante motivo para as melhores oportunidades de investimento no mercado financeiro. Ela pretende promover melhor as informações aos acionistas e possíveis investidores, reduzindo o custo de capital da empresa. (JUNIOR; et. al, 2011).

Decorrente da divulgação de informações, a transparência corporativa oferece aos seus colaboradores informações as quais ajudam na tomada de decisão, melhorando seu êxito e contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável na empresa. A implementação da transparência ocorre de forma homogênea no quesito financeiro e de forma heterogênea nas questões que envolvem ESG. Isso acontece por conta do tipo de informação divulgada, que sucede de forma menos padronizada no âmbito social e mais padronizada e regulamentada no âmbito financeiro (DIEZ; SOTORRÍO, 2017).

A palavra "transparência" pode atribuir o significado de algo que se pode enxergar através, ou seja, um corpo que permite a travessia da luz. Logo, podemos definir a transparência administrativa, como uma instituição na qual, por trás de um envoltório formal, se criam laços verdadeiros entre as pessoas e os grupos nos quais são compreendidos pelo observador (CHEVALIER, 1988). Assim, Merloni (2008) complementa dizendo que a transparência é um princípio permanente o qual deve prosseguir de forma constante, tendo de ser realizado com o contexto de designação.

De acordo com Oliver (2004), a análise da transparência pode ser feita sob várias perspectivas, podendo ter seu significado como divulgação ativa de informações, de escolhas políticas (FOX, 2007), ou ainda como forma de flexibilidade do fluxo para o público de informações de forma propicia, relevante, de alta qualidade às atuações governativas (FERRANTI, 2009).

Ao analisar a definição de transparência, é possível notar traços de dados objetivos, completos, de confiança, com qualidade, em relação ao entendimento e aos canais abertos de comunicação (ALÓ, 2009). Vishwanath e Kaufmann (1999) afirmam que a transparência envolve os fatores de confiança, acessibilidade, relevância, abrangência, qualidade e confiança. Estes autores também apontam que antes mesmo de implementar a transparência, faz-se necessário a avaliação de qual transparência é mais cobiçada pela sociedade. Para atingir os objetivos planejados é preciso implantar um padrão mínimo de transparência a ser adotado. Portanto, a transparência necessita de um padrão comum prévio que promova uma melhor função da mesma (FLORINI, 1999).

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